Se a
ideia da Globo e da Manuela Dias era prender o
telespectador com uma história que só vai ter continuidade uma semana depois, o
primeiro episódio de Justiça já
conseguiu esse feito.
O
episódio que mostra a história de Elisa (Déborah Bloch), uma professora que não
é capaz de perdoar e se conformar com a morte da filha Isabela (Marina Ruy
Barbosa), assassinada pelo noivo Vicente (Jesuíta Barbosa) depois de flagrada
em uma traição terminou com um gancho espetacular e que surpreendeu o
telespectador.
O
episódio mostrou todo o talento da Débora Bloch que na minissérie vive uma personagem bem diferente das que que já viveu até então na tv. É muito bom ver
uma atriz já consagrada do quilate da Débora fora da sua zona de conforto. A Elisa
é uma personagem complexa e que mesmo em apenas um episódio já passou por
algumas fases. Explorou a sensualidade logo na cena que abre o episódio, a
sofisticação nas cenas que mostram seu cotidiano e convívio com a filha, e todo
o drama da mãe ao flagrar a morte da filha
e a espera depois de sete anos pela liberdade do assassino desta.
Claro
que não posso deixar de falar do Jesuíta
Barbosa, o ator que é um dos grandes nomes da sua geração e está novamente vivendo um personagem complexo
e introspectivo, tipo que ele se
especializou em viver desde Amores Roubados (2014),
O Rebu (2014) e Ligações Perigosas (2015).
No
final do episódio o grande gancho criado pela autora. Quando pensei que a cena terminaria com aquele clássico: O personagem apontando o
revolver para o outro , e nós teríamos que esperar até a próxima segunda-feira
para ver o tiro. A Autora mostra um
grito de pai em cena e Vicente chama uma
criança de filha e de Isabela e lhe abraça, fazendo com que Elisa hesite antes
de atirar.
Mal
posso esperar a próxima segunda-feira,
para ver o que a cena vai causar
na Elisa.
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
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