Um clássico do
horário das seis com atuações brilhantes de Suzana Vieira e Nathália
Timberg
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Uma impecável e detalhista
reconstituição dos anos 20 e um show em cena de Suzana Vieira, a protagonista e Nathália Timberg sua antagonista, foram o ponto forte de A Sucessora,
adaptação do romance homônimo de Carolina Nabuco por Manoel
Carlos.
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Os recém-casados Roberto (Rubens de Falco ) e Marina Steen (Susana Vieira ) enfrentam dificuldades em sua relação por
conta da memória da ex-mulher de Roberto, Alice Steen. Cultuada num retrato,
mesmo depois de morta, Alice exerce um fascínio todo especial em todos com quem
conviveu, principalmente na governanta Juliana (Nathalia Timberg) ,
absolutamente fiel à antiga patroa e apaixonada pelo patrão. Vendo em Marina
uma intrusa, que está ocupando um lugar
que não lhe pertence, Juliana mantém na mansão um clima de mistério e cria
intrigas para separar o casal, chegando a levantar uma suspeita quanto a um
relacionamento de Marina com Lopes (Jorge Cherques), ex-capataz da fazenda onde
a moça vivia.
Mas outras pessoas também torcem pela desunião do casal,
como Adélia (Liza Vieira ), antiga rival de Marina, e Miguel ( Paulo
Figueiredo) , que perdeu o amor da prima. Ainda, Marina, jovem criada com toda
a simplicidade do campo, é obrigada a defrontar-se com um mundo repleto de
etiquetas e francesismos, como mandava a sociedade do Rio de Janeiro, capital do país na década
de 1920.
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Esse clima de mistério que se instaurou na trama cativou
o grande público que fez de A Sucessora um
estrondoso sucesso do horário das seis. A Certa altura , o autor fazia
acreditar que Alice pudesse está viva, e até apareceu uma cena em que Juliana e alguns empregados da casa
carregavam pelos corredores um corpo de mulher e são flagrados
por Marina que encontra um sapato
da mulher pela casa, Juliana explica que
o sapato foi presente de Alice para. Mas no final o mistério é
esclarecido, Alice que realmente havia morrido, na verdade havia tido uma filha com um
romance da adolescencia e ficado grávida, estério depois do nascimento do bebê,
Alice faz com Roberto acredite que ele
não pode ter filhos, o que explica o contrangimento do mesmo quando Marina dar
indícios de que possa está grávida.
O Suspense bem ao estilo de Hitchcock lembrava muito o filme Rebecca, a mulher Inesquecível , filme do autor inspirado no romance Dhaphné Du Maurier , quem supostamente teria plagiado Carolina Nabuco, já que o romance A Sucessora havia sido
escrito quatro anos antes.
Discussões à
parte a adaptação de Manoel Carlos
foi perfeita, e a produção da trama
ainda contou com a ajuda de Carolina Nabuco que na época com 88 anos , narrou alguns fatos importantes
acontecidos na década de 20.
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Os diálogos,
brigas e embates de Marina e Juliana ,
foram o maior destaque da trama. As duas atrizes viveram grandes
momentos na trama. Suzana Vieira que
ainda estava na época em que fazia bons papéis dosados em uma temática dentro
da trama, cita ainda até hoje a Marina Stein como um dos seus papéis
prediletos. Não assisti a trama , na época, mas acompanhando pela internet, dá
um orgulho vê-la na pele da personagem, que começa como uma camponesa simples e
passa por uma via cruzes na trama até se tornar no final da novela a atual
senhora Stein selando a união com um filho.
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Nathália Timberg na pele da Juliana dispensa
comentários. A Governanta que mantém viva a figura de sua falecida patroa foi sem dúvidas seu melhor papel na TV. Era
uma vilã, mas usava sua maldades mexendo no psicológico de Marina, o que a
deixava ainda mais perversa. Inesquecível a cena em que louca Juliana se veste
como Alice Stein e passa agir como a ex-patroa. Deu-me orgulho de ter assistido estas cenas
primorosas.
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Arlete Salles também teve um grande destaque
com sua personagem Germana . Uma mulher
muito a frente do seu tempo ela mantinha um relacionamento com um homem mais
jovem vivido pelo ator Kadu Moliterno
, e inclusive o sustentava.
A abertura delicadíssima mostrava mais
de 20 cartões românticos originais da década de 20 ,em que eram possíveis ver
casais , pais e filhos e belas mulheres transpirando amor.
Tenho saudades
da época em que o horário das seis era reservado a essas grandes adaptações, o
próprio Manoel Carlos já havia adaptado Maria, Maria romance
de Maria Dusá antes A Sucessora também com o mesmo êxito.
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Ficha
Técnica
:
Novela de
Manoel Carlos adaptado do romance de Carolina Nabuco
Direção Geral
: Herval Rossano
Exibição : 09
de outubro de 1978 à 02 de Março de 1979
Capítulos :
126
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Fonte :
Texto :
Evaldiano de Sousa
Pesquisa :
Wikipédia.com , teledramaturgia.com e memóriaglobo.com
Gostaria de assistir.
ResponderExcluirEla foi lançada recentemente em DVD ! #ASucessora
ResponderExcluirEu havia aassistido na televisão.Há pouco comprei os dvds da novela.Excelente.Gostei muito da história e da produção.O curioso é que o filme "Rebeca, mulher inesquecível" foi baseada nesse romance.
ResponderExcluircúmplices de um resgate.
ResponderExcluirultimas semanas poliana moca.