Essa
parece uma pergunta muito difícil de responder. Afinal de contas novela é um obra muita eclética e que agrada a todos
os gostos ou não. Enfim cada um tem a sua preferida e muitas vezes clássicas tramas marcadas por
sucessos de audiência não são as
preferidas ou vice-versa.
Nesta
semana a VEJA lançou em seu site o
resultado de um pesquisa que elegeu as melhores novelas brasileiras de todos os
tempos. A Revista elencou um júri de
12 jornalistas e pessoas ligadas ao mundo
da teledramaturgia que escolheram sua 10 novelas preferidas. As informações
foram cruzadas e o ranking chegou a 17 novelas que foram citadas como as
melhores. Em primeiro lugar duas tramas dividiram o pódio com nove votos cada,
dos 12 jurados.
As novelas
foram : Vale Tudo, do Gilberto Braga, apresentada em 1988 e Avenida Brasil, do João Emanuel Carneiro , exibida em 2012.
Logo
pipocaram nas redes sócias da revista e dos jurados envolvidos polêmicas em
torno de qual das tramas é merecidamente a melhor novela brasileira.
E Então , o que você
acha ?
Odete
Rotimann ou Carminha? Nina ou Maria de
Fátima? Gilberto Braga ou João Emanuel Carneiro?
Claro que
a melhor novela brasileira seria impossível escolher, pois afinal de contas
vários fatores contribuem para isso, e o mais importante deles é o gosto do
público que muda tal qual a direção dos ventos. Na minha singela opinião a melhor
novela de todos os tempos é: Vale Tudo, do Gilberto
Braga. Ela seria sim o número 1 no meu ranking se tivesse sido chamado para
o júri da Veja.
É
Evidente que ambas as tramas foram fenômenos em suas épocas, tanto de audiência
como de qualidade de texto, elenco, direção e narrativa. Ambas as tramas tem as
duas mais famosas vilãs da história da teledramaturgia nacional, a Odete
Roitmann, imortalizada pela Beatriz Segall em Vale
Tudo e a inesquecível Carminha, da Adriana Esteves em Avenida Brasil.
Vinte
e quatro anos separam as duas tramas, mas Vale Tudo, mesmo sendo de 1988, tem
um texto tão atual que pode ser considerada uma trama atemporal. Terminei de
assisti (pela terceira vez) a novela à cerca de 1 mês, pela internet, e
confesso que não fosse o fato dos figurinos e adereços de cena, poderia jurar está
assistindo uma trama inédita recém lançada. A novela é muito rica dramaturgicamente
e marcada por grandes atuações que
chegaram a me deixar hipnotizado. O que era a Regina Duarte na pele da Raquel – “Sangue de Jesus tem poder!”.
Mesmo sendo a “mocinha” da história
cheia de preceitos e caracteres que às vezes beiravam o exagero, a atriz deu um
charme a personagem que poderia ter se apagado diante de duas vilãs que foram o grande destaque da novela, a
Odete já citada e a Maria de Fátima da Glória Pires, mas não. A Raquel brilhou entre sofrimentos e explosões de ódio a
cada nova faceta descoberta da filha.
Vi a
trama de Vale
Tudo pela primeira vez em 1988 (com
apenas 10 anos) e na reprise no Vale a
Pena Ver de Novo em 1992 (já com 14) e confesso que só agora que terminei
de vê-la pela internet consegui ver
detalhes que passaram despercebidos pela minha inexperiência. Praticamente só
considerava a trama um clássico devido o “Quem Matou Odete Roitmann?”, mas a
morte da megera só aconteceu 13 capítulos para o final, ou seja muito antes
disso a trama já tinha se configurado um novelão com personagens que nunca saíram
(nem sairão) da nossa memória : Heleninha Roitmann (Renata Sorrah), Solange
Duprat (Lídia Brondi), Marco Aurélio (Reginaldo Faria), Leila (Cássia Kiss
Magro), César (Carlos Alberto Ricelli), Celina (Nathália Timberg) entre outros
grandes personagens.
Por
esses e vários outros motivos, na minha lista Vale Tudo teria o primeiro lugar. Porém não quero e nem posso
tirar o mérito de Avenida Brasil, que muito mais que um boa novela é
considerada um fenômeno dos anos 2000.
Dada as devidas proporções, assim como Vale Tudo parou o
Brasil para revelar a identidade do
assassino da Odete Roitmann, Avenida Brasil parou
o país em vários capítulos com o público louco para descobrir as próximas
vilanias da Carminha contra Nina e o contrário.
Em uma época onde a Tv aberta tem
uma concorrência com várias outras plataformas , a trama do João Emanuel Carneiro é uma vencedora
também, por catalisar de uma forma tão competente um público cativo.
Se a Veja tivesse me convidado paro o Júri
(não custa sonhar), minha listinha seria assim:
1º. Vale Tudo (1988)
2º. Tieta (1989)
3º. Avenida Brasil (2012)
4º. Que Rei Sou Eu? (1989)
5º. Roque Santeiro (1985)
6º. O Salvador da Pátria (1989)
7º. A Viagem (1994)
8º. Por Amor (1997)
9º. A Gata Comeu (1985)
10º. Fera Radical (1987)
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
Nenhuma das duas. Essas novelas sempre foram superestimada pela midia.
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