O
último capítulo de Boogie Oogie foi ao
ar nesta sexta-feira (06.03) e a trama do moçambicano Ruy Vilhena se consagra como
um “novelão”. Até mesmo os seus “defeitos” ajudaram a novela ganhar esse
adjetivo.
Boogie Oogie foi recheada de clichês clássicos, e apesar da
agilidade muito elogiada nos primeiros meses apresentou uma “barriga” das grandes em sua reta final. Aquele casa
não casa da Sandra (Isis Valverde) e Rafael (Marco Pigosi); o casal de vilões (Vitória e Pedro) sempre
armando planos falíveis contra a felicidade dos protagonistas e a vilã sanguinária entre outras situações.
O segredo da Carlota (Giulia Gam) como já esperado
não foi nada relevante. A vilã que parecia ter se dado mal no final,
apareceu arrombando o túmulo do primeiro
marido morto, resgatando as verdadeiras joias roubadas que
ela escondeu em seu caixão desde sua morte. O Atropelador, revelado ser a personagem
Ágatha (Pepita Rodrigues) , que já tinha sido revelada ser o Corvo, também não
me agradou, mas no mínimo foi coerente.
Mas
o último capítulo foi digno para uma trama que passou 8 meses no ar segurando
fãs fiéis. A Cena do Rafael ajudando Pedro a posar o avião com a Sandra aos
prantos me emocionou, e sem dúvidas foi o ponto forte do capítulo.
Aliás,
o casal com química perfeita, apesar de muito romântico, ou talvez por isso
mesmo , conquistou os telespectadores. Eles formam o casal mais harmonioso
dos últimos tempos na Tv. Parabéns para
a Ísis Valverde e Marco Pigossi.
Boogie Oogie também soube dosar com maestria a trama de suas protagonistas, a certa altura
da novela ficou impossível decidir entre
Sandra e Vitória. Claro que torcemos pelo final “RAFAEL e SANDRA” , mas era impossível torcer contra a dúbia Vitória, interpretada com excelência
pela Bianca Bin.
E
o elenco, o que dizer de um elenco escolhido a dedo como foi o de Boogie Oogie ? Alessandra
Negrini, Giulia Gam, Marco Ricca, Daniel Dantas e Heloísa Perissé, que pela primeira vez interpretou uma
personagem sem uma dose de comédia, foram impecáveis.
Isso
sem falar em Betty Faria, que fez da
sua Madalena uma personagem tão importante para o desenvolvimento da trama, provando que
está em plena forma e pronta para fazer grandes personagens. Vale destacar também as participações mas que especiais de Joana Fomm, Francisco Cuoco e Pepita
Rodrigues.
Giovanna
Rispoli, que interpretou a peste Cláudia, foi a revelação unânime da novela.
Falar
de Boogie Oogie e não citar sua trilha sonora seria um pecado. A Globo
lançou dois CD´s da trilha que são duas relíquias e claro entraram para a minha
seleta lista de trilhas. A Novela
apresentou clássicos do final dos anos 70 e início dos anos 80, a era disco, que era o pano de fundo da novela.
Um
“novelão” sim senhor! Seja pelos clichês,
pela quantidade de capítulos ou pela
sensação que a trama nos dava de que estávamos na sala da casa da Sandra ou
participando de alguns dos vários (milhares) de barracos da casa dos Fraga. A Novela que teve como mote inicial a troca de
bebês no nascimento, não se prendeu a esse fato e mostrou um novelo bem
enrolado e desenrolado a medida que era
preciso.
Ruy Vilhena estreou com o pé direito e Boogie Oogie com certeza será eternamente citada como exemplo, sem
um status de Dancin´Days (1978) , mas com a mesma importância para
teledramaturgia nacional.
“That's
the way (aham aham) I like it (aham aham)
That's the way
(aham aham) I like it (aham aham)”
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
Concordo! Boogie foi um verdadeiro novelão!
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