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Enquete e10blog

Aberturas das minisséries da Maria Adelaide Amaral


        Maria Adelaide Amaral está prendendo o público do horário nobre com sua primeira trama das nove , A Lei do Amor, em parceria com Vicent Villari.
        Antes de se consagrar como novelistas em tramas autorais como Sangue Bom (2013), a autora se especializou em adaptar romances e transformá-los nas minisséries de maior sucesso de crítica e audiência dos anos 2000 apresentados pela Globo.
        Para homenagear esse fase do trabalho de Maria Adelaide Amaral o post de hoje vai relembrar a abertura de seis  das mais importantes minisséries que a autora adaptou.
       
A Muralha (2000)




        Em 2000, Maria Adelaide Amaral apresentou a quarta adaptação de A Muralha, o famoso romance da Dinah Silveira de Queiroz. A Minissérie foi produzida em comemoração aos 500 anos de descobrimento do Brasil e mostrou a saga dos bandeirantes desbravando  o interior do país. A minissérie teve grandes destaques como Alessandra Negrini, Leticia Sabatella, Tarcisio Meira, Mauro Mendonça entre outros. A abertura da minissérie mostrava exatamente esse desbravamento das terras desse recém descoberto Brasil. A Câmera fazia uma viagem dentro de um matagal  até parar de cara com um índio com uma bandeira representando sua tribo. O Tema de   “Florestas do Amazonas” foi composto por  Heitor Villa-Lobos.

Os Maias (2001)




        A decadente aristocracia portuguesa foi retratada  na impecável adaptação de Os Maias,  romance de Eça de Queiroz, que a autora apresentou em 2001. A trágica história da família Maia foi um das melhores produções apresentadas pela Globo naquele ano com um show de interpretação do elenco formado por Walmor Chagas, Leonardo Vieira, Fábio Assumpção, Ana Paula Arósio e Simone Spoladore que estreou na minissérie. A Abertura mostrava uma pena escrevendo o título da trama entre flores e estampas que no final formavam o azulejo que ficava na entrada da mansão dos Maias.  O tema de abertura era “O Pastor”, do grupo português Madredeus. A canção marcava também as sequências impactantes da história.

A Casa das Sete Mulheres (2003)




        A Casa das Sete Mulheres adaptação da obra homônima da gaúcha Letícia Wierzchowski mostra o papel das mulheres nos bastidores da revolta conhecida como Guerra dos Farrapos. A Minissérie foi aclamada pelo público e pela crítica e revelou grandes momentos de atrizes como Nívea Maria, Daniela Scobar e Eliane Giardini. Camila Morgado  foi a grande revelação da minissérie em sua estreia na teledramaturgia. A Abertura ao som “A Saga dos Pampas” do Marcus Viana e Transfônica Orquestra mostrava   imagens de parte do elenco principal  e as cenas de guerras finalizando com a imagem das sete mulheres no logotipo da minissérie.





        Personagens reais e fictícios se misturavam no sucesso que foi a minissérie Um Só Coração, da autora em parceria com Alcides Nogueira, idealizada para comemorar os 450 anos de São Paulo. A minissérie traçava um perfil  da cidade sob a ótica da arte na primeira metade do século XX. Ana Paula Arósio esteve espetacular em sua criação da Iolanda Penteado, uma das famosas damas da sociedade paulista e criadora do Museu de Arte Moderna.  A minissérie retratou grandes momentos da história e que ajudaram na formação da cidade como a Semana de Arte Moderna, a Revolução de 1924, a crise de 1929, a Revolução de 1932, a adaptação às diretrizes da era Vargas, os ecos do nazismo e do fascismo, os refugiados da Segunda Guerra, a influência americana, a inauguração da TV no Brasil. Para abertura da  minissérie  foram utilizadas  várias fotografias em preto e branco que voavam sobre o céu de São Paulo ao som de uma adaptação da “Sinfonia nr. 5”, do Tchaikovsky e  que também era o tema do principal casal da história,   Martin, vivido pelo Erik Marmo e Iolanda. A Abertura começou a mudar na reta final da minissérie. Depois de voar,  uma  das fotos  sempre acaba indo parar em um porta retrato ou  quadro de parede em uma das locações da  história.

JK (2006)




        JK narrou os 74 anos de vida de Juscelino Kubitschek, presidente que trouxe modernidade ao Brasil nos anos 1950. A minissérie, outra parceria da Maria Adelaide com Alcides Nogueira teve uma minuciosa constituição de época e grandes interpretações com destaques para o quarteto que viveu os protagonistas em fases diferentes da minissérie – Débora Falabella/Marília Pêra como a Dona Sara   e   Wagner Moura/José Wilker   impecáveis com os protagonistas. A abertura de JK foi toda idealizada e produzida a partir do trabalho do arquiteto Oscar Niemeyer, responsável pelos projetos da capital brasileira durante o governo de Juscelino Kubitschek. Na primeira imagem da abertura, o telespectador tinha a impressão de que os traços estavam sendo desenhados na hora. Através de efeitos de computação gráfica, um balé de linhas transforma a imagem do Complexo da Pampulha, obra de Niemeyer, em uma silhueta de mulher. Deste novo desenho, os traços mais uma vez se movimentam, para então mostrar as obras de Brasília. Em seguida, a abertura mostra o logotipo da minissérie, preenchido por uma imagem em 3D do Memorial JK. A abertura teve como trilha sonora a cantiga popular “Peixe Vivo”, na voz de Milton Nascimento, uma das canções preferidas de Juscelino. A versão da música foi feita especialmente para a minissérie. 

Queridos Amigos (2008)




        Queridos Amigos foi baseada no livro da autora Aos Meus Amigos e retratava o reencontro de 12 amigos em São Paulo, no ano de 1989, fazendo um balanço das utopias da juventude brasileira dos anos 70. A História foi protagonizada por Dan Stulbach, e foi o próprio ator que sugeriu a adaptação do livro à Maria Adelaide Amaral. Queridos Amigos foi a primeira minissérie da Globo a estrear numa segunda-feira. Para criar mais veracidade os atores fizeram uma espécie de “Big Brother” antes do início das gravações da minissérie. Ficaram um mês juntos em uma casa para estreitar os laços de amizade que a minissérie queria reproduzir. A Abertura ao som de “Nada Será como Antes” na voz do Milton Nascimento, trazia uma rapaz correndo com uma bandeira do Brasil sobre os ombros. No fundo da imagem eram mostrados trabalhos do artista plástico Elifas Adreato.


Fonte:
Texto : Evaldiano de Sousa

Vídeo : You Tube

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