A novela Êta Mundo Melhor!
estreou na segunda-feira, 30 de junho de 2025, na faixa das 18h da Globo, como
sequência — mas com uma história nova — de ÊtaMundo Bom! (2016), com criação de Walcyr Carrasco e Mauro
Wilson, sob direção de Amora Mautner.
Candinho (Sérgio Guizé) voltou com tudo e para nós telespectadores
a nostalgia e ligação com a trama
de 2016 e o grande trunfo
dessa nova versão.
A estreia teve um primeiro capítulo emocionante e bem dirigido; humor equilibrado, que encantou em meio à
tensão e claro a ambientação nostálgica.
A narrativa se passa
cerca de 10 anos após os eventos da versão original, já ambientada no final dos
anos 1940/princípio dos anos 50, desta vez em São Paulo. Candinho (Sergio Guizé) vive agora em uma
mansão com Policarpo, o
burrinho, após
herdar a casa da mãe
Anastácia. Logo no primeiro capítulo, ocorre uma
tragédia: a esposa Filó (Débora Nascimento) morre num incêndio provocado pelo
vilão Ernesto (Eriberto Leão), que também sequestra o filho do
casal, Junior/Samir (Davi Malizia). Esse
evento desencadeia a grande trama da novela: Candinho parte em busca do filho,
enfrentando traições da família (como Celso e Sandra) e a influência de Zulma
(Heloísa Périssé) no orfanato onde a criança pode estar.
Dos personagens
originais, retornam figuras como Dita (Jeniffer Nascimento) alçada a nova
protagonista, Maria (Bianca Bin),
Cunegundes (Elizabeth Savala), entre outros.
Alguns
atores não retornaram (como Marco Nanini, Camila Queiroz,
Débora Nascimento e Klebber Toledo),
o que motivou ajustes no enredo.
Na verdade esses ajustes são o mais preocupantes
na história. Confesso que não gostei de
ver que a Filó, vivida pela Débora
Nascimento, que terminou linda e
feliz com o Candinho em Êta Mundo Bom,
iniciar a nova trama fugindo com o Ernesto
(Eriberto Leão), ou melhor tentando fugir, por que morre em um incêndio
logo no primeiro capítulo. Lembro
que a Filó foi suplantada na trama
original e praticamente só apareceu no
último capítulo, mas não custava nada a Globo
ter convencido a Débora dar um final
mais digno a personagem para começar Êta Mundo
Melhor.
Outro ponto desagradável é a relação de
amor de Celso e Maria, os personagens vividos
pelo Rainer Cadete e Bianca Bin, que roubaram a cena em Êta Mundo Bom, devido a mais um ajuste, por causa da Bianca não ter aceito participar da trama, o Celso
voltou a ter um perfil dúbio, traiu a
Maria e ela acaba sofrendo um acidente
e morre. Foi um balde de água fria nos fãs.
Flávia Alessandra volta na
trama com a Icônica vilã Sandra,
que brilhou na novela original.
Uma pena que mesmo com grande impacto na história, a participação de
Flávia é limitada: até o capítulo 13, um
arco especial só para nos dar um gostinho de quero mais.
No elenco destaque absoluto para Sérgio
Guizé e Elizabeth Savalla,
que já mostraram total sintonia com os personagens de Candinho e Cunegundes. Nem parece que o tempo passou para eles.
Larissa Manoela volta ao horário das seis com a nova protagonista da trama, personagem
que não
existia na original. Estela é uma personagem complexa e cheia de camadas e
que vai acabar se envolvendo com o Celso (Rainer Cadete) e o núcleo do Candinho
(Sérgio Guizé). A personagem ainda
esconde um grande mistério que promete
movimentar a trama.
Outros
personagens novos da trama também prometem muita emoção e diversão como a vilã
cômica Zulma (Heloísa Perissé) e Medeia, vivida pela Beth Gofmann, irmã de Quinzinho (Ary Fontoura)
que, chega ao sítio da família, após ter sido abandonada
pelo marido, para abalar a rotina de Cunegundes (Elizabeth Savala)
com seu humor afiado e presença
confrontadora.
Essa
primeira semana de Êta Mundo Melhor, mostrou
que Walcyr Carrasco e Mauro Wilson
acertaram em combinar drama com humor
sutil e com pitadas de humor pastelão em cenas leves, características das
tramas da seis do Walcyr. Esse acerto
refletiu na audiência, dando para a novela a melhor estreia
do horário da década.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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