Em 1985, a Globo comemorou seus 20 anos em grande estilo, e
coincidência ou não , é exatamente do ano de 1985 que lembro de ter assistido
minhas primeiras novelas por completo. Tinha 7 anos e morria de medo do
lobisomem de Roque
Santeiro, sonhava ser um das
crianças naquela maravilhosa ilha onde
parte do elenco de A Gata Comeu se
perdeu ou entrar na bolha do Volpone (Ney Matogrosso) de Um Sonho a Mais. Foi exatamente
neste ano que nasceu a minha paixão por essa arte tão mágica chamada
teledramaturgia.
As quatro tramas
apresentadas no ano de 1985 foram sucesso absoluto, tanto de crítica quanto de
audiência. Em fevereiro, Ney Latorraca
brilhou na pele do Volpone e vários outros personagens na trama de Um Sonho a Mais (1985) dos autores Daniel Más e Lauro César Muniz.
Foi nesta trama que o primeiro beijo gay masculino foi ao ar. Era uma
bitoquinha entre os personagens do Antônio
Pedro e Carlos Kroeber, mas foi um escândalo para época.
CHRISTIANE TORLONI, NUNO LEAL MAIA e FÁTIMA FREIREE |
O Maior sucesso do horário
das seis de todos os tempos, a novela A Gata Comeu, remake da Ivani Ribeiro da sua
novela A Barba
Azul, exibida na Tupi nos
anos 70 virou coqueluche. O Romance conturbado de Jô e Fábio, personagens da Christiane Torloni e Nuno Leal Maia, o
hilário casal Gugu e Tetê, do Cláudio
Correia e Castro e Marilu Bueno, assim como as crianças vividas pelos
atores Oberdan Junior, Juliana Martins e
Danton Mello deram o charme da novela e há tornaram um
ícone da teledraturgia.
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Uma cidade que representava
um microcosmo do Brasil satirizava a exploração política e comercial da fé
popular. A Cidade era Asa Branca, da novela Roque Santeiro, que finalmente dez
anos depois, Dias Gomes pode levar ao ar. No elenco destaques para Eloisa
Mafalda, Ary Fontoura, Lídia Brondi, José Wilker entre outros. Mas foi Regina Duarte, que deu vida a
esfuziante Víuva Porcina, a grande estrela da trama. A personagem ficou imortalizada na história da
teledramaturgia graças a perfeita e visceral interpretação da atriz.
Uma guerra de agulhas e tesouras foi o grande sucesso das sete de
1985. Ti Ti Ti , do autor Cassiano
Gabus Mendes consagrou Reginaldo Faria e Luiz Gustavo, que viveram os
costureiros Jacques L´Clair e Victor Valentin.
tony ramos e Fernanda Torrs |
A Segunda versão de Selva de Pedra,
remake da Regina Braga para um dos
maiores sucesso da autora Janete Clair,
foi produzindo em 1986. Tony Ramos,
Fernanda Torres e Christiane Torloni
viveram os papéis correspondentes ao de Francisco Cuoco, Regina Duarte e Dina Sfat
da primeira versão. O Sucesso do remake ficou muito abaixo do original, mas Crhistiane Torloni brilhou na pele da
desiquilibrada Fernanda e Fernanda Torres viveu sua primeira e única
protagonista de novelas até então.
Você sabe o que é Cambalacho?
Foi com essa pergunta que a Globo
lançou a novela homônima do autor Silvio de Abreu, que com dois trambiqueiros
como protagonistas vividos por Fernanda
Montenegro e Gianfrancesco Guarnieri, popularizou a expressão. Cambalacho (1986) também teve como destaque a Tina Peper,
personagem que imitava a Tina Tunner vivida pela Regina Casé.
Dez anos depois do sucesso
de Escrava
Isaura, a Globo produz outra trama abolicionista com Lucélia Santos e Rubens de Falco como protagonistas. Sinhá Moça,
do autor Benedito Ruy Barbosa,
inspirada no romance homônimo de Maria
Dezonne Pacheco Fernandes, foi logo reservada pelos países que compraram Escrava Isaura,
antes da sua estreia no Brasil.
A trama de Roda de Fogo,
escrita por Lauro César Muniz, a partir
sinopse desenvolvida pela Casa de
Criação Janete Clair, criada por Dias
Gomes, mostrou para o Brasil toda a sujeira embaixo de negociatas e crime do colarinho
branco. A Novela girava em torno do capitalismo selvagem e consagrou Tarcísio Meira na pele do vilão, que no
final se redimiu, mas mesmo assim foi sacrificado com a morte.
Gloria Menezes e Marília Pera |
Walther Negrão, mestre do horário das seis, nos brindou com Direito de Amar, um trama charmosa e com um dos
casais românticos mais famoso da década Glória Pires e Lauro Corona. Destaque para o Carlos Vereza , na pele do Senhor de Montserrat, seu melhor
personagem na Tv. Cassiano Gabus Mendes
apresentou outra comédia romântica no horário das sete, Brega e Chique, sua melhor novela,
com show de interpretação da Marília Pêra
e Marco Nanini e direito a exibição diária do bumbum mais famoso da teledramaturgia. O
Modelo Vinícius Manne aparecia pelado de costas todas as noites na abertura da
novela.
