Já apelidada de “Sob Pressão” do ensino, a série Segunda Chamada coprodução da Globo
e da 02 Filmes, escrita por Carla Faour e Julia Spadaccini com
direção geral e artística de Joana
Jabace, já estreou impactando o telespectador com a dura realidade do ensino público
brasileiro em destaque para o noturno com os alunos em uma zona de risco
extremada.
A produção mostra que as coproduções na
área de teledramaturgia é o futuro, assim como Sob Pressão, Segunda Chamada também é uma coprodução e talvez por isso, com essa visão dupla de setores distintos
tragam os ingredientes que faltam quando a produção é 100% Globo.
Com uma abordagem agressiva, mas perita,
o primeiro episódio apresentou sistematicamente
todos os alunos e seus dramas – o motoboy cansado de trabalhar (Felipe Simas),
a mãe solteira (Carol Duarte), a travesti marginalizada (Linn da Quebrada), o
garoto de programa, enfim várias camadas da sociedade que terão seus problemas
explanados entre uma aula e outra. Os professores são outro show à parte. Também
com dramas particulares, são o “grito de basta” do pouco caso com a educação no
Brasil.
O elenco afiado já mostrou nesse
primeiro episódio que é um dos ingredientes
que farão Segunda Chamada valer a pena. Déborah Bloch magistral fazendo drama. Sempre fico impressionado como a atriz consegue passear pelo humor e o
drama de forma impecável. Nesse campo Thalita
Carauta, imortalizada com personagens
cômicos, com a Janete do Zorra Total, é outro destaque, com o drama da
professora Eliete. Uma das novidades da
produção é o retorno de Paulo Gorgulho
à Globo depois de anos na RecordTv. Linn da
Quebrada, a cantora, compositora e
ativista dos direitos civis da comunidade LGBT e da população negra, que vive a
transexual Natasha, estreia na série
como atriz , e certamente será um dos destaques.
Segunda Chamada já
estreia com uma segunda temporada garantida, o que prova a importância do tema
ser discutido assim em tv aberta sem filtros ou maquiagem.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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