Taís
Araújo é uma pioneira. Ela foi a primeira atriz negra a protagonizar uma novela
brasileira (Xica
da Silva/1996). Depois foi a primeira protagonista negra de um
novela global (Da
Cor do Pecado/2004) e depois a primeira Helena negra, protagonista oficial das
novelas do autor Manoel Carlos (Viver a Vida/2009).
Atualmente a atriz vive uma das protagonistas da novela Geração Brasil,
repetindo a parceria com os autores Felipe
Miguez e Isabel de Oliveira iniciada em Cheias de Charme em 2012.
Tais
Araújo é aquele tipo de atriz camaleoa. Ela adora mudar totalmente o visual
de um personagem para o outro. No decorrer do post vamos perceber isso. Ela já
teve cabelos louros, longos, lisos, enrolados, curtinhos, pretos, ondulados, ou
seja, para todos os gostos.
Iniciou sua carreira no teatro aos 11
anos, mas sem dúvidas foi a Tv que
lapidou seu talento, que hoje a fez ser
uma das grandes profissionais da nova geração de atrizes brasileiras.
Em 1996, depois de estourar como a
escrava Xica da
Silva na novela homônima do
autor Walcyr Carrasco, foi eleita um
dos 50 rostos mais bonitos do mundo pela Revista People.
Um talento sem limites seja fazendo uma
personagem caricata ou uma mais próxima
do realidade. Eu costumo dizer que a Taís é a Zezé Motta dos anos 2000, tanto pelo talento como pela beleza inigualável.
Vamos relembrar os melhores personagens
dessa atriz, que mesma tão nova já tem um currículo invejável.
10º. Xica da Silva
de Xica da Silva (1996)
Tais
Araújo ganhou sua primeira protagonista em 1996 e foi um estouro de sucesso
dando vida a escrava Xica da Silva na novela homônima escrita por Walcyr Carrasco. A atriz já havia feito
a novela Tocaia
Grande
na extinta emissora Manchete e Walther
Avancini depois de testar várias atrizes para viver a personagem , viu na Tais Araújo a personificação da
personagem. Quando a novela estreou,
Tais ainda tinha 17 anos e o público teve que esperar quase 50 capítulos
para ver a nudez da atriz quando ela completou a maioridade. Xica
da Silva credenciou a entrada de Tais
Araújo na Globo no ano seguinte.
9º. Vivian de Anjo Mau (1997)
Tais na contra capa da trilha internacional da novela |
Em 1997,
a atriz estreou na Globo e
ganhou um dos papéis de destaque do remake de Anjo Mau, escrito pela Maria
Adelaide Amaral. A Vivian, personagem que ela interpretou, era uma mulher independente que enfrentava o
preconceito por ser negra. No decorrer
da trama sofria um estupro por parte de
um dos donos da empresa onde trabalhava.
A Personagem foi usada para levantar bandeira em defesa das mulheres,
embora de uma maneira velada, porém no decorrer da trama Vivian e Ricardo (Leonardo
Brício), o estuprador, acabam se
acertando e sendo felizes no final da novela.
8º. Selminha
Aluada de Porto dos Milagres (2001)
A Selminha Aluada foi mais uma
personagem dosada com sensualidade que a Taís
Araújo viveu. Criada por Aguinaldo
Silva em Porto
dos Milagres, a personagem era uma prostituta que vivia na rua baixa
da cidade baiana. Mais uma vez a atriz tirou o desafio de letra e nos
presenteou com muitas cenas inesquecíveis em parceria com Joana Fomm que vivia sua mãe na trama.
7º. Dandara de
O Quinto dos Infernos (2002)
Com a Saudosa Nair Bello |
Em meio ao vários destaques do elenco de
O Quinto dos
Infernos, a anárquica minissérie do autor Carlos Lombardi, que falava da vinda da família real portuguesa ao
Brasil, Tais Araújo apesar de um
pequeno papel, se destacou na pele da fogosa Dandara, uma das serviçais do
castelo que sedia aos encantos de Dom Pedro I (Marcos Pasquim).
6º. Edivânia
de Meu Bem Querer (1998)
Em 1998, a atriz viveu a espevitada
Edivânia de Meu
Bem Querer, do autor Ricardo
Linhares. A Personagem era filha da Tonha da Pamonha (Arlete Salles), uma
mulher do povão que vivia de vender pamonhas pelas ruas de São Tomáz de Trás.
Edivânia hostilizava a mãe por não aceitar sua condição de pobre.
5º. Alicia
Rosa de A Favorita (2008)
Como esquecer a Tais Araújo tomando banho nua em plena a posse do seu pai como
deputado na trama de A Favorita? A Alícia Rosa fazia questão de bater
de frente com Romildo Rosa (Milton Gonçalves) que pagava em casa os desmandos
que fazia com o dinheiro do povo. A Personagem
era a terceira escrita por João
Emanuel Carneiro para a atriz.
4º. Helena de Viver a Vida (2009)
Em 2009, Taís Araujo quebrou dois tabus do horário nobre global. Foi a
primeira atriz negra a protagonizar uma novela das oito e a primeira Helena
negra do autor Manoel Carlos. A Atriz infelizmente teve que amargurar a perda do protagonismo da novela Viver a Vida para Alinne Moraes, que inicialmente seria sua antagonista, a Luciana.
Depois do acidente que ela sofre, toda a sua determinação em superar o
tetraplegia acabou transformando-a em grande estrela da novela.
Claro que o desempenho da Tais a frente
da Helena foi impecável, na verdade era o perfil da personagem que era muito limitado e isso
acabou fazendo o público criar uma antipatia pela tão bem sucedida e resolvida
personagem. Mesmo com todos os elogios e a melhores críticas dados à Alinne Moraes, os créditos da Taís Araújo também merecem ser
lembrados.
3º. Preta de Da Cor do Pecado (2004)
Com Reynaldo Giannechinni |
A Preta de Da Cor do Pecado, novela do autor João Emanuel Carneiro, foi a primeira protagonista negra de uma
novela global. A Trama que marcava a
estreia do João Emanuel como autor solo,
não se prendeu apenas em levantar bandeiras com o romance inter-racial dos
protagonistas, foi focado mais o lado
humano de cada um. A Taís Araújo sem dúvidas conquistou de vez o posto de grande atriz e estrela da
casa com essa personagem.
2º. Ellen de Cobras e Lagartos (2006)
Dois anos depois, João Emanuel Carneiro presentou Taís Araújo com outra grande personagem: A Vilã Ellen de Cobras e Lagartos.
A Personagem era puro veneno e dividiu de igual para igual as vilanias da trama
com a Leona (Carolina Dieckmann). A Dobradinha com seu então namorado Lázaro Ramos , que viveu o Foguinho , também rendeu bons momentos à
trama.
1º. Penha de Cheias de Charme (2012)
É inegável que a Maria da Penha não
poderia ter sido feita por outra atriz. Impressionante a entrega da Taís Araújo na pele da personagem. A
Fala, os trejeitos, o caminhar tudo era especial e ela soube fazer com
maestria. Uma das estrelas de Cheias de Charme, fenômeno do horário das sete que
marcou a estreia dos autores Felipe
Miguez e Izabel de Oliveira, a
empreguete seduziu o Brasil e os críticos que caíram de elogios à atriz.
Fonte :
Texto
: Evaldiano de Sousa
Pesquisa
: teledramaturgoa.com , memóriaglobo.com
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