O post
de hoje vai falar de uma conterrânea desse autor que vus fala. Ninguém menos
que a cearense e deusa Luiza Tomé, que vem dando um show em seu mais novo trabalho na tv, a esfuziante
Rosalinda Pavão, na trama de Escrava Mãe,
do Gustavo Reiz.
Aos 52
anos, Luiza Tomé tem um currículo invejável com interpretações memoráveis de grandes
mulheres que marcaram a teledramaturgia nacional.
Musa
dos anos 90, logo em seus primeiros papéis a atriz provava que era bem mais do
que uma bela mulher.
Sua
estreia foi em 1984, na trama de Corpo a Corpo, novela do autor Gilberto Braga. Daí então foi praticamente um personagem por ano, cada
um mais marcante que outro.
Para
celebrar mais esse trabalho da
atriz, o e10Blog vai relembrar suas melhores personagens numa viagem inesquecível por grandes
momentos da atriz nas novelas.
Carol de Tieta (1989)
A
“Teúda e Manteúda” de Modesto Pires (Armando Bógus), da novela Tieta, do autor Aguinaldo Silva, baseado no romance de Jorge Amado, foi a segunda personagem da
Luiza Tomé na tv e a primeira que
lhe deu destaque nacional. Carol esbanjava beleza e no decorrer da trama,
depois de livrar-se das garras de Modesto , encontra o amor nos braços de Osnar (José Mayer) e todo o respeito das mulheres de Santana do
Agreste, que inicialmente a menosprezavam.
Luiza Tomé construiu a
personagem mesclando a sensualidade da mulher nordestina com uma pitadinha de
humor, e mesmo num elenco cheio de grandes intérpretes encabeçados por Betty Faria, ela conseguiu brilhar.
Francisca de Riacho Doce (1990)
Em
1990, Luiza Tomé ganhou mais uma
personagem que se tornaria inesquecível na tv, a Francisca da minissérie Riacho Doce,
do autor Aguinaldo Silva, baseada na
obra de José Lins do Rêgo. Sua personagem começava a trama como uma das últimas
amantes de Nô, o protagonista vivido pelo Carlos
Alberto Ricelli. Francisca vivia afastada das demais mulheres da aldeia por
que Vô Manuela (Fernanda Montenegro), uma espécie de guia espiritual dos
moradores e avó de Nô, não a perdoara por ter engravidado do seu neto prometido
à Deus. No decorrer da trama, Francisca
acaba seduzindo, mesmo sem querer, o neto mais novo de Manuela. O Amor entre
eles acaba quebrando a praga que a velha havia lhe jogado, secando seu útero. Grávida, mesmo depois da morte do seu grande
amor, Francisca pode ser feliz novamente. Na trama além de uma interpretação
impecável, Luiza Tomé esbanjou e
exibiu sua nudez em várias cenas. Ficava difícil dizer o que era mais bonito: Luiza Tomé ou as belas paisagens de
Fernando de Noronha?
Vida de Pedra sobre Pedra (1992)
Outra
personagem marcada pela sensualidade vivida pela Luiza Tomé foi a cigana Vida da novela Pedra sobre Pedra, do autor Aguinaldo
Silva. A cigana previa o futuro de todos ao seu redor, e era reprimida para
o amor até conhecer Carlão, personagem do Paulo Betti . O Bom vivant da cidade de Resplender consegue quebrar as barreiras
de Vida que acaba se entregando a uma
linda história de amor em seus
braços. Esse amor enfrenta várias obstáculos principalmente pelo fato de Carlão
não ser Cigano.
Maria dos Remédios de Fera Ferida (1993)
Em
1993, Luiza Tomé defendeu novamente
outra personagem do autor Aguinaldo
Silva. Em Fera
Ferida, a atriz deu vida a recatada e simplória Maria dos
Remédios. A personagem tinha umas
curiosidades. Era Analfabeta e vive quase uma paixão pelo Professor Praxedes
(Juca de Oliveira) quando este resolve alfabetizá-la. Maria dos Remédios ainda
é embalada por outro mistério. Apesar de casada há anos com Chico da Tirada, o
personagem do Tonico Pereira, ela
ainda é virgem. No decorrer da trama é
revelado que a personagem sofria do que chamamos popularmente de “hímen-elástico” e por isso continuava
supostamente virgem mesmo mantendo relações.
