Rosane Svartman estreou solo com “Vai na Fé”, a nova novela das sete, e assim como
em Totalmente Demais (2015) e Bom Sucesso (2019),
apresentou uma estreia simples
porém emocionante, sem muitos alardes, apenas
apresentando o panorama da vida cotidiana dos personagens.
Como tipos fáceis, apaixonantes e carismáticos, o público tem
um leque para escolher por quem torcer.
Até a personagem da Carolina Dieckmann, sempre marcada pelas personagens “antipáticas”
e que na trama vive uma séria advogada,
tem seus encantos.
Sheron Menezzes , como a protagonista Sol, por quem eu não acreditava muito vivendo uma personagem simpática e do povão, derrubou logo minhas reservas. Já está totalmente entregue a Sol em uma química total com os personagens que vão lhe cercar a trama inteira - A Grande amiga Bruna (Carla Cristina Cardoso), o bom marido em crise por causa do desemprego, Carlão (Che Morais) e a filha contestadora Jeniffer (Bella Campos). O entrecho da ex-dançarina que abandonou tudo para viver um vida mais simples, pode ser o grande charme da Sol, principalmente quando ela ficar nessa dúvida da volta aos palcos ou a vida cotidiana familiar.
Aliás a Sheron apesar de ter ficado um pouco devendo no canto, deu um show nas cenas de apresentação com o
Lui Lorenzo (José Loreto).
A Autora, já de
início, abordou com muita simplicidade
e propriedade alguns temas importantes
que podem ser emoldurados no
decorrer dos capítulos – O rompimento de estereótipos e situações – Afinal a
mãe de família pode ser também uma sexy dançarina de palcos, por que não? A Estrela da tv deve se despir do glamour pra
mostrar que é uma pessoa normal.
Ótima a inserção da Alexia Máximo (Deborah Secco), que veio
de Salve-se Quem Puder para tocar no assunto da violência doméstica.
A Desigualdade social é outro assunto que a trama promete
explorar – No primeiro capítulo o detalhe da professora que conhece os alunos ricos pelo sobrenome ou a discrepância do caderno da Jeniffer (Bela Campos) x
notebooks. Esse assunto jogado no núcleo jovem ainda é mais
importante, numa fase da vida ou todo
mundo quer parecer mais do que ser.
Vai na Fé é mais uma trama que vai dar ênfase aos atores negros em narrativas principais, algo
que já era para ser normalidade a muito tempo . Composta por mais de 60% de
atores negros a trama é mais um grande passo.
Basta imaginarmos que a Sheron Menezzes
levou 20 anos para ganhar sua primeira protagonista oficial!
Veja Também:
Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
Comentários
Postar um comentário