Aberturas Inesquecíveis – Aritana (1978)

A Diferença social entre o indígena e a sociedade civilizada era o centro da atenções dessa trama da Ivani Ribeiro

        A trama da autora Ivani Ribeiro,  exibida pela Rede Tupi em 1978 e protagonizada por Carlos Alberto Ricelli e Bruna Lombardi,  foi um dos grandes momentos da teledramaturgia da emissora.

        Ivani  foi assessorada pelos irmãos Vilas-Boas, e com a colaboração do Professor Olympio Serra, administrador do Parque Xingu na época. As gravações que só foram possíveis com o apoio da Funai, foram feitas em Posto Leonardo, em plena selva na Localidade do Embu, nos arredores de São Paulo, e nos estúdios da Tv Tupi.

        À Princípio a autora foi mal interpretada por um grupo de pessoas que se sentiam ameaçados com as reinvindicações feitas na trama para os índios. Às críticas levaram a Tupi a apresentar o especial O Caso Aritana, Uma novela à Parte, onde atores do elenco, o diretor artístico da emissora, Carlos Zara, e representantes de órgãos ligados aos direitos dos índios, como os irmãos Villas- Boas, defenderam as intenções da autora.

        Carlos Alberto Ricelli fez uma excelente criação  e ficou impossível não vê-lo como um nativo índio Xingu. Destaque na trama também para Jayme Barcellos na composição do Velho Nhonhô.

        Bruna Lombardi e Carlos Alberto Ricelli se apaixonaram na vida real ao protagonizaram a trama. Casaram-se e até hoje formam uma dos famosos casais da nossa teledramaturgia.

        Aritana foi eleita pela APCA como o melhor tema de novela de 1978.

        A abertura da novela mostrava imagens da trama e de tribos reais num fundo amarelado ao som de “Krahô”  na voz de Marlui Miranda, cantora, compositora e pesquisadora  da cultura indígena brasileira. 

Fonte:

Texto: Evaldiano de Sousa

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