Scarlett de A Indomada (1997)
Fogosa
e temperamental! Essa era a Scarlett, a primeira dama de Grenvillle, cidade
fictícia da novela A Indomada, do autor Aguinaldo Silva. Totalmente
perua e fútil, Scarlett se faz de burra
mas na verdade é a mais esperta da família Mackenzie. Acaba fazendo do
pai Pitágoras (Ary Fontoura) e Ypiringa
(Paulo Betti), seu marido, o que bem
quer. Inesquecível a cena em que
Scarlett gemendo de tanto amor para dar ao marido, consegue transpassar as
grades da carceragem da delegacia da cidade onde Ypiranga fora preso, para dormir em seus braços.
Rosa Palmeirão de Porto dos Milagres (2001)
A Rosa
Palmeirão, personagem que a atriz viveu na trama de Porto dos Milagres, mais uma inesquecível criado por Aguinaldo Silva para ela, era uma
mulher de “fogo nas ventas”, capaz de qualquer coisa por ódio ou por amor. Na
primeira fase da trama Rosa era meiga e dedicada ao noivo com quem estava
prestes a casar. Depois de vingar a morte da irmã, assassinada depois de um estupro,
passa 20 anos na cadeia e se transforma em um mito na região. Ao retornar a Porto dos Milagres ela funda um famoso bordel que choca as beatas da
cidade. A beleza de Rosa consegue derrubar as muralhas de Félix Guerreiro
(Antônio Fagundes) e ele quebra a pacto de amor e cumplicidade com a esposa
vilã Adma (Cássio Kiss Magro). Mesmo apaixonada por Félix, Rosa é a responsável
pelo seu assassinato deste quando descobre sua verdadeira face de mau-caráter.
A personagem forte e ao mesmo tempo muito feminina sem dúvidas foi uma das
melhores da atriz e uma espécie de grande despedida da Globo. Depois de Porto dos Milagres, Luiza fez a
novela Começar
de Novo (2004) e ao seu término foi
convidada pela Record , sendo hoje uma das grandes estrelas da emissora.
Teresa de Cidadão Brasileiro (2006)
Em 2006,
Luiza Tomé estreou em grande estilo
na Rede Record. Ela deu vida a professora
Teresa, uma mulher de 36 anos e
desquitada, na trama de Cidadão Brasileiro,
do autor Lauro César Muniz. Sua personagem era uma professora que tentava
a todo custo mostrar a importância da alfabetização e lutava pela implantação
de escolas rurais na cidade de Guará.
Mais a personagem passou por um
dilema depois que se apaixona pelo jovem Marcelo (Bruno Ferrari) por quem sua
filha Eleni (Maytê Piragybe) também se apaixona. Sua relação com Marcelo não é aceita pela sociedade preconceituosa da
cidade, além de criar um grande abismo
entre mãe e filha.
Geraldine de Máscaras (2012)
Em
2012, Luiza Tomé volta a interpretar
uma personagem do autor Lauro César
Muniz. O mesmo que lhe deu a inesquecível Teresa de Cidadão Brasileiro, presentou Luiza
com a Geraldine da novela mais conhecida com o maior fracasso da casa, Máscaras. Luiza
Tomé num ato desesperado foi âs redes sociais pedir para sair da novela , pois
achava que sua personagem era um peso morto na trama. O pedido e
declaração da atriz caiu como uma bomba nos bastidores de Máscaras que
já sofria com uma enxurrada de críticas da imprensa e do grande público.
Meg Pantaleão de Dona Xepa (2013)
Em 2013,
Luiza Tomé volta às novelas e desta
vez com uma personagem à sua altura. No remake de Dona Xepa, do autor Gustavo Reiz , baseado na peça homônima
de Pedro Bloch. Mulher bonita, rica e extravagante. Típica socialite perua.
Adora expor toda a sua riqueza, o que é
motivo de muitos conflitos com a filha Lis (Rayana Carvalho). Faz todo tipo de
tratamento de beleza para continuar estampando as embalagens dos produtos da
Sabor e Luxo, a empresa de sucos da família. É uma mulher que defende a família
com determinação e pode surpreender quem acredita que ela é apenas uma
socialite fútil. A Meg Pantaleão corresponde às personagens Glorita, que
Ana Lúcia Torre viveu na primeira adaptação do romance em 1977 feita
pelo Gilberto Braga, e a Kika
Jordão, que a Arlete Salles viveu em
Lua Cheia de Amor, releitura da trama escrita pelos autores Ricardo Linhares, Ana Maria Moretzsonh e Maria Carmem Barbosa. As
três personagens marcadas pelo sucesso e destaque nas três versões.
Fonte:
Texto : Evaldiano de Sousa
Pesquisa : teledramaturgia.com,
memóriaglobo.com, rederecord.com
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