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Enquete e10blog - Melhores do Ano

10 Flop´s do horário das sete da Globo que o e10blog quer ver na Globoplay



        Em quase 70 anos da teledramaturgia  nacional  temos centenas de títulos que marcaram o gênero, considerados  marcos e clássicos das telenovelas que nunca serão esquecidas,  e sempre que lembradas e / ou reprisadas é sucesso absoluto.

        O e10blog é fã incondicional das novelas,   independente da sua repercussão, sucesso e /ou audiência, confesso até que as tramas consideradas “flop´s” , que dificilmente foram reprisadas, e se foram  apenas uma vez  e certamente não serão mais, são o xodó do blog.

Agora com o projeto de resgate do acervo da Globo , com uma trama antiga sendo disponibilizada a cada 15 dias  na plataforma de streaming do Canal, a esperança de rever clássicos considerados “flop´s” reacendeu, e neste post vou lista 10 títulos  do horário das sete, considerados assim,  que eu espero que Globoplay disponibilize logo, logo.

 

1 – Sem Lenço, Sem Documento (1977)



        Muito antes das empreguetes de Cheias de Charme em 2012, a Globo apresentou em 1977 a novela Semlenço, Sem Documento,  trama que tinha também como protagonistas empregadas domésticas.  Era a segunda experiência em novelas do autor Mário Prata, que vinha do grande sucesso de Estúpido Cupido (1976), e tentou mostrar uma nova proposta  com uma trama que abordaria vários temas, sem personagens  principais, apresentando uma série de perfis que se mostrariam com o desenrolar do enredo.

        Infelizmente esse acúmulo de histórias, e o clima intelectual que pairava no ar e que contrastava com o tema simples da vida pessoal das domésticas, aborreceu o público e o autor teve que dar um salto de seis meses na trama, com a tentativa de simplificar a história.

              A trama tinha  uma boa proposta inicial,  mas o autor pesou na mão,  e o texto irreverente  e inteligente, que lhe consagrou em Estúpido Cupido faltou em Sem Lenço, Sem Documento, e fez com que o autor jamais repetisse o sucesso de estreia em suas tramas posteriores.

 

2 – Te Contei ? (1978)



         Te Contei?,  do  Cassiano GabusMendes   é uma das menos citadas entre as obras do autor pelo fato de não está entre as clássicas como Locomotivas (1977), Elas por Elas (1982), Ti Ti Ti (1985) e Que Rei Sou Eu ? (1989), mas  teve seu charme.

        A novela  tinha um diferencial entre seus protagonistas. Uma era cleptomaníaca  e o outro  cego.  Esses assuntos sérios eram intercalados entre os encontros  e desencontros amorosos que marcaram a história.

        A Novela foi encomendada para ser uma nova  Locomotivas (1977), sucesso anterior do autor, inclusive até o elenco era parecido, mas a  audiência de trama ficou muito abaixo da sua antecessora, o que acabou chamando a atenção dos telespectadores e dando uma levantada na audiência  foram as cartas anônimas enviadas para quase todos os personagens que foram criando novos entrechos.

Protagonizada pelo saudoso Luiz Gustavo , Maria Claudia e Wanda Stefânia,  tenho muita curiosidade para vê-la     e rezo para que logo , logo a Globoplay disponibilize a trama, tenho um carinho todo especial por ela. Eu nasci exatamente durante a exibição da mesma,  em maio de 1978, e minha mãe conta que assistiu muitos capítulos da mesma  me embalando em seus braços.

 

 

3- Feijão Maravilha (1979)



             Bráulio Pedroso homenageava as chanchadas dos anos 50, com uma deliciosa comédia que reuniu no elenco nomes que fizeram muito sucesso Atlântida, como José Lewgoy, Ivon Cury, Mara Rúbia, Eliana Macedo, Adelaide Chiozzo, Walter D´avilla, Oley Cazarré  e  Grande Otelo.

        A Trama protagonizada por Lucélia Santos, passava toda sua ação no Hotel Internacional, um cinco-estrelas, onde se reunia todos os personagens. Eliana, a personagem da Lucélia, trabalha na recepção e vive ás voltas com as trapalhadas de Anselmo (Stepan Nercessian), um empresário com contratos que nunca se concretizavam. Eliana é apaixonada por Anselmo, mas ele não percebe esse amor, pois é apaixonado pela bela e rica Bibinha (Maria Cláudia). Os dois são amigos de Benevides (Grande Othelo) e Oscar (Olney Cazarré), carregadores de malas do hotel. A Jovem recepcionista sempre acaba metida nas confusões que os três aprontam.

