Passado o capítulo 100 de Travessia e a grande virada prometida, ainda me pergunto cadê a
Travessia de
Brisa nesta trama? Quando anunciada e divulgada em entrevistas on-line dada por
Glória Perez antes da estreia da novela, a autora contava que o título
de Travessia era
uma alusão a viagem de Brisa (Lucy Alves), do Maranhão ao Rio de Janeiro, em
busca do filho e de limpar seu nome, depois de ser acusada de sequestradora, após
seu rosto ser posto num cartaz de procura de uma sequestradora, feito de brincadeira
–
Deep Fake – por Rudá (Guilherme Cabral).
Porém o que vem sendo mostrado até o momento é um emaranhado
de situações que se repetem e não se resolvem,
e a travessia de Brisa , até então, seja apenas uma viagem do Maranhão ao Rio
para brigar pela guarda do filho.
Vimos em outros trabalhos da Glória que ela consegue amarar
com maestria a trama principal com outras
paralelas segurando as situações para
que a novela não se perca ou “termine” antes do seu final – como Barriga de Aluguel (1992)
com todo o drama da Clara (Cláudia
Abreu) e Ana (Cássia Kiss Magro) até o
resolução de quem ficaria com a criança;
a clonagem humana abordada em O Clone (2001),
costurada pela cultura mulçumana e a transição de gênero em A Força do Querer (2017).
Porém
em Travessia a
sensação é que nada acontece. Os entrechos não andam e tal Travessia de Brisa,
nem sinal de aparecer. A própria Globo já abriu mão de tentar salvar a trama,
começou a todo vapor a produção de “Terra e Paixão”,
a substituta escrita pela Walcyr Carrasco, e a encurtou em 2 semanas.
Até alguns personagens que eram interessantes em Travessia foram se
perdendo na história girada em carrossel
– Como a Helô (Giovanna Antonelli) e Stênio (Alexandre Negro), Guida
(Alessandra Negrini), Leonor (Vanessa Giácomo), Tia Cotinha (Ana Lúcia Torre)
entre outros.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
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