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Novelas Inesquecíveis – Simplesmente Maria (1970)


        Hoje não vou falar de uma trama estrangeira não, como muitos podem ter pensado ao ver esse título. Aqui no Brasil, Simplesmente Maria ficou marcada pela versão latina de 1989 e  que o SBT apresentou entre 1991 e 1992, mas o Brasil também teve sua versão de Simplesmente Maria, baseada no original da peruana Rosamaria Gonzalez.
        A Versão apresentada pela Rede Tupi estreava há 46 anos com Yoná Magalhães e Carlos Alberto  como  os protagonistas Maria e Estevão. O Casal vinha do sucesso de A Ponte dos Suspiros (1969) na Rede Globo e foi contratado a peso de ouro para estrelar a trama.

        A novela foi adaptada por Benjamim Cattan e Benedito Ruy Barbosa, mas a certa altura a direção da Tupi chamou Benjamim e exigiu que fosse esquecida a versão original da trama e o autor atualizasse a novela para a realidade brasileira. A novela se dividiu em duas fases com personagens  das duas versões que se intercalavam com os novos. O horário de exibição da trama também foi alterado. Inicialmente apresentada às 19:00h passou a ser apresentada às 20h a partir de 28 de fevereiro de 1971.
        A história de Maria (Yoná Magalhães) a  moça humilde do interior que vem para se empregar como doméstica na cidade grande durou 315 capítulos no ar, onze meses de apresentação.

Depois que conhece  Roberto (Ênnio Gonçalves)  , o seu patrão, um estudante de medicina de família tradicional,  Maria é seduzida por ele, que a abandona ao descobrir que ela está grávida. O filho de Maria é criado com muito trabalho e costuras para a vizinhança, e com a ajuda do Professor Estevão (Carlos Alberto), um homem simples e bom que nutre por ela uma grande paixão. Vinte anos depois, a simples Maria se transformará em modista, e seu filho, Antônio (Tony Ramos) , lhe trará problemas e orgulho.

Yoná Magalhães este simplesmente espetacular na pele de um das mais sofridas e melhores personagens da sua carreira. Todo o sofrimento da personagem era mostrado em closes apenas do seu olhar e semblante, num rico trabalho de composição da atriz.

Além da adaptações latina de 1989 com a Victória Ruffo, a apresentada pelo SBT em 1991; e essa da Tupi de 1970, a novela teve outras adaptações. Ganhou uma na Argentina em 1967; na Venezuela em 1972 e outra no México em 2015.

Simplesmente Maria é um dos textos mais emocionantes e que rendem uma boa novela. A mulher simples que enfrenta todos os preconceitos, cria o filho com muito sacrifício e acaba se tornando uma grande empresária conquista o público que vê na luta de Maria, a de muitas mulheres que nos cercam.
Atualmente , onde estamos frisando muito pelo direitos e respeito para com as mulheres, a novela seria uma boa ideia de remake. A história de força e busca por seus direitos e lugar no mundo, faz da Maria uma grande representação da nova mulher do mundo.
Ficha Técnica:
Novela do autor Benjamin Cattan
Adaptado do original da peruana Rosamaria Gonzalez
Direção Geral: Benjamin Cattan e Walther Avancini
Elenco:
YONÁ MAGALHÃES – Maria Ramos
CARLOS ALBERTO – Estevão
TONY RAMOS – Tony (Antônio Ramos)
ÊNIO GONÇALVES – Roberto
IRENE RAVACHE – Inês
PAULO FIGUEIREDO – Carlos
ROBERTO MAYA – Alexandre 
WALDEREZ DE BARROS – Tereza
RILDO GONÇALVES – Juvenal 
José Gutierrez
YARA LINS – Mirtes
CARMEM MONEGAL – Bia 
ANNAMARIA DIAS – Angélica
LÉA CAMARGO – Fernanda
CLÁUDIA MELLO – Cláudia
KATE HANSEN – Paula
ETTY FRASER – Pierina
WILSON FRAGOSO – José 
ELIAS GLEIZER – Bóris 
SUELY FRANCO – Suzana
MARILU MARTINELLI – Branca
PATRÍCIA MAYO – Anabela
MARISA SANCHES – Alexandra
HOMERO KOSSAC – Henrique 
JOSÉ PARISI
ELÍSIO DE ALBUQUERQUE – Cristóvão
MARILI GOMES – Mafalda 
JOÃO FRANCISCO – Serafim 
Genaro 
Bambina 
ELIZABETH GOMES – Nina 
MARIA DE FÁTIMA – Adélia 
OSLEY DELANO – Pereira da Silva 
RUY REZENDE – Marcos
SELMA EGREI
RAFAEL LODUCA – chefe da estação 
HENRIQUE MARTINS 
MARCELO PICCHI 
JOVELTY ARCHÂNGELO 
OLÍVIA CAMARGO 
GIAN CARLO 
NILSON CONDÉ 
LEONOR NAVARRO 
JOANA D´ARC 
GENÉSIO DE ALMEIDA JR. 
LUÍSA DI FRANCO 
ROSA DIHEL 
IRENITA DUARTE 
GERMANO FILHO 
JONAS BLOCH – advogado de defesa de Tony 
CASTRO GONZAGA – juiz no julgamento de Tony 
NORMA GRECCO 
TEÓFILO MARCOS 
MARIATY 
CARMEM MARINHO 
CLENIRA MICHEL 
PAULO CÉSAR PEREIO 
MARCOS PLONKA 
MARCUS TOLEDO 
OSVALDO ÁVILA 
ALDO CÉSAR 
LISA NEGRI 
FERNANDO TORRES 
HAROLDO BOTTA
ANA CRISTINA REDOLFE – Toninho (bebê)
e
CARLOS ZARA – Fernando
Exibição: 06 de Julho de 1971 à 26 de Junho de 1971
Capítulos: 315
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
Pesquisa: teledramaturgia.com.br, memóriaglobo.com

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