Depois de muita especulação, notícias desencontradas,
descontentamento de autores ... enfim Vale Tudo - O Remake vem ai mesmo.
Uma novela que marcou uma geração , uma década, aquela virada
de ano de 80 para 90, ou seja uma das
novelas mais lembradas e cultuadas da teledramaturgia nacional. Escrita por GilbertoBraga e Aguinaldo Silva , tinha uma história
que gritava a pergunta se valeria a pena mesmo ser
honesto no Brasil, pergunta essa que mesmo mais de 30 anos depois ainda
continua sem uma resposta.
Embora seja uma trama
ainda atual, afinal de contas a ambição e falta de honestidade ainda
é, infelizmente, uma das molas que movem
nossa sociedade, nunca imaginei ver um remake de ValeTudo. Claro que vale pela curiosidade, pela interpretação dos novos
atores em personagens que cultuamos a tanto tempo, mas um remake é sempre uma caixa de
surpresa. Sabemos que o simples fato de um remake de uma trama de sucesso no passado não é receita de sucesso garantido. Claro que se
citarmos Mulheres de Areia (1993) e A Viagem (1994) e mais recentemente Pantanal (2022) , o remake teve tanto ou mais sucesso do que sua original,
porém remakes de outros clássicos como Irmãos Coragem (1995) e Pecado Capital (1998), praticamente passaram em branco pela nossa teledramaturgia. Até mesmo o remake de Selva de Pedra (1972), da Janete
Clair, reescrito pela Regina Braga e Elóy Araújo em 1986, no horário
nobre, foi considerado um grande feito,
e estamos falando de 1986, quando a
trama foi para o ar, sem a concorrência
do streaming e outras plataformas.
Tais Araújo (eu estava torcendo pela Glória Pires)
já foi
escolhida como a nova Raquel
Accioly, a personagem imortalizada pela Regina Duarte, que representava a honestidade e trabalho na
trama, e a curiosidade por escalações de personagens como Maria de
Fátima, Odete Roitmann, César Ribeiro e Heleninha Roitmann pipocam nas redes sociais, e o sucesso da produção começa exatamente ai,
se essa escalação por algum motivo for equivocada, o projeto pode ser
praticamente todo prejudicado.
É obvio que não tem como
esperar que o novo remake pare o Brasil, como aconteceu no assassinato
da Odete (Beatriz Segal ) ou na revelação do assassino no último capítulo, são
outros tempos, mas o remake precisa ser
certeiro em certos pontos e assuntos, e
inclusive continuar alguns que em 1988, a censura velada não permitiu (a identidade sexual do Tiago,
personagem do Fábio Villa Verde ou a relação entre a Lais e
Cecília, personagens da Christina Prochaska e Lala Deheinzelin).
Volto a repetir é uma caixa de surpresa, vários fatores vão
contribuir para que o remake seja bem aceito, faça sucesso ou simplesmente marque
essa nova geração, não apenas ser o
remake de um original de grande sucesso popular e de crítica.
Veja Também:
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Trilha Sonora Eterna - Vale Tudo Internacional (1988) |
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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