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Meus Personagens Favoritos do Carlos Augusto Strazzer


        A AIDS  já tirou do mundo das artes grandes nomes que se apagaram por complicações da doença, mas que escreveram uma história tão bonita que são inesquecíveis.
        Carlos Augusto Strazzer  foi um desses.  O Ator que começou a carreira na década de 70 nos deixou em 1993, e  nos presentou  personagens inesquecíveis que marcaram a história da teledramaturgia nacional.
        O Ator ficou marcado na tv por viver galãs, mas os vilões e personagens místicos eram os  que lhe caíam melhor, mostrando todo o talento , elegância e ambiguidade do ator em cena.
        Um talento inesquecível que poderia ter brilhado ainda mais. No post de hoje vou relembrar e matar saudades de alguns dos mais marcantes personagens do ator. Confesso que só acompanhei duas tramas com o Carlos Augustos, Mandala (1987) e Que Rei Sou Eu? (1989). Os outros personagens do post foram escolhidos através de informações colhidas da internet e vídeos de grandes momentos que me deixaram impressionado com o Carlos Augusto Strazzer  em ação.

Manuel do Alpendre de As Pupilas do Senhor Reitor (1970)

        O Enigmático Manuel do Alpendre da trama de As Pupilas do Senhor Reitor, foi o primeiro personagem do Carlos Augusto Strazzer em novelas. A Adaptação foi também um dos primeiros grandes sucessos do Lauro César Muniz no gênero. A Record viu sua audiência crescer com a novela, tanto que trocou de horário, das 7 para 20 horas. Carlos Augusto Strazzer   apesar de uma participação pequena fez com maestria o personagem que sempre se destacou em todas as adaptações do romance de Júlio Diniz.     

Walther de Vitória Bonelli (1972)

        Em 1972,   desta vez na Rede Tupi, Carlos Augusto Strazzer ganhou um papel de destaque na clássica trama de Vitória Bonelli, do autor Geraldo Vietri. Na trama ele viveu o bom vivant Walther, filho do principal credor da Família falida Bonelli, e acaba conseguindo se casar com Verônica (Anamaria Dias), filha de Vitória (Berta Zemmel). A novela foi muito elogiada pelas grandes atuações do seu elenco, entre eles Carlos Augusto.

Carlos de Éramos Seis (1977)

        Na mais fiel e emocionante adaptação do romance Éramos Seis, da escritora Maria José Dupré, escrito por Silvio de Abreu e Rubens Edwald Filho, o ator deu vida a um dos protagonistas, Carlos o filho mais velho de Dona Lola (Nicette Bruno). Carlos Augusto Strazzer novamente brilhava na pele de um galã.


Daniel de O Profeta (1977)

        Antes mesmo do término de Éramos Seis, Carlos Augusto Strazzer voltou ao ar como o protagonista de O Profeta,  da autora Ivani Ribeiro. Carlos seu personagem em Éramos Seis morria na primeira fase da trama. A Morte foi imposta pela emissora  que exigia ter Carlos Augusto como o protagonista  da trama da Ivani Ribeiro.    Como o Daniel de O Profeta, ele começava a interpretar personagens mais  densos  e complexos. O Paranormal ,   assim como a novela foi um grande sucessos e lhe rendeu o prêmio de Melhor ator do ano de 1977 pela APCA. Assim como Ivani Ribeiro, Carlos Augusto Strazzer também era adepto da doutrina do espiritismo e talvez por isso tenha interpretado de maneira tão magistral  e crível o personagem que virou paradigma para outros paranormais da teledramaturgia nacional. Sem dúvidas o personagem mais marcante da carreira de Strazzer.

Albertinho Limonta de O Direito de Nascer (1978)

        Carlos Augusto Strazzer interpretou   vários personagens enigmáticos e marcantes na Tupi, e  em 1978 viveu seu  último personagem na emissora antes de se mudar para a Globo. O ator deu vida ao Albertinho Limonta em mais uma adaptação do clássico O Direito de Nascer,  do autor  Teixeira Filho e Carmem Lídia. A Trinca Eva Wilma/Cléo Simões/Carlos Augusto Strazer marcou a trama com tamanho talento e química dos seus protagonistas.
         
Leandro de Moinhos do Vento (1983)

        Depois de estrear na Globo na década de 80  e brilhar em novelas como Coração Alado (1980) e Jogo da Vida (1981) , Carlos Augusto Strazzer protagonizou a elogiada e premiadíssima minissérie Moinhos de Vento, do Daniel Más e Leilah Assumpção. A minissérie era centrada no casal principal vivido pelo Strazzer e Renée de Vielmond  que passavam por várias mudanças em suas vidas depois da descoberta de uma doença terminal.  

Danilo de Livre para Voar (1984)

        O Danilo de Livre para Voar, novela do autor Walther Negrão,  foi um dos vilões vividos  com maestria pelo Carlos Augusto Strazzer. Na trama ele é o mau-caráter  executivo da fábrica de cristais e apaixonado por Bebel , a personagem vivida pela Carla Camurati.  Também  vivia  uma relação doentia com Helena, a personagem vivida pela atriz Dora Pelegrino, e os dois foram responsáveis  por grandes momentos da novela.

Ângelo de Sá  de Mania de Querer  (1986)
com a NÍVEA MARIA 
        Depois do destaque em Livre para Voar, Carlos Augusto foi contrato como  grande astro pela Rede Manchete para ser um dos protagonistas de Mania de Querer, novela do autor Sylvan Paezzo. Na trama ele deu vida a Ângela Sá, o personagem que sabia de um segredo do passado de Vanessa, a protagonista vivida pela Nívea Maria.

Argemiro de Mandala (1987)

        Uma interpretação memorável é  o mínimo que podemos dizer sobre o Argemiro, que o Carlos Augusto viveu em Mandala, trama obscura do autor Dias Gomes. O Ator estava em estado de graças, e fez do místico e guru  um dos seus personagens mais marcantes na história da tv. Mandala foi a primeira novela com o ator em que assisti na exibição original, tinha apenas 9 anos e ficava encantado com a força do  Argemiro em cena. Seus embates com o Édipo (Felipe Camargo) na reta final da novela me deixava hipnotizado na frente da tv.  Foi esse personagem que me fez conhecer a fundo o trabalho do ator e ficar fã do artista com um talento daquele nível.

Crespy de Que Rei Sou Eu? (1989)

        Que Rei Sou Eu , tida como a melhor novela do Cássiano Gabus Mendes, trouxe  Carlos Augustro Strazzer naquele que seria seu último grande papel na tv. Depois da trama, Carlos Augusto estrelou a minissérie  O Sorriso do Lagarto em 1991, e viria a falecer em 1993. Na trama de Que Rei Sou Eu, ele interpretou um dos conselheiros de Avilan,  Crispy, o mais cruel deles.  Os conselheiros da trama representavam uma espécie do senado federal e isso rendeu à trama situações inacreditáveis e junto com um quinteto formado por Daniel Filho, Jorge Dória, John Herbet, Laerte Morrone, Oswaldo Loureiro e Guilherme Leme fomos presenteados com grandes momentos.


Fonte:
Texto : Evaldiano de Sousa
Pesquisa : teledramaturgia.com, memóriaglobo.com e Wikipédia.com   

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