“Aruanas”, o thriller ambiental de autoria de Estela Renner e
Marcos Nisti, com direção artística de Carlos Manga Jr  e
direção geral de Estela Renner,  encerrou 
sua primeira temporada nesta terça-feira (30.06). Com o  assunto muito em voga,  a série veio para a tv aberta no momento
certo, porém a enxurrada de reprises  na
teledramaturgia global talvez tenha prejudicado a apresentação que , ficou  esquecida pelo grande público  durante os 2 meses que esteve no ar, o
que  foi um crime.  Com uma mistura de
folhetim,  suspense e crítica social tendo a ecologia como
protagonista  e o foco na biodiversidade, a produção foi uma das
melhores feitas  especialmente  para a Globoplay
e precisava desse debut na tv aberta para se firmar. 
         Ambientada na fictícia Cari,
cidade no interior do Amazonas,  conta a história das ambientalistas
fundadoras da  ONG  Aruanas – Luiza (Leandra Leal), Natalie (Débora
Falabella) e Verônica (Tais Araújo), que começam a investigar uma denúncia
anônima que aponta uma série de evidências que ligam uma poderosa mineradora de
garimpos ilegais na Amazônia.
        Além
do foco na trama  ambientalista, Aruanas  conta também os dramas individuais de cada protagonista  onde
abordou  assuntos como relacionamento
abusivo, adultério, traição de amizade, guarda de filho, lesbianismo , ou seja
um leque de entrechos que  somados fizeram  da série um programa imperdível e que não
permite o telespectador em nenhum momento se desligar.
        No
elenco as protagonistas são um show à parte – Leandra Leal, Tais Araújo e Débora Falabella num
perfil de personagens fortes e ousadas, apesar de já estarmos acostumados com
elas em nossas novelas, a série parece   dar um brilho maior ao
trabalho das atrizes  em interpretações  irrepreensíveis.
         E
por falar nos entrechos de folhetim da
trama,   vale  destacar  o conflito que
nasce entre Verônica (Tais Araújo) e Natalie (Débora
Falabella) ,  quando esta última descobre  o caso do
seu marido com a amiga ativista.  Vale destacar também  a
exploração do tema da prostituição infantil,  assedio e violência
,  entrecho protagonizado, diga-se de passagem com maestria
pela Tainá Duarte,  a ativista Clara. 
        O  Interessante é que em Aruanas os personagens não eram  totalmente politicamente
corretos ou incorretos, as ativistas vivem em conflitos familiares complexos
como a advogada Verônica, da Tais Araújo, que se consome de remorso
por viver uma relação extraconjungal com o marido de Natalie, assim como
Miguel, do Luiz Carlos Vasconcellos, o grande empresário
responsável pela contaminação  da cidade em Kari , no Amazonas, um
homem sedento por dinheiro e poder, que maquiado por seus negócios, lidera
vários garimpos iligais na região; ao mesmo tempo  em que trata
com  afeição e sofre  com a doença terminal da
filha,  um instigante   conflito de perfis entre os
personagens.
         Além de Luiz Carlos
Vasconcellos, vale destacar no elenco masculino de Aruanas o estreante na Globo,  Gustavo Vaz, nome
de destaque no teatro brasileiro, e que ficou conhecido nacionalmente na
série Coisa Mais Linda,   lançada no ano passado na Netflix.
O Ator brilhou na série e agora com a veiculação na tv aberta é mais uma
oportunidade  para seu nome estourar nacionalmente.
        A Série em  seu conjunto
é  de uma   importância incalculável. Um grito de
alerta para a crise ambiental mundial, além de jogar luz e proteger o trabalho
dos ativistas no Brasil. 
Veja Também: 
![]()  | 
| Sobre Aruanas | 
Fonte:
Texto:
Evaldiano de Sousa 





Confesso que em quase quatro meses de isolamento social, essa série foi para mim um dos poucos acertos da Globo. Não há muito mais o que dizer sobre Aruanas. Sua trama extremamente ágil, densa e envolvente mostra que ainda é possível assistir a programas na TV aberta de qualidade, mesmo que cada vez mais raros.
ResponderExcluir