Uma atriz que emprega a classe ao interpretar sem interferir na
essência do personagem – Assim era Ariclê
Perez, uma das nossas grandes atrizes brasileiras.
Com carreira predominantemente no teatro, a atriz já tinha
feito mais de 40 peças antes de estrear na tv em pequenas participações em
produções como Canção para Isabel (1976)
e Como Salvar Meu Casamento (1979) na Rede Tupi; a minissérie Sampa (1989), na Globo e Cortinade Vidro (1989) no SBT.
Foi no ano de 1990, que ao voltar para a Globo ganhou
na trama de Meu Bem Meu Mal , do Cassiano Gabus Mendes, o papel de Rosa
Maria, a mãe do Doca (Cássio Gabus Mendes), uma mulher simplória que tinha que
se fazer por um sofisticada dama da sociedade para enganar Isadora Venturini
(Silvia Pffeifer). Ariclê foi impecável
a frente da personagem mostrando toda sua classe em um papel que primava pela
simplicidade.
No decorrer dos anos foram vários papéis de destaque como a
Gertrudes na minissérie Memorial de Maria Moura (1994); A Celeste Tavares Branco de Decadência (1995);
a irresistível vilã Gilda Campos
Queiroz de Salsa e Merengue (1996); A Elisinha Jordão do remake de Anjo Mau (1997); a
Maria da Gama de Os Maias (2001); Madame Claire de Um
Só Coração (2004) e seu último
trabalho na minissérie JK (2006), onde viveu a Senhora Júlia Kubitschek,
mãe do Presidente Juscelino, uma
interpretação impecável.
Ariclê Perez nos deixou precocemente em 26 de março de
2006, dois dias após o término da
minissérie JK. O Motivo da morte até hoje
nunca foi explicado – Ariclê morreu ao “cair da janela” de seu apartamento onde
vivia sozinha. A imprensa divulgou na época que a atriz passava por uma forte depressão.
Para relembrar essa grande atriz , separei para o post um dos seus , sem dúvidas, melhores momentos
na tv – A Ametista de Felicidade (1991), do Manoel Carlos. Uma mulher simples,
sofredora e realista, que abandonou todos os seus sonhos para cuidar da família,
porém ver a cada dia sua situação piorar
diante do sonhador marido Ataxerxes (Umberto Magnani). Uma mulher orgulhosa e dura
lapidada pelos acontecimentos da vida.
Veja Também:
Novelas Inesquecíveis - Meu Bem Meu Mal (1991)
Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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