        Com  essa temática de crimes tendo um hotel de luxo como base, Feijão Maravilha pode ser considerada uma espécie de avó de “Pega – Pega”,   atual reprise  no horário das sete,  que tem  como pano de fundo esses mesmos entrechos.

 

4 – Chega Mais (1980)



         Chega Mais é considerada uma anti-novela por causa do estilo  em forma de crônica mostrado pelo autor Carlos Eduardo Novaes.

        A novela também é muito lembrada por ter sido a última que Sônia Braga protagonizou antes de deixar o Brasil e tentar sua carreira internacional nos Estados Unidos. Depois da trama a atriz só voltou às novelas em 1999, numa participação em Força de Um Desejo e em 2006 em Páginas da Vida.

           Chega Mais tinha uma trama gostosa que mostrava o jogo de gato e rato que pairou por toda a trama no casal principal, Tom e Gelly, vividos pelo Tony Ramos e Sônia Braga. Eles formavam um casal perfeito, só que não conseguiam viver juntos, mas também não conseguiam viver separados.

        O primeiro capítulo de Chega Mais é inesquecível. Gelly espera o noivo no altar  para o casamento  e ele não chega. Tom foi sequestrado antes de entrar na igreja. Porém na verdade, o sequestro era uma armação de Tom para arrancar dinheiro da família da noiva. Só que ele não sabia que a família de Gelly estava falida e vivia de aparências.

 

        Foi no primeiro capítulo também que os garçons de Marron-Glacê (1979), a trama do Cassiano Gabus Mendes  apresentada anteriormente no horário,  participavam da trama. Eles serviam  no buffet da festa de casamento.

 

5 – O Amor é Nosso (1981)



        O Amor é Nosso, dos autores Roberto Freire e Wilson Aguiar Filho,  é esquecida até pela própria emissora.

        A Novela não chegou a despertar o interesse do público que se afastou totalmente e a trama acabou se esvaindo no decorrer dos capítulos.

        Guilherme Bryan e Vincente Villari  narram em seu livro “Teletema – A História da música popular brasileira através das telenovelas”, algo que era nítido desde a concepção de O Amor é Nosso. A trama foi feita como veículo de divulgação do então ainda estreante cantor Fábio Jr, que era o protagonista da trama, que  tinha a história  parecida com a sua na vida real, era também um aspirante a grande cantor; A abertura  praticamente um clipe do cantor  com a música “Eu me Rendo” em sua voz, e ainda a capa da trilha nacional com uma sugestiva foto do Fábio sem camisa. Ou seja, ficou alguma dúvida que a novela foi feita pra ele?

       

6 – Mico Preto (1990)



        O Desaparecimento de uma milionária empresária e a disputa pelo poder das suas empresas era o mote central da novela Mico Preto dos autores Marcílio Moraes,  a saudoso Leonor Basséres e Euclydes Marinho, que estreava em novelas na Globo.

        A Trama de Mico Preto foi fraca e chamou atenção mais a abertura com o polêmico Mico Preto. A Sociedade Protetora dos Animais achou a inclusão do animal na abertura um abuso ao Mico que estava em extinção.  De nada adiantou, a abertura com o Mico continuou sendo veiculada e a novela ainda ganhou  certa audiência ocasionada pela curiosidade.  O tema de abertura “Mico Preto” foi composta  por Almir Blanc e Moacyr Luz  e cantada por Gilberto Gil especialmente para a novela.

        O saudoso José Wilker, novamente dava um show com um  vilão canastrão e cínico nas mãos, o Fred. Esse tipo de personagem acabou virando uma marca registrada do ator, que viveu personagens com perfis parecidos em tramas como Fera Ferida (1993) ,  A Próxima Vítima (1995) entre outras.

        Luiz Gustavo e Geórgia Gomide, que eram genro e nora na trama, proporcionaram cenas hilárias  quando Sarita resolve levar a mãe para morar com o noivo. Os dois não se suportavam e faziam questão de não esconder a antipatia.  Nessas brigas o público era brindado com cenas de humor e pastelão desses dois monstros sagrados da teledramaturgia.

         Aliás, Luiz Gustavo fez do Firmino mais um grande personagem para o seu currículo de tipos vividos na Tv. Era boa praça, mas totalmente atrapalhado e azarado. Mico Preto pode não ter sido um grande sucesso, mas foi sem dúvidas um dos últimos bons momentos do ator.

