Com uma história inconsistente e complexa, que em
momento algum levantou o interesse do público, Carae Coragem, trama das sete da autora Cláudia Souto, terminou
nesta sexta-feira (13.01).
A novela entrou para o “seleto” time das novelas das
sete esquecidas e quase nunca
mais citadas, como foram O Amoré Nosso (1981), Além do Horizonte (2014) e Geração Brasil
(2014).
Cara e Coragem é o segundo trabalho solo da Claudia Souto, que estreou com a trama de Pega-Pega (2017), que também começou como uma novela desinteressante mas,
ela conseguiu driblar os problemas, e do meio para o fim, o público se apegou aos personagens carismáticos
e a historia que não tinha nenhum
mistério – desde o começo sabíamos que eram os ladrões do Carioca Palace e até
torcemos por um final feliz para eles.
Em Cara e Coragem não tivemos o magnetismo de personagens carismáticos , e os mistérios
iniciais, a morte da Clarice (Taís Araújo)
e a fórmula, só ajudaram para complicar ainda mais nossa cabeça. Nem o elenco estrelar - Paolla Oliveira , Tais Araújo duplicada,
Marcelo Serrado e Mariana Santos (que a autora preferiu não repetir a
dobradinha de Pega-Pega), conseguiram
salvar a trama.
No viés do
romance , a trama começou sem casais que imprimissem química em cena, apesar do Moa (Marcelo Serrado) e Pat (Paolla Oliveira), demonstrarem essa futura química, o fato dela iniciar a trama casada com um homem muito carinhoso e apresentar uma
família feliz, acabou minando a eminência do romance com o Moa, o público começou a torcer pela família feliz ao invés do
casal principal.
Mas nem tudo foram
espinhos em Cara e Coragem, a autora tocou em assuntos pertinentes
- Como a sororidade do grupo
laranja liderado pela Andréia Pratini (Maria Eduarda de Carvalho) e ás
ex-mulheres de Armandinho (Rodrigo Fagundes) , que inclusive nos proporcionaram
com uma bela cena neste último capítulo
e também foi muito bem desenvolvida pe.la trama a relação entre Enzo (Pablo Sanábio)
e Hugo (Rafael Theophilo), tocando no tema de amor e aceitação.
Realmente uma pena que uma novela tão bem produzida, com essa abordagem da profissão dos protagonistas inovadora, com cenas de aventuras inesquecíveis, que poderia ter rendido muito, tenha se
perdido logo inicialmente e não tenha
mais se encontrado. Claúdia Souto teria que focar em histórias mais
simples, embora com a temática policial
e investigativa, o público da sete não
está preparado para a densidade de uma história complexa.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
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