Começou o processo de salvamento da
trama de A
Lei do Amor,
novela do horário nobre global da
autora Maria Adelaide Amaral. Tal qual
aconteceu com Em Família (2014),
Império (2014), Babilônia (2015) . . . e todas as outras tramas
do horário até Velho Chico (2016).
Focando no romance , Helô (Claudia Abreu) e Pedro (Reynaldo Gianecchinni),
e deixando os vilões da trama bem definidos com Magnòlia (Vera Holtz), Tião (José Mayer) e Ciro
(Thiago Lacerda), a trama tem mais
possibilidades de fluir. Isso sem falar
que esse entrecho do romance entre Mag e Ciro foi uma tirada de mestre da
autora. O Envolvimento dos vilões vai dar mais vida a personagem da Vitória (Camila Morgado) e do próprio Tião,
que não vai perdoar a Mag por esse traição com certeza.
Não sou contra as tramas se adaptarem ao
gosto do público que a consome, mas um
pouquinho de sutileza não seria nada mal. Alguns personagens sofreram mudanças
tão drásticas que praticamente se tornaram outra pessoa de um capítulo para o
outro.
Foi o caso da Jéssica, personagem da Marcela Rica, que da noite para o dia descobriu que o Tiao Bezerra é um crápula, abandona
a prostituição em um passe de mágica, e
ainda volta a ter uma relação amorosa com a mãe e a irmã, que desde o início da trama ficou bem
claro que nunca existiu.
O Dr. Bruno,
do Armando Bababioff , foi outra a sofrer mutações. Mostrado como um
homem seco e invejoso, até se aliou ao Tião em algumas maldades contra o Pedro,
que ele não gostava por ciúmes da mãe Zuza (Ana Rosa), resolveu todas essas
neuras depois de uma noite de amor com a Jéssica, ainda como prostituta. Se
apaixonou, brigou com o Tião , perdoou o
Pedro e se transformou em um bobão romântico.
Isso sem falar na Camila, da Bruna Hamu, que à noite era a fútil e interesseira neta da
Magnólia, acordou como uma jovem responsável com direito a matrícula no
vestibular e tudo.
A Letícia, vivida pela Isabela Santonni, teve seu
perfil mudado antes que o público cobrasse sua morte. Que com certeza seria o
final da personagem que se recupera de um câncer, mas que mesmo assim não
ganhou a empatia do público. Mesmo tendo visto o Pai já ter feito coisas
piores, do nada resolveu tomar as dores da mãe, rompeu com o pai que ela idolatrava
e até ficou mais leve em cena. Neste caso foi uma mudança mais que necessária. Só falta mudar o tom de voz
da Letícia.
A Autora também enxugou o elenco, cortando o núcleo
encabeçado por Otávio Augusto, o que
me preocupou o fato de que junto com o
núcleo a
personagem Luciane, da Grazzi
Massafera, também perdesse espaço. Graças a Deus isso não aconteceu. A
personagem virou o cabelo de lado e continua sendo um dos pilares de A
Lei do Amor.
Falta muito ainda para a trama se tornar digna de
um novelão das nove, mas quem sabe com o desenrolar do aparecimento ou não da
Isabela (Alice Wegmann), muito mais Grazzi
Massafera, e ênfase em atores que ainda estão desperdiçados na trama, como
a Salete da Cláudia Raia, A
Lei do Amor chegue lá.
Fonte:
Texto
: Evaldiano de Sousa
Comentários
Postar um comentário