       

7  - Lua Cheia deAmor (1990)



        No finalzinho do ano de 1990,  Ricardo Linhares , Maria Carmem Barbosa e Ana Maria Moretzsohn  levaram ao ar a charmosa Lua Cheia de Amor , novela inspirada em um grande sucesso dos anos 70,  Dona Xepa do autor Gilberto Braga.

        A Novela não chegou a ser o sucesso que foi a original, e nem foi um fenômeno de audiência no horário, mas tenho ótimas recordações da trama.

         Marília Pêra era a protagonista, a Genu ( A Dona Xepa ) e   como não se apaixonar  pela simplicidade e bondade da personagem tão bem criada por essa diva da TV.

        Em Lua Cheia de Amor também brilhou a tresloucada e “translumbrante” Kika Jordão , criada magistralmente por Arlete Salles em um dos seus melhores momentos na TV. A Perua queria a todo custo entrar pra sociedade , e passou a trama inteira armando os maiores planos para ficar assim ó “Uma e carne” como ela mesmo dizia , com Lais Souto Maia , personagem da Suzana Vieira , uma grande dama da Sociedade.

        Outros destaques   do elenco   -   Isabela Garcia com a sua interesseira Mercedes e  Drica Moraes que  voltava ao horário das sete um ano depois do sucesso de seu personagem em Top Model,  para viver a cleptomaníaca   Isabela.

 

  

8 – Deus nos  Acuda (1992)



         Deus nos Acuda , do autor Silvio de Abreu, conta  a história da Maria Escandalosa (Cláudia Raia) uma “trambiqueira” do maior nível que era escolhida pelos  anjos do  para ser usada como a salvadora do Brasil. A Anja Celestina (Dercy Gonçalves) ganhava a missão de recuperá-la.

        A trama é uma das  mais fracas do autor, mas com um elenco de encher os olhos e que também merece ser revista.

 

 

9 -  Olho no Olho  (1993)



        A emblemática trama de Olho no Olho, do autor Antônio Calmon, que incursava no mundo da paranormalidade depois de grande sucesso de Vamp (1991), seu trabalho anterior, entrava no ar em 1993.

        Porém faltou a Olho no Olho uma pitada de jovialidade (apesar dos protagonistas jovens vividos pelos atores Nico Puig, Felipe Folgosi e Patrícia de Sabrit) e humor, como o autor mesclou com maestria em Vamp.

        A Novela é uma daquelas pouco citadas dentro da emissora, e o próprio autor contou em entrevistas que não gostou muito da trama, principalmente por causa da figura satânica do demônio, representada pelo personagem Fred (Nico Puig),      que segundo ele, não lhe trouxe bons fluídos.      

        É considerada hoje um clássico trash que a Globoplay tem que nos presentear.

  

10   - Salsa e Merengue (1996)    



         Salsa e Merengue  primeira novela escrita pelo autor Miguel Falabella, em parceria com a  amiga Maria Carmem Barbosa, também é outro título que merecemos ter no catálogo da Globoplay.

        O ritmo ágil e humor urbano com situações inesperadas fizeram Salsa e Merengue se tornar uma trama inteligente e cheia de novos entrechos a cada semana. Até então Miguel Falabella só havia escrito episódios para o seriado Delegacia de Mulheres (1990) e o Sai de Baixo.

        Salsa e Merengue tem  uma trama gostosa que dosava o humor inteligente, que se tornaria característica principal das novelas do autor, a uma linha policial, que ao se mesclarem nos proporcionaram momentos inesquecíveis criando personagens e tipos que marcaram a teledramaturgia.

        Déborah Bloch foi a grande estrela da novela com a hilária Theodora, a eterna apaixonada de Eugênio (Marcelo Antonny) . A personagem ganhou tanta empatia do público que de vilã acabou se tornando a heroína cômica da história.

        Cristiana Oliveira no auge da sua beleza deu vida a vilã carreirista Adriana e foi outro destaque da trama em parceria com suas cumplices - A mãe Gilda, da saudoso Ariclê Perez e a Tia Ruth, da espetacular Laura Cardoso.

        Salsa e Merengue é em minha o melhor trabalho do MiguelFalabella e da sua parceira Maria Carmem Barbosa,  pela cativante história que mesclava ricos e pobres, brasileiros e latinos em uma só trama.

 

Veja Também:

Nossos Autores - Miguel Falabella 


10 Flop´s do horário da seis que o e10blog quer ver na Globopolay 


Fonte:

Texto : Evaldiano de Sousa

Pesquisa : www.wikipedia.com.br www.memoriaglobo.com.br

 

 

 

 

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