“Todas as Flores” termina na tv aberta com uma boa audiência, mas nem por isso podemos deixar de citar seus pontos fracos
Todas as Flores, trama
do autor João Emanuel Carneiro, encerrou seu último capítulo na tv aberta
nesta segunda (20.11), marcada por uma boa audiência, mas nem por isso, não podemos
deixar de citar seus pontos fracos.
A novela foi produzida
exclusivamente para a Globoplay em 2 temporadas - a primeira apresentada entre 17 de outubro a
14 de dezembro de 2022 e a segunda entre 05 de abril à 01 de junho de 2023 e
essa divisão, apesar de não ter ocorrido na tv aberta, deixou o telespectador
com a sensação de que assistiu 2 tramas distintas. Pareceu que
todos os envolvidos com a trama sofreram uma transformação e esqueceram a
essência da primeira temporada. A segunda fase foi repleta de
incoerências, direção equivocada, personagens mal aproveitados, texto pouco
inspirado e situações ridículas.
A Tão esperada vingança da Maíra (Sophie Charlotte), o que seria a grande virada da segunda temporada
não aconteceu. No final ela ainda perdoou a mãe. Sendo que, só se livrou da cadeia, por que a Zoé (Regina
Casé) num lapso de bondade, resolveu confessar todos os seus delitos. Foi sem
dúvidas a protagonista mais apática que tivemos até então, mas tudo por causa
do texto e entrecho equivocados, porque a Sophie mostrou que conseguiria dar muito brilho sim a
personagem.
Alguns
personagens foram tão prejudicados que deu até raiva. A
Mauritânia da Thalita Carauta, grande estrela da primeira fase,
amargou uma história sem nexo, que não combinou em nada com a personagem
“safa”, vivida apresentada anteriormente. Ainda bem que ela já havia escrito o
nome dela na primeira parte, se não teria se afundado total na
segunda.
Outra
que merecia mais destaque, tanto pela sua intérprete, quando pela história, foi
a Patsy da SuzyRêgo.
Ela iniciou o incêndio que vitimou a Guiomar (Ana Beatriz Nogueira),
que deu vasão a vários outros entrechos, e praticamente não apareceu
mais, virou personagem orelha da Mauritânia.
Isso
sem falar nas tramas paralelas, que vergonha daqueles
entrechos da Brenda / Javé (Jhona Burjack e Heloísa Honein); Joca
(Mumuzinho), Oderdan (Douglas Silva) e Jussara (Mary Sheila) , entre
outros, que até agradaram na primeira parte e em nada
contribuíram para o final.
Claro que nem tudo foram espinhos, embora tenha ficado difícil para elas também, alguns personagens conseguiram se manter na linha e
continuaram brilhando, o caso de Regina Casé e Letícia Colin, que nas dobradinhas e brigas entre Zóe e Vanessa
fizeram alguns capítulos valer a pena. Sem dúvidas as melhores personagens das atrizes
até então.
Todas as Flores pode até ter feito bonito na audiência, mas
ainda é preciso repensar essas apresentações de tramas do streaming direto para
tv aberta. Ao contrário até que funciona, basta vermos o sucesso que os resgates
dos clássicos da teledramaturgia vem causando, mas a ida do streaming para a tv
aberta em 2 vezes (Verdades Secretas 2 e Todas as Flores) vimos
que isso ainda precisa muito ser
analisado e repensado.
Veja Também:
Todas as Flores |
Sophie Charlotte |
Leticia Colin |
Humberto Carrão |
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
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