A Regra do Jogo entrou  em
uma semana decisiva.  Preste a chegar ao
capítulo 100, o autor João Emanuel
Carneiro começa a dar sinais de quem seria o “Pai da Facção”,  o grande mistério da trama. 
Kiki, a personagem da
atriz Déborah Evelyn,  filha dos Stuart, mãe do Dante (Marco Pigossi)
e ex-mulher do Romero (Alexandre Nero) vai aparecer na trama no capítulo  desta sexta-feira (11.12) dando mais indícios
da identidade desse “Pai”. 
Mesmo com grandes personagens
em sua trama, e sempre marcado por ser um autor que sabe fazer novela dando
atenção  e importância a todos os
personagens, alguns de A Regra do Jogo parecem
que simplesmente se perderão ao foram esquecido no meio da caminho, mesmo com perfis
que poderiam render ótimas cenas e entrechos para a trama. A impressão que fica
e que eles estão lá inertes apenas com o intuito de quem sabe, serem revelados
o “Pai da Facção” para finalmente poderem se movimentar. 
        Fiz uma lista de dez personagens que injustificadamente estão
totalmente desperdiçados dentro da novela: 
Orlando
(Eduardo Moscovis) 
        Um dos
grandes nomes da facção, o Orlando do Eduardo
Moscovis foi vendido como um grande personagem  que marcava a volta do ator às novelas de
onde estava afastado desde 2005 quando protagonizou a novela Alma Gêmea,
do autor Walcyr Carrasco, viu o
perfil do seu personagem ficar desinteressante quando o JEC resolveu não apresenta-lo
com um homossexual enrustido. A Mudança do perfil foi por receio de rejeição ao
personagem, fazendo assim o mesmo que aconteceu com o personagem do Marcos Pasquim em Babilônia, do Gilberto Braga. O próprio ator já declarou que seu personagem
morrerá na trama,   deixando claro sua
decepção com o desperdício de um papel que poderia render muito. 
Gibson  (José de Abreu) 
        José de Abreu vem de três personagens
que deram novo fôlego a sua carreira, o Nilo de Avenida Brasil (2012); o Ernest Hauser de Joia Rara (2013)
e o Bernardo de O
Rebu (2014). Mas em A Regra do Jogo o ator está  a
quase 100 capítulos fazendo a mesma coisa , mandando internar filha, neta e
quem mais ousar importunar sua falsa paz. O Gibson é o mais cotado e óbvio para
ser o “Pai da Facção”. Quem sabe essa revelação salve o personagem do ostracismo
no currículo do Zé de Abreu. 
Nelita
(Bárbara Paz)
        A
Nelita da Bárbara Paz é sem dúvidas
a mais desperdiçada dentre todos os desperdiçados de A Regra do Jogo. Com um perfil que
poderia render muitas cenas, sua dupla personalidade foi dizimada apenas ao
fato de beber  e se transformar numa  pantera na cama. A Atriz que é perita nesse
tipo de personagem mais complexo, ficou presa a uma filhinha dondoca iludida
por um homem mais esperto. Tai uma que não seria nada mal se fosse o “Pai da
Facção”. 
Adisabeba
(Susana Vieira)
        A
Adisabeba da Susana Vieira fez  sucesso antes 
mesmo da novela começar. A atriz divulgou o nome e novo  visual nas redes sociais e logo se tornou
“memes” nos quatro cantos do Brasil. Porém depois da estreia da novela, a
Adisabeba não passou de uma dona de boate despachada  e com visual de periguete da terceira idade.
Até a tão aguardada dobradinha entre ela e Cássia
Kiss Magro, que viveu a Djanira, não rolou e a Adisabeba se resumiu a
mãezona que vive em guerra com as pretendentes do filho galinha. 
Merlô
(Juliano Cazarré)
        Se a
Adisabeba esta sendo desperdiçada na novela, o Merlô do Juliano Cazarré nem se fala. Um MC da favela com mente de criança,
o personagem chega em certas cenas parecer um debilóide.  O personagem perde até para o camaleônico
Ninho que ele viveu em Amor à Vida, do Walcyr Carrasco, em 2013. 
Feliciano
(Marcos Caruso) 
        Com a
faca e o queijo na mão, o Feliciano 
tinha tudo para ser outro ótimo personagem cômico vivido pelo Marcos Caruso, como o Leleco de Avenida Brasil (2012),  também
do João Emanuel Carneiro. Mas em quase cem capítulos o personagem apenas andou
em círculos e não apareceu em cena. Até a pegada do triangulo amoroso entre ele
e os personagens do José de Abreu e
da Maria Padilha não  rendeu. Uma pena! 
Ninfa
(Roberta Rodrigues) 
        Tão
logo descobri que a Roberta Rodrigues
voltaria às novelas para fazer mais uma periguete,  me animei lembrando  do sucesso que foi a Maria Vanúbia de Salve Jorge
(2013).  Mas infelizmente a Ninfa ficou
devendo muito a periguete interpretada  pela atriz para a trama da autora Glória Perez, e o que vimos a cada
capítulo foi um  mar de  lamúria da Ninfa e sua “colega de casa” e de
namorado. Até  o  grupo de funk onde ela e Alisson (Letícia
Lima) sensualizavam com o Mc Merlô (Juliana Cazarré) o autor deixou de lado. 
Cesário
(Jonny Massaro) 
        Toda
novela que se preze precisa de um casal jovem  bem ao estilo Romeu e Julieta, e A Regra do Jogo que não conseguiu emplacar nenhum dos seus pares
românticos principais, precisava mais do que nunca. O Cesário, personagem do Jonny Massaro e a Luana da Giovanna Lancelotti tinha tudo para ser
esse casal. Mas inexplicavelmente o autor 
os separou  sem um motivo claro.
Assim o Cesário, que prometia ser outro bom personagem que o ator Jonny Massaro iria  fazer crescer, como fez em Meu Pedacinho de
Chão (2014) e Amorteamo (2015) acabou  resolvendo sofrer por amor  da forma mais patética possível. Nos capítulos
desta semana o Cesário resolveu sair do casulo e até foi atrás da Luana, mas
ainda não rendeu. 
Nora
(Renata Sorrah)
        Acho
que para qualquer autor ter Renata
Sorrah em seu elenco é um presente com valor inestimável. Mais ai o João Emanuel Carneiro cria uma
personagem tão engessada que nem a Renata  faz render. Estou com esperança que esse
desperdício  de quase cem capítulos seja compensado
por essa nova trama da personagem  se
envolvendo  com o motorista vivido pelo Oscar Magrini. 
Vavá
(Marcelo Novaes) 
        Claro
que eu não esperava muito do Marcelo
Novaes fazendo comédia,   ainda mais
depois do Max de Avenida Brasil. Mas o Vavá abusa do direito de ser um
personagem sem peso na trama de A Regra do Jogo. 
Parece apenas um figurante  que
nem de  luxo chega a ser. Deus queira que
ele seja escolhido o “Pai da Facção”. Só isso para explicar tanto desperdício
de um ator em uma novela. 
Fonte : 
Texto : Evaldiano de Sousa 

Comentários
Postar um comentário