Nesta
semana fomos surpreendidos com uma reportagem no blog do autor de Aguinaldo Silva sobre a sua volta ao
mundo mágico rural do realismo
fantástico, gênero que ele abandonou desde o sucesso de Senhora do Destino em 2004.
Autor
de sucesso como Tieta (1989), Pedra sobre Pedra (1992),
Fera Ferida (1993) e A Indomada (1997),
todas nesses gênero do realismo fantástico, Aguinaldo declarou que viu que esse
era o momento de voltar à suas raízes.
Será
que os bons tempos da teledramaturgia estão voltando? A Globo está exibindo em dois horários seus de novelas tramas que
bebem de fontes passadas, uma espécie de volta a formulas que deram certo e que
muito merecem ser revisitadas.
Êta Mundo Bom,
do Walcyr Carrasco, representa a
volta do autor ao horário das seis com suas tramas clássicas que misturam
pastelões com o amor água com açúcar, que marcaram seu nome na emissora com
sucessos como O
Cravo e a Rosa (2000) , Chocolate com
Pimenta
(2003) e Alma Gêmea (2005).
Velho Chico marcou a volta do clima rural e bucólico ao horário
nobre, estilo abandonado desde Esperança (2002).
Estava tudo pronto para entrar uma nova
trama realista que marcaria a estreia da Maria
Adelaide Amaral no horário das nove, mas a Globo com base nos fracassos de Babilônia (2015)
e A Regra do
Jogo (2015) resolveu mudar a ordem e escalou Benedito Ruy Barbosa para “salvar” o
horário. A trama divide opiniões, mas é inegável que está numa trilha que
irá resultar em um sucesso, ainda não é uma nova Renascer (1993) ou O Rei do Gado (1996), mas tem seu valor.
Até em Totalmente Demais, se tivermos um pouco de boa
vontade, dá para vermos nela pitadas daquele humor romântico marcado em tramas
na década de 80, e com o mundo da moda como pano de fundo, o que nos remete
direto à clássicas tramas escritas pelo Cassiano
Gabus Mendes.
Não
vejo esse regresso às fórmulas de sucesso como um retrocesso. Claro que os
dramas reais, de cunho social mostrado em tramas ditas realistas têm uma
grande importância, afinal o brasileiro
não é um alienado, mas a dose dessa
realidade usada sem controle nas últimas tramas podem ter descaracterizado as novelas que sempre tiveram
como eixo o bom e velho folhetim.
Fonte:
Texto : Evaldiano de Sousa
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