Quase
45 anos depois, Kadu Moliterno está
de volta à Rede Record. O último
trabalho do ator na emissora foi em 1972, quando participou de O Príncipe e o
Mendigo. Kadu vem arrancando elogios na pele do vilão Acã, na trama
bíblica de A
Terra Prometida, do Renato
Modesto. O personagem é totalmente
diferente de tudo que o galã já havia
feito na tv.
O post
de hoje vai homenagear esse grande ator ,
que com mais de 45 anos de carreira é muito mais do que um ator surfista, o
tipo que marcou sua carreira por muitos anos devido o sucesso do seriado Armação Ilimitada (1985).
Kadu Moliterno estreou na tv na versão
de 1970 da novela As Pupilas do Senhor Reitor, do autor Lauro César Muniz, dando vida a Pedro
das Dornas jovem. Desde então são quase
50 personagens em novelas, minisséries e seriados, e são 10 desses 50, que o post de hoje vai relembrar e
homenagear.
Billy
de O Pulo do Gato (1978)
Depois
de alguns trabalhos em novelas na Record,
Tupi e na Globo, foi em 1978, na
trama de O Pulo do Gato, o primeiro personagem de maior destaque do Kadu. O Billy, criado pelo Bráulio Pedroso era um surfista, e ao contrário do que podemos
pensar, naquela época o Kadu Moliterno
ainda nem pegava onda. Teve que aprender
do zero para dar credibilidade ao
personagem. Mesmo com todo empenho do
ator, em seu primeiro dia de gravação quase morreu afogado, e a produção achou
mais prudente contratar um dublê para as cenas do mar. Quem diria que anos depois o ator se
consolidaria como o surfista mais famoso da teledramaturgia. Mais isso é
assunto para o próximo item.
Vasco
de A Sucessora (1978)
Em A Sucessora, do autor Manoel Carlos, Kadu deu vida a mais um personagem ligado aos
esportes. O Vasco era um tenista com fama internacional. Gostava de carros
esportes, festa, badalação e mulheres mais velhas que lhe bancasse. Isso ele
achou nos braços da exuberantes Germana, sua esposa vivida pela atriz Arlete Salles. O Casal era uma espécie
de núcleo cômico dentro da densa trama
da novela.
Bruno
de Água Viva (1980)
Em
1980, Kadu Moliterno integrou o
elenco da ensolarada trama de Água Viva, do autor Gilberto Braga. O Bruno era um fotógrafo famosos e fazia parte da
equipe de pesca do Nelson (Reginaldo Faria). O Ator acabou vivendo um drama
fora da novela em uma das gravações. Em alto mar com um cinegrafista, Kadu foi
perseguido por um tubarão que não fazia parte do elenco.
Zeca,
filho do Diabo de Paraíso (1982)
A
trama de Paraíso,
do Benedito Ruy Barbosa, deu ao Kadu Moliterno seu primeiro
protagonista. Zeca , o filho do Diabo, como era conhecido, filho único de Eleutério (Cláudio Corrêa e
Castro), valente e alegre como o pai. Criado solto nos pastos, onde se sente
mais à vontade. Formou-se em Direito e Agronomia no Rio de Janeiro, mas prefere
a vida livre do campo, trabalhando como peão de boiadeiro. Fica impressionado
com Maria Rita (Cristina Mullins), sem nem mesmo ver seu rosto. O Casal Kadu e Cristina
tiveram tanta química que foram o grande destaque da trama vivendo seus primeiros protagonistas.
Juba de Armação Ilimitada (1985 – 1988)
O
Ano de 1985 pode ser considerado o divisor de águas na carreira do Kadu Moliterno. O ator que vinha de uma
carreira de bons personagens foi escalado para viver o surfista Juba, do
seriado criado por Antônio Calmon
entre outros, que marcou uma época. Armação Ilimitada ficou
três ano no ar e transformou Kadu
Moliterno no surfista mais famoso do
Brasil. O Estilo solar, somado a música e muita mulher bonita transformou Armação Ilimitada no primeiro programa de maior sucesso dedicado
exclusivamente ao público jovem. O trio de
protagonistas que além de Kadu, trazia André di Biase (Lula) e Andrea Beltrão (Zelda), se transformaram em
ícones entre os adolescentes que se viam
em suas aventuras . Kadu e André foram escaladas para viver os personagens
devido seus trabalhos no ano anterior na novela Partido Alto
(1984), dos autores Aguinaldo Silva e Glória Perez. Na trama,
ambos viveram papéis com o perfil
muito parecido com de Juba e Luba. A Dupla fez tanto sucesso que em 1989 estrearam um programa de
variedades com o título de Juba e Lula ,
apresentado pelos dois atores. O programa foi um fiasco, não ficou nem um mês
no ar. Mas em nada diminuiu o legado deixado pelo programa e pelos personagens.
Rodolfo de O Dono do Mundo (1991)
O
Rodolfo de O
Dono do Mundo, do autor Gilberto Braga, foi mais um personagem de
destaque do Kadu. Mas o Rodolfo tinha um diferencial, ela um personagem com
perfil muito difícil. Tinha um tendência a autodestruição depois que perdeu
precocemente a esposa em um acidente aéreo e acabou se “encontrando” na vida
depois de reencontrar a antiga colega de faculdade Estela, que formava mais uma
parceria do ator com a atriz Glória Pires. O Rodolfo era complicado, tinha uma difícil relação com o filho e
ainda um relacionamento conturbado com Estela, principalmente depois que ela
engravida do ex-marido Felipe (Antonio Fagundes). O Ápice do grau de chatice do
Rodolfo se deu no capítulo em que ele esbofeteia Estela, quando ela lhe conta
que está grávida, sem saber que na verdade ele é estéril. Mas no decorrer da
trama o personagem foi se “acertando” com o filho e tendo um belo final feliz
com seu grande amor.
Inácio
Avelar de Anos Rebeldes (1992)
Em
1992, Kadu Moliterno integrou o
elenco da clássica minissérie Anos Rebeldes, também do autor Gilberto Braga. Inácio, era um
professor muito visado pela repressão da ditadura. No decorrer da minissérie Inácio se envolve
com a socialite Natália, personagem da saudosa Betty Lago, uma mulher infeliz no casamento e que encontra a
felicidade em seus braços.
Padre
José de Memorial de Maria Moura (1994)
O
Padre José foi um personagem relevante e polêmico dentro da minissérie Memorial de Maria
Moura, dos autores Jorge
Furtado e Carlos Gerbase, adaptada do romance homônimo da Rachel de Queiroz. Ele se apaixona por Bela (Bia Seidl), uma
mulher casada, e peca contra a castidade. Mas o romance termina em tragédia:
Bela engravida e é assassinada pelo marido, Anacleto (Antonio Grassi).
Amargurado, José Maria passa a integrar o bando de Maria Moura (Glória Píres).
Gustavo
Pelegrini de Pátria Minha (1994)
Em
1994, Kadu Moliterno fez uma pequena
porém marcante participação na trama de Pátria Minha, do autor Gilberto Braga. Na pele do Gustavo Pelegrini, filho do grande vilão
Raul, vivido pelo Tarcísio Meira, o
ator emocionou o país na cena em que o personagem depois de um acidente se
despede da mãe, Tereza (Eva Wilma), quem
ele havia humilhado dias antes. A cena foi um das mais impactantes da trama
graças a entrega dos intérpretes que sensibilizou todo o pais. Kadu contou em entrevistas na
época, que mesmo depois do “cortou” do diretor, a emoção continuou presente nos
estúdios e ele com Eva Wilma continuaram entregues ao sentimento de uma mãe se
despedindo do filho no leito de morte como se realmente fossem seus personagens.
Rodrigo
de Anjo Mau (1997)
O
Rodrigo do remake de Anjo Mau, da autora Maria Adelaide Amaral, recém apresentada no Vale a Pena Ver de Novo, foi outro protagonista vivido pelo Kadu na
tv. Outra ótima parceria com Glória Pires,
que rendeu bons momentos e ótimos índices à trama. Boa parte da novela o Rodrigo passou a ser odiado pelos
telespectadores que mesmo sabendo que
Nice era vilã, não aceitavam que ele a usasse para se vingar de Paula (Alessandra Negrini), sua
noiva que o traíra com o próprio irmão. A Paixão verdadeira nasceu entre o
casal na reta final de Anjo Mau e a
torcida para que eles ficassem juntos foi o grande mote do desfecho da trama.
Fonte:
Texto : Evaldiano de Sousa
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