Que capítulo perfeitinho! Foi essa a
sensação que tive ao terminar o primeiro capítulo de Éramos Seis, a nova novela das seis,
da autora Ângela Chaves , escrita a
partir da novela do Sílvio de Abreu e
Rubens Ewald Filho baseada no romance homônimo de Maria José Dupré.
A novela já vem com uma grande carga de
nostalgia, principalmente pelos telespectadores que conviveram com os
personagens da última adaptação, de 1994, apresentada pelo SBT, com a Irene Ravache espetacular como Dona
Lola, e considerada a melhor das 4 até então. E em minha singela opinião a
melhor novela apresentada pelo Canal em toda sua história.
GlóriaPires mostrou que tomou a Dona Lola para si, e como a Irene
fez na versão de 1994 e a Nicete Bruno
em 1977, vai carregar a trama nas costas, no melhor sentido dessa expressão.
Contida e com interpretação cirúrgica da dona de casa dos anos 20, a atriz finalmente vai poder mostrar todo o
seu potencial dentro de uma personagem, apagando de vez personagens digamos,
muito abaixo do seu talento, como a
Beatriz de Babilônia (2015) ou a
Beth/Duda de OOutro Lado do Paraíso (2017).
Logo no primeiro capítulo, a
protagonista apresentou as várias vertentes e viés pelos quais sua personagem
vai passar. Sofreu como o marido Júlio, do também impecável Antônio Calloni, com o filho Alfredo
(Pedro Sol Victorino) e com a vizinha amarga, que reclama da conta que Lola tem
no mercado de seu marido... enfim a via cruzes da Lola foi esqueletada para ser desenvolvida no decorrer da trama,
exatamente o grande charme da história.
A Glória a frente da personagem apresentou uma Lola tão próxima do
telespectador que podemos encontrar a personagem dentro da nossa família ou
ciclo de amizades. Uma grande personagem que já vem marcada por grandes
interpretações na história da teledramaturgia, mas que a Glória Pires vai escrever
agora a seu modo.
Citei que a Glória iria carregar a trama
nas costas no bom sentido, por que outros nomes do elenco também prometem
dentro de Éramos
Seis -
Antônio Calloni como Júlio; Simone Spoladore como Clotilde; a dobradinha Maria Eduarda e Eduardo
Sterblitch com o hilário casal Olga e Zeca; Cássio Gabus Mendes, o Afonso e Kelzy Ecard, a falsa e fofoqueira vizinha de Lola, Dona Genu.
O
elenco “mirim” encabeçado por Xande
Valois, foi outro destaque. Muito coerente
e competente nesse primeiro capítulo mostrando o acerto na escalação.
Essa versão vai chamar atenção por seu
apuro técnico e a estética primorosa em tomadas e luz, o que nos leva
imediatamente ao clima nostálgico e bucólico dos anos 20 mesmo em uma cidade
cosmopolita. A Emoção e a nostalgia da época, foi sem dúvidas o grande trunfo
de todas as versões da novela, e essa certamente não será diferente, me vi preso à frente do computador, assisti a estreia pela Globo.Play, e mesmo assim a emoção tomou conta de mim de um maneira que foi impossível dar um pause em qualquer momento.
Emocionante, com produção caprichada, elenco muito bem escalado e
dirigido com maestria (Carlos Araújo e equipe) com a pretensão de conquistar o difícil
público das seis, a novela tem todos os ingredientes para mais uma vez tornar
inesquecível a história da guerreira Dona Lola na teledramaturgia nacional.
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Texto : Evaldiano de
Sousa
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