Silvio de Abreu com Sassassicando
(1987) , se consagra de vez no horário das
sete, com mais uma trama divertida. Destaque para as três caçadoras de
milionários vividas pelas atrizes Tônia
Carrero, Irene Ravache e Eva Wilma. Mas a novela sem dúvidas foi da Claudia Raia, inesquecível com a
“divididinha” Tancinha.
Carla Marins , THais de Campos e Miryam Ryos em BAMBOLÊ |
Outros títulos de sucesso
do ano : O Outro (1987), do autor Aguinaldo
Silva, com destaque para Malu Mader como a inesquecível hippie
Glorinha da Abolição; Bambolê , do Daniel Más, trouxe toda a aura do Rio
de Janeiro no final dos anos 50 e a tragédia Édigo Rei, do Sófocles foi o tema principal de Mandala (1987),
novela do autor Dias Gomes, que
transformou Vera Fischer em deusa e Nuno Leal Maia em grande astro do
horário nobre.
Malu Mader viveu sua primeira protagonista na novela Fera Radical,
outro clássico dos anos 80 do autor Walther
Negrão, que também ficou marcada como a última novela da atriz Yara Amaral, inesquecível como a vilã
Joana Flores.
Beatriz Segall, Reginaldo Faria, Glória Pires e Carlos Alberto Ricelli em VALE TUDO |
Mas o ano de 1988 foi de Vale Tudo,
do Gilberto Braga. A trama conduzida
pela corrupção e falta de ética tomou o Brasil de assalto e nos fez repensar valores.
Raquel, Maria de Fátima, Heleninha e Odete Roitmann , personagens
vividas por Regina Duarte, Glória Pires,
Renata Sorrah e Beatriz Segall viraram ícones e lenda na história da tv. O
Assassinato da vilã Odete Roitmann, é até hoje o mais famosos “Quem matou” da
teledramaturgia. A novela é tão atemporal (infelizmente!) que quando reprisada
no Canal Viva em 2010 virou
fenômeno. O Autor ensaiou uma relação homossexual feminina com as personagens
Cecília (Lala Deheinzelin) e Laís (Crhistina Prochaska) que infelizmente
tiveram que ser “apagadas” da trama. Mas finalizou Vale Tudo com uma banana para o
Brasil!
Gloria Pires e Regina Duarte em VALE TUDO |
Carlos Lombardi mostrava um texto irreverente , bem humorado e anárquico em seu segundo trabalho solo, a trama de Bebê a Bordo,
onde ele começava a consagrar seu estilo. Dina
Sfat viveu seu último personagem na trama.
O Ano de 1989 foi outro
recheado de grandes sucessos. A Globo
terminava a década de 80 com sucesso como Pacto de Sangue, da Regina Braga; Top Model do Antõnio Calmon e O Sexo dos Anjos, da Ivani Ribeiro.
Lima Duarte e Maitê Proença em O SALVADOR DA PÁTRIA |
As eleições diretas para
Presidente estavam de volta, e O Salvador da Pátria (1989), a melhor novela do
autor Lauro César Muniz, apresentou
para o Brasil a figura simples do boia-fria Sassa Mutema, um clássico no currículo
do Lima Duarte, que muitos acusaram
de ser uma alusão ao então candidato a Presidente, Luis Inácio Lula da Silva. A novela foi um marco na carreira dos
atores Luiz Gustavo, Maitê Proença e Lúcia Veríssimo.
Uma paródia do Brasil no
fictício mundo de Avilan transformou Que Rei Sou Eu, em um dos grandes sucessos do
autor Cassiano Gabus Mendes. O
estilo “capa e espada” da Glória Magadan
voltava na novela, porém com muita
brasilidade com personagens imortalizados por interpretações inesquecíveis como
Tereza Rachel, Stênia, Giulia Gam
entre outros.
Betty Faria mal saiu de O Salvador de Pátria, e foi escolhida para viver a protagonista de Tieta,
adaptação do romance Tieta do Agreste, do Jorge Amado, feito por Aguinaldo
Silva. A novela virou clássica e
consagrou Betty Faria como a sensual
musa da Agreste baiano, além de outros personagens que nunca sairão da nossa memória
: A Perpétua da Joana Fomm, a
Carmosina da Arlete Salles; a Tonha
da Yoná Magalhães, O Coronel Artur
da Tapitanga, do Ary Fontoura e
tantos outros.
Gloria Menezs, Tony Ramos e Regina Duarte em Rainha da Sucata |
Para iniciar os anos 90, a Globo encomendou ao Silvio de Abreu uma trama das oito como
cara de horário das sete. O Autor apresentou em menos de um mês a sinopse de Rainha da Sucata (1990) que
mostrava a oposição entre os novos ricos e a elite paulista decadente usando
como símbolos as personagens Maria do Carmo Pereira e Laurinha Albuquerque
Figueroa, imortalizadas pelas interpretações exageradas cada uma a seu modo, de
Regina Duarte e Glória Menezes.
Inesquecível a cena do suicídio da Laurinha na reta final da trama, quando ela
se joga do auto do prédio da sucata em plena Avenida Paulista.
Cássia Kiss, Claudia Abreu e Victor Fassano na novela BARRIGA DE ALUGUEL |
Foi em 1990, na trama de Barriga de Aluguel que a autora Glória
Perez pode finalmente mostrar todo o seu talento como novelista. A novela
que trazia no horário das seis a discussão sobre os limites éticos da
inseminação artificial e das mães de aluguel, consagrou Cláudia Abreu e Cássia Kiss Magro como grandes estrelas da Globo.
Outros títulos
de sucesso do ano : Gente Fina, do autor Luis Carlos Fusco; Mico Preto , do Marcílio Moraes; Lua Cheia de Amor, dos autores Ana Maria Moretzsohn, Ricardo Linhares e Maria Carmen Barbosa;
Araponga,
novela do Dias Gomes e Lauro César Muniz, tentativa da Globo em reativar o horário das dez
horas para derrubar a audiência da
novela Pantanal,
apresentada na Rede Manchete e Meu Bem Meu Mal, segunda trama do autor
Cassiano Gabus Mendes em horário
nobre.
Malu Mader e Antônio Fagundes |
Gilberto Braga estava de volta ao horário nobre com O Dono do Mundo,
novamente falando sobre a falta de ética e valores, tal qual em Vale Tudo (1988). Através de uma proposta indecorosa Felipe
Barreto, personagem do Antônio Fagundes,
se transformava no maior cafajeste da história das novelas. O público rejeitou
incialmente O
Dono do Mundo, não gostavam
da mocinha Marcia vivida pela Malu Mader, mas torciam pela prostituta
Thais, da Leticia Sabatella.
Impossível entender não? Atualmente em Babilônia, o autor teve que apagar uma prostituta
da novela pelo público não aprovar a situação.
Fábio Assumção e Claudia Ohana |
Vampiros, vampiros e mais
vampiros foram astros da novela das sete daquele ano , graças ao Antônio Calmon na trama de Vamp (1991), um clássico trash dos anos 80 e que consagrou
Cláudia Ohana com a estrela Natasha
e Ney Latorraca na pelo do hilário vilão Cond Vlad.
Maitê Proença viveu a segunda Helena do autor Manoel Carlos, na trama da novela Felicidade (1991)
e encantou o Brasil em parceria com a doce Tatiane
Goulart, que vivia sua filha na trama. A Novela nos apresentou Viviane Pasmanter, que deu um show como a vilã Déborah.
Patrícia Pillar, vinha do sucesso de sua personagem de Rainha da Sucata (1990), e
apareceu linda e loura como a protagonista de Salomé (1991),
novela do autor Sérgio Marques,
baseado no romance homônimo de Menotti Del Picchia.
Em 1992, Aguinaldo Silva voltava ao horário
nobre com Pedra
Sobre Pedra, nos brindando com o mais puro realismo fantástico entre
a rivalidade das famílias Batista e Pontes, que ia desde o personagem que era
sugado pela lua cheia até a flor de Jorge Tadeu (Fábio Jr) que seduzia e amava
as mulheres mesmo depois de morto.
Perigosas Peruas foi outra
trama de aventura e muita ação com humor característico do Lombardi e que marcou o ano. Walther Negrão escreveu Despedida de
Solteiro, uma novela que não tinha muita pretensão, mas que com uma
trama simples e bem delineada acabou virando uma das novelas mais vistas do
horário das seis e o Silvio de Abreu
de volta ao horário das sete depois do sucesso de Rainha da Sucata em horário nobre, nos apresentou uma Maria
Escandalosa na pele da Cláudia Raia
e ressuscitou a Dona Armênia da Aracy Balabanian em Deus nos Acuda (1992).
Mas a novela que
mais ficaria marcada no ano de 1992, não por sua sinopse mas sim pela tragédia
ocorrida fora da trama, foi De Corpo e Alma da Glória Perez , que tinha como tema principal o transplante de
coração. Mas a novela ganhou as
manchetes depois que Guilherme de Pádua
em 28 de dezembro , matou covardemente a atriz Daniela Perez, filha da autora e sua colega de elenco na novela.
O Remake de maior sucesso
até então foi ao ar em 1993, quando Ivani
Ribeiro resolveu recontar a história das gêmeas mais famosas da teledramaturgia
nacional, Ruth e Raquel em Mulheres de Areia. Esta nova versão chegou a dar
ótimos índices de audiência ultrapassando inclusive os números das tramas das
sete das oito da época. A novela consagrou Glória
Pires, que viveu as gêmeas em um trabalho impecável e Marcos Frota com a interpretação sensível do Tonho da Lua.
Adriana Esteