20 Anos de um dos clássicos da teledramaturgia do SBT
Em 2003, o SBT deu um
interrompida na temporada de produções de novela em parceria com a Televisa e
apresentou a trama de Canavial de Paixões, adaptado do original de Caridad Bravo
Adams, por Henrique Zambelli e Simoni Boer.
A Novela é
considerada uma boa produção, marcada por um texto melodramaticamente aceitável e um elenco de nomes globais que
deram status, o que
refletiu na audiência que chegou a dar 21 pontos contra 30 da Globo.
Nomes
como Victor Fasano, Claudia Ohana, Oscar Magrini e Débora Duarte, foram
contratados especialmente para a novela – Era uma espécie de chamariz que o SBT
usou. Os quatro, apesar de estarem fora do ar na emissora, eram nomes fortes.
Canavial
de Paixões estrou no mesmo dia da estreia na Globo de Celebridade (2003), do Gilberto Braga. A Trama já estava pronta, poderia ter
ido ao ar até 2 semanas antes, mas o Silvio Santos e a direção do SBT
acharam prudente esperar o término do fenômeno Mulheres Apaixonadas (2003).
Bianca
Castanho foi escolhida como a protagonista da trama depois de alguns
testes. A Atriz que vinha do sucesso de O Beijo do Vampiro (2002), fez um trabalho impecável e se transformou na queridinha do SBT,
protagonizando as 2 outras tramas seguintes do canal Esmeralda (2004) e Cristal (2006).
A trama começa mostrando a economia de São Bento dos
Canaviais, que é baseada no plantio de
cana e na produção de açúcar, principalmente do Grupo Usineiro Giácomo. Esposa
de Amador Giácomo (Victor Fasano), Teresa (Débora Duarte) sempre suportou os
casos extraconjugais do marido. Porém, nunca permitiu que sua família se aproximasse
da família Santos, temendo reacender um amor juvenil que houve entre Amador e a
esposa de Fausto Santos (Jandir Ferrari), Débora (Cláudia Ohana). Porém, Débora
sempre amou seu marido.
Teresa impede que seu filho pequeno Paulo mantenha
amizade com Clara, filha de Débora, com João de Deus , órfão criado pelo padre
da paróquia, e com Mirela, órfã que vive humildemente com a avó curandeira.
Paulo também sofre com a crise conjugal dos pais. A curandeira Remédios lhe dá
um amuleto capaz de reaproximá-los. A tentativa fracassa quando Teresa recusa o
amuleto. Clara fica com a peça, selando o amor entre ela e Paulo.
Com a morte de Débora, sua irmã maquiavélica Raquel
(Helena Fernandes) se casa com o cunhado, Fausto. Ela faz com que a paternidade
de Clara (Bianca Castanho) seja motivo de desconfiança e Fausto passa a
rejeitar a filha. Quinze anos se passam e o casamento de Fausto e Raquel
fracassa. Clara tenta se reaproximar do pai, mas continua sendo rejeitada.
Mesmo com o passar dos anos, ele ainda desconfia do passado de Débora e da
paternidade da filha.
João de Deus (Thierry Figueira) é responsável pelo canavial de Fausto. A
produção de cana é vendida para outra usina, já que o Grupo Giácomo não aceita
fazer negócios com a família Santos. Clara tenta renegociar com Teresa, mas
suas tentativas são em vão. Agenor (Oscar Magrini), braço direito de Teresa, é
responsável pela empresa, que prospera cada vez mais. Inescrupuloso, ele manda
e desmanda de acordo com seu humor e interesse de realizar seus planos.
Agenor (Oscar Magrini) substitui o patrão na usina e no coração de
Teresa, uma mulher angustiada que não consegue esquecer a humilhação que sofreu
no passado. Paulo (Gustavo Haddad) volta
para São Bento dos Canaviais já formado e reencontra Clara. O amor entre os
dois floresce novamente. Teresa fará de tudo para separar o casal, contando com a ajuda de Regina (Bruna
Thedy) , noiva de Paulo. Elas agirão em dupla para afastar Paulo de Clara.
A Abertura de Canavial foi
outro diferencial da trama. Nitidamente também produzida com muito cuidado o
vídeo trazia imagens de um grande e vasto canavial em chamas,
ao fundo closes de parte do elenco principal.
Uma bela
abertura, principalmente se compararmos com a maioria produzida pelo SBT.
O Tema
de abertura “Incêndio no Canavial”, interpretado por Moacyr Franco
e a dupla Sérgio e Júnior virou um dos sucessos nas rádios daquele ano.
Impossível ouvir a refrão “Incêncio no Canaviaaaaaaalll . . . “ e não lembrar a trama.
Canavial
de Paixões surgiu como um suspiro
dentro da teledramaturgia do SBT, parecia que o canal voltaria aos bons
tempos das décadas de 90 (Éramos Seis,
As Pupilas do Senhor Reitor, Sague do Meu Sangue, Razão de Viver entre outras). O elenco foi um acerto, porém o texto, apesar de bem diferente das anteriores, era
excessivamente dramático com
reviravoltas inverossímeis, ainda
ficou devendo muito, somado ao roteiro e direção equivocados deixavam a trama “Demodé”, fora de
moda , principalmente se comparada a
concorrente na Globo, a sofisticada Celebridade, que neste quesito não ficava devendo nada. A emissora estava no caminho certo , uma pena que não foi aprimorado e seguido.
Ficha Técnica :
Novela do autor Caridad
Bravo Adams
Tradução de Texto de Henrique
Zambelli e Simoni Boer
Supervisão de Texto: Ecila
Pedroso
Direção Geral: David
Grinberg
Elenco :
GUSTAVO
HADDAD – Paulo Giácomo
BIANCA CASTANHO – Clara Feberman Santos
THIERRY FIGUEIRA – João de Deus
DÉBORA DUARTE – Teresa Giácomo
JANDIR FERRARI – Fausto Santos
HELENA FERNANDES – Raquel Feberman Santos
OSCAR MAGRINI – Agenor Mello
JONAS MELLO – Padre Antônio
WANDA STEFÂNIA – Remédios
ANA CECÍLIA COSTA – Mirela
BRUNA THEDY – Regina de Almeida
SIDNEY SAMPAIO – Guilherme de Almeida
HÉLIO CÍCERO – Carlos de Almeida
PATRÍCIA NOVAES – Margareth (Marga)
WÁLTER CRUZ – Dr. Alexandre Belay
ANALU GRACI – Hilda Belay
GUSTAVO WABNER – Márcio Belay
DÉBORA GOMEZ – Denise Belay
JOSÉ STEIMBERG – Miguel Castro
PATRÍCIA MAYO – Amália Castro
TERESA ATHAYDE – Maria
FYAMA MONTEIRO – Rosinha
PAULA COHEN – Lourdes
DÉO GARCÊS – Vicente
MARCELO MÉDICI – Oswaldo Dias
VINÍCIUS VOMMARO – Zé Manuel
ROSANA PENNA – Carlota
CAMILO NAMOUR – Luciano
WAGNER MOLINA – Eugênio
ROGÉRIO GARCIA – Abílio
DIONÍSIO CORRÊA – Benjamim
MILTON LEVY – Fábio
RITA MENDONÇA – Soraia
e
BRUNA GUASCO – Mirela (criança)
CLÁUDIA OHANA – Débora Feberman Santos
EWERTON DE CASTRO – Bispo
GIOVANNI DELGADO – Paulo Giácomo (criança)
GIOVANNI FORNER – João de Deus (criança)
RAYANNA VIDAL – Clara Feberman Santos (criança)
SÉRGIO REIS como ele mesmo
VICTOR FASANO – Amador Giácomo
Exibição:
13 de Outubro de 2003 à 23 de Março de 2004
Capítulos:
118
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Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
Pesquisa: www.memoriaglobo.com.br www.wikipedia.com.br
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