A Bruna de “Plumas e Paetês” no Viva
Ela vem desfilando sofisticação e austeridade na pele da
Bruna de Plumas e Paetês, trama do CassianoGabus Mendes, atualmente em reprise pelo Canal Viva e nós sendo
presenteados com o talento da saudosa Neuza Amaral.
Atriz e política (foi vereadora pela
cidade do Rio de Janeiro) iniciou
sua carreira de atriz na década de 50 na cidade do Rio de Janeiro, trabalhando na Rádio
Tupi, onde enfrentou muitas dificuldades. Transferiu-se, então, para São Paulo e, ao passar com uma amiga pela
porta da Rádio Record, resolveu entrar para ver como funcionava
uma rádio e saiu dali contratada: pediram para a atriz ler uns textos e, dois
dias depois, ela já estava no ar. “Fazia locução, programa de auditório, tudo”
declarou ela.
A Estreia em novelas também foi mais por
necessidade e curiosidade. Depois de ser desligada da Rádio estreou nas novelas Alma da Noite e A Mansão dos
Daltons na Tv Record,
praticamente sem experiência alguma. Em
seguida, foi para a Tv Excelsior onde
participou da primeira telenovela diária da televisão 2-5499 Ocupado, em 1963, ao lado de Tarcísio
Meira, Glória Menezes e Lolita Rodrigues.
Sobre a trama, conta: “Naquela
época valia tudo, até varrer o estúdio. Porque era para desbravar mesmo”.
Seguiram-se outros sucessos na
emissora com as novelas As Solteiras (1964), A Moça
que Veio de Longe (1964), O Céu é de Todos (1965)
e Pecado de Mulher (1965).
Voltou a morar no Rio de Janeiro em 1967 e por meio de um
amigo comum, foi apresentada ao Boni, que a convidou
para trabalhar na TV Globo na novela A Sombra de Rebeca. Na emissora, consolidou sua
carreira com personagens memoráveis como a primeira grande vilã da televisão,
Veridiana Albuquerque Medeiros de A Grande Mentira (1968), a determinada Maria Clara Taques em Os Ossos do Barão, que lhe rendeu o Troféu
APCA de melhor atriz; a sensível Nara de Fogo sobre Terra ,
que morre afagada quando a cidade é
inundada pela barragem, ao se
recusar a abandonar suas raízes (1974); a austera Fabiana di Lorenzo
de Bravo! (1975), novela na qual
submeteu-se a uma operação plástica, que foi levada ao ar como sendo uma
situação vivida pela personagem; a doce Emerenciana em Cabocla (1979);
a rica, elegante e insegura Bruna em Plumas e Paetês (1980)
, a divertida Zefa em Paraíso (1982),
a Inez Fontes de Sinhá Moça (1986) e a hilária Lucy de Brega e Chique (1987).
Estreou na carreira cinematográfica em 1967 no filme A Lei do Cão. No
cinema, atuou em cerca de vinte produções nacionais, muitas das quais foram
sucesso de crítica e público como Memórias de um Gigolô (1970), Os
Machões (1972), Como É Boa a Nossa Empregada (1973), Quem Tem Medo de Lobisomem? (1975), Dedé
Mamata (1987) e O Que é Isso, Companheiro? (1997).
Nos anos 90, Neuza Amaral esteve menos
ativa na tv e apenas aceitou
fazer pequenas participações
em novelas e em especiais. A última foi em Pé na Jaca (2007).
Foi eleita vereadora com mandado de 1989 a 1992), o que causou seu afastamento gradativamente, dos trabalhos na televisão,
resumidos a pequenas participações. Viveu há cerca de dez anos no município de
Araruana e trabalhou como controladora geral da cultura da cidade.
Neuza Amaral nos deixou em 2017, aso 86
anos, vítima de uma
embolia pulmonar.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
Pesquisa: www.wikipedia.com.br
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