O mágico
universo de Jorge Amado foi
retratado de forma magistral por Walther
George Durst na primeira versão de Gabriela (1975),
trama da Globo baseada no
romance Gabriela, Cravo e Canela do autor.
A
novela mesclava todo o universo sensual
do autor com questões políticas e sociais. A Trama consagrou Sônia Braga na pele da protagonista,
uma das personagens mais sensuais da história da teledramaturgia nacional.
Curiosamente a atriz não havia sido a primeira pensada para o papel. O diretor Daniel Filho tinha chegado a convidar Gal Costa para viver a personagem, que
declinou do convite. Depois de testes com mais de 150 atrizes, Sônia Braga foi a
escolhida. A atriz que já tinha alguns trabalhos na casa, se transformou em
estrela de primeira grandeza depois de Gabriela.
Em 2012,
a Globo produziu com grande alarde o
remake de Gabriela,
agora reescrito por Walcyr Carrasco.
A grande dúvida dessa produção era escolher a atriz que reviveria a personagem
imortalizada pela beleza e interpretação de Sônia Braga na primeira versão.
Mesmo com muitas críticas à sua escolha, Juliana Paes foi eleita a Gabriela dos anos 2000, e logo
nas primeiras cenas ficou nítida a escolha acertada. Juliana Paes imortalizou uma nova Gabriela e hoje temos duas
que fazem parte da história da
teledramaturgia nacional.
Para a
abertura de ambas as versões foi dado ênfase na simplicidade através de belas
ilustrações de artistas plásticos.
A
primeira versão trazia ilustrações do artista plástico Aldemir Martins que, assim como Carybé, também ilustrava os romances de Jorge Amado. O tema de abertura “Modinha para Gabriela” foi composto por Dorival Caymmi especialmente para a novela e foi imortalizado na
voz da Gal Costa.
Para o
remake de 2012, a abertura foi produzida
de maneira totalmente artesanal, sem o uso de recursos de computação gráfica.
Foram utilizados 150 kg de areia colorida, vindos especialmente do Ceará, para
retratar seis paisagens e cenários da trama criados pelo artista Mello Menezes. A Equipe inspirou-se na
sensualidade de Gabriela,
nas belas paisagens da Bahia e da caatinga, na boemia do Bataclã e na moral
conservadora da Bahia dos anos 20. O tema “Modinha
para Gabriela” voltou para a abertura, novamente na voz
inconfundível da Gal Costa.
Novelas Inesquecíveis – Gabriela (1975)
Fonte :
Texto: Evaldiano de Sousa
Vídeos: You Tube
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