Com uma direção ágil, texto pertinente e
narrativa cirúrgica, Topíssima, trama da autora Cristiane Fridmann no ar
pela RecordTv é uma das melhores
produções do gênero apresentadas este
ano.
A novela chega ao capítulo 100 nesta
segunda (07.10) e sem barrigas ou esvaziar sua história antes do final, Topíssima praticamente
mostra uma reviravolta a cada semana, o
que instiga o telespectador , que tenta seguir o fôlego da trama. Sem dúvidas
a melhor característica da trama é sua história contada milimetricamente, quando
a autora parece que, como no jogo de
baralhos, elimina personagens na hora certa, gerando um novo entrecho
totalmente dentro da coerência da
história.
Claro que em números de audiência Topíssima ainda deve muito, o que não lhe desqualifica em nada
– principalmente se compararmos a audiência de horário nobre de A Dona do Pedaço,
do autor Walcyr Carrasco. Em audiência
A dona do Pedaço é campeã absoluta enquanto que Topísisma é
uma novela mil vezes mais linear e crível, com texto adulto e coerente.
Enfim, os personagens de Topíssima são mais interessantes bem construídos e mesmo com falhas de
interpretação em alguns, o bom texto da Fridmann se sobrepõe, e isso passa a ser relevante.
Em uma das minhas primeiras impressões sobre Topíssima, falei que a novela era
uma “escapismo para o telespectador”, mas o decorrer da trama me mostrou que
ela é muito, muito mais que isso.
O casal principal que esbanja química
(Sophia/Camila Rodrigues e Antônio/Felipe Cunha), história de fundo
consistente (a droga veludo azul), belos
e jovens atores mesclados à
veteranos que emolduram esse elenco, fazem de Topíssima uma
novela cheia de atrações interessantes.
Com base nas últimas tramas da Globo, que vimos suas histórias se
esvaírem praticamente na metade da novela, o caso de Órfãos da Terra e Verão 90, Topíssima é
muito mais do que uma opção de escapismo, é uma trama que pode ser vista com um
futuro para nossa teledramaturgia – Para a RecordTv
prova que nem só a bíblia rende histórias
– para o SBT que não só as tramas infantis são a solução e
para a Globo, que deve repensar suas
sinopses evitando que no meio da trama a história acabe e a novela seja
cozinhada em banho-maria até o final.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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