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Na trama de Em Família na
semana passada pudemos assistir o primeiro embate real entre Helena (Julia
Lemmertz) e Luiza (Bruna Marquezine) por causa de Laerte (Gabriel Braga Nunes).
Mãe e filha jogaram uma na cara da outra
tudo que achavam dessa aproximação do Laerte, o homem que destruiu a vida de
Helena no passado e agora reaparece e seduz sua filha. A conversa termina, como
a própria Helena contou o ocorrido ao
marido Virgílio (Humberto Martins), com um sonoro “Tapa na cara de Luiza”.
Essa cena foi uma das cenas mais esperadas da trama, principalmente por
mim, que apesar dos pesares torço pela Helena. Tal qual aconteceu com as outras
filhas das Helena´s do autor, a
Luiza tirando vantagem de ser filha, se acha no direito de fazer o que quiser com e
contra a mãe.
Porém diferentemente das outras
Helena´s, a Helena de Em Família não
baixou a cabeça para filha em nome do amor materno. Com certeza um dos grandes
motivos para a estigma do ódio do
público pelas filhas das Helena´s foi
essa submissão que as mães tiveram em
nome do laço sanguíneo.
Em História de Amor (1995),
no ar atualmente pelo Canal Viva, a
Joyce (Carla Marins) é um poço de egoísmo, e sempre arrumava uma maneira de por
a culpa dos seus tropeços na mãe Helena (Regina Duarte), que sempre entendia e
perdoava essa filha instantaneamente. No final ainda descobrimos que a Helena
nem é mãe de sangue dela.
Em Por Amor (1997), novamente
Regina Duarte na pele de uma Helena,
foi capaz de abrir mão de um filho em nome da felicidade da mimada Eduarda
(Gabriela Duarte), e em Laços de Família (2000),
a Helena (Vera Fischer) abriu mão do amor de Edu (Reinaldo Gianechinni) quando
percebeu o interesse da filha Camila (Carolina Dieckmann) por ele.
Vendo por este lado, A Helena de Em Família me ganhou. Nenhuma mãe é obrigada a aguentar
desmandos e desrespeitos dos filhos em nome
do amor eterno. Se acha que o filho errou , ou que ele fez algo que lhe
atingiu, as mães são pessoas como outras quaisquer, também se ofendem, se ferem e tem o dever de se defenderem.
Eu gosto da maneira visceral que a Julia Lemmertz vem levando a sua
Helena, que de serena não tem nada, e isso é um ponto forte da tão criticada
personagem.
Fonte :
Texto
: Evaldiano de Sousa
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