O post de hoje vai continuar a homenagem
feita a esse patrimônio das artes nacional Tarcísio Meira.
Nesta segunda parte vou relembrar os personagens do ator do ano
de 1985 em diante.
Capitão
Rodrigo de O Tempo e o Vento (1985)
Tarcísio
Meira teve um grande destaque quando deu vida na tv ao inesquecível
personagem de Érico Veríssimo, o
Capitão Rodrigo Cambará da adaptação do romance O Tempo e o Vento em minissérie no
ano de 1985. Forte, visceral e crível o ator conseguiu interpretar um personagem impar na história
da teledramaturgia.
Renato
Villar de Roda de Fogo (1986)
com a Bruna Lombardi |
Em 1986, Tarcísio Meira novamente conquistou o Brasil vivendo o protagonista
vilão da novela Roda
de Fogo, um dos grandes sucessos do autor Lauro César Muniz e que marcou a teledramaturgia naquele ano.
Renato Villar, mesmo sendo o vilão da trama, um homem sem escrúpulos, envolvido
com negociatas e crime do colarinho branco, acabou ganhado a empatia do público
que torceu por um final feliz entre ele e a juíza Lúcia Brandão (Bruna
Lombardi), e se desesperou quando a imprensa anunciou que Renato morreria no
final. Mesmo com a pressão do público o autor não pode mudar a história, e
Renato morre na última cena da novela nos braços de Lúcia, seu grande amor. A
Cena é uma das mais bonitas de finais de novelas da teledramaturgia nacional.
Bruno
de Tarcísio e Glória (1988)
com a GLORIA MENEZES |
Em 1988, ao lado da esposa Glória Menezes, Tarcísio Meira estrelou
um seriado quinzenal na Globo. O Tarcísio e Glória contava a história
do empresário Bruno e da extraterrestre Ava Becher. Tal qual acontecera em Guerra dos Sexos (1983) , com
muito êxito, Tarcísio voltou a utilizar
sua veia cômica. Além de atuar, Tarcísio era produtor do programa.
Aristênio
Catanduva de Araponga (1990)
com TAUMATURGO FERREIRA |
Na trama de Araponga, do autor Dias Gomes, Tarcísio Meira teve sua
prova de fogo no campo da comédia. O Ator foi convidado para protagonizar a
novela vivendo o atrapalhado detetive Araponga. Tarcísio
Meira aceitou prontamente, e se a
novela não teve o êxito esperado, não foi por causa do seu protagonista. O
Perfil cômico do personagem foi muito elogiado pela crítica, principalmente pelo preocupação que Tarcísio
teve em não copiar outro detetive caricato importante da teledramaturgia
nacional, o Mário Fofoca do Luiz Gustavo, criado na novela Elas por Elas do Cassiano
Gabus Mendes.
Euclides
da Cunha de Desejo (1990)
com GUILHERME FONTES e VERA FISCHER |
Em 1990, Tarcísio Meira voltou a viver os personagens mais densos e
dramáticos com o Euclides da Cunha , na
minissérie Desejo,
da autora Glória Perez, que contou a
história e o fim dramático do autor de Os Sertões.
Tarcísio Meira, Vera Fischer e Guilherme Fontes, que fechavam o trio de protagonistas, foram um dos pontos principais da minissérie e
que a tornaram um dos grandes momentos da nossa teledramaturgia.
Diogo
de De Corpo e Alma (1992)
com CRISTIANA OLIVEIRA e BRUNA LOMBARDI |
Em 1992,
Tarcísio Meira voltou a
contracenar com Bruna Lombardi, com
quem tinha feito par romântico em Roda de Fogo (1986).
Em De Corpo e
Alma, da autora Glória Perez,
a história se inverteu. Desta vez Diogo, o personagem do Tarcísio é que era um juiz de direito que se apaixonava
por Betina, a personagem da Bruna. Por
medo de viver esse amor, Diogo acaba desistindo de viver com Betina, e ela
desesperada morre em uma acidente de carro. Sua família autoriza a doação de
seus órgãos. Diogo inconformado com a perda do seu grande amor, descobre que o
coração de Betina bate em outro peito, o de Paloma (Cristiana Oliveira), e se apaixona
perdidamente pela receptora do coração do seu grande amor.
Raul
Pelegrini de Pátria Minha (1994)
Em Pátria Minha, do autor Gilberto Braga, Tarcísio Meira novamente viveu um grande vilão que
se humanizava no final da trama. Raul Pelegrini foi capaz das maiores
atrocidades dentro da novela em mais um
show de interpretação do ator que sabe fazer um vilão humano como poucos. Em
uma das cenas mais polêmicas do vilão vale destacar a que Raul Pelegrini humilha o simplório jardineiro
Kennedy (Alexandre Moreno) com um texto execrável e recheado de racismo e
preconceito. A cena apesar de ter o intuito contrário acabou chateando vários
grupos de movimento negro que atacaram a Globo
depois da exibição do capítulo. No final da trama, depois de levar um golpe da
mulher Lídia Laport (Vera Fischer) e ficar pobre, ele acaba recomeçando a vida ao lado de Cilene, a personagem da Isadora Ribeiro, que entra na novela
para substituir Vera Fischer,
demitida da trama por problemas pessoais.
Dom
Jerônimo de A Muralha (2000)
Em 2000, na minissérie A Muralha,
da autora Maria Adelaide Amaral,
Tarcísio Meira deu um novo fôlego a
sua carreira com a interpretação quase
monstruosa e visceral do asqueroso Dom Jerônimo Taveira. O personagem é irmão
de um inquisidor, comerciante e fingido diante das autoridades, esconde da igreja a sua verdadeira identidade de homem pervertido e obsceno. Pelo personagem Tarcísio Meira ganhou o prêmio da APCA de melhor ator do ano.
João
Medeiros de Um Anjo Caiu do Céu (2001)
com CAIO BLAT |
Em 2001, Tarcísio Meira voltou às novelas
fazendo comédia protagonizando a trama de Um Anjo Caiu do Céu, do autor Antônio Calmon. Como destaque na trama
ficou a dobradinha perfeita entre o
Tarcisão e Caio Blat que fazia o
anjo e outro protagonista da novela.
Tibério
Vilar de Saramandaia (2013)
com Fernanda Montenegro |
O Tibério Vilar de Saramandaia, do autor Ricardo Linhares, é até então o último trabalho do Tarcísio Meira na tv. No remake de um
dos grandes sucessos do autor Dias Gomes, o ator deu vida ao
patriarca da família Vilar, que de tanto ficar parado acabou criando raízes
literalmente. Esconde uma grande paixão do passado por Candinha, a personagem
da Fernanda Montenegro e matriarca
da família rival. No decorrer da trama os dois assumem essa paixão e ao se
beijarem acabam se tornando árvores entrelaçadas para a vida eterna. A Cena foi
um dos pontos fortes do remake.
Fonte :
Texto : Evaldiano de
Sousa
Pesquisa :
teledramaturgia.com, memóriaglobo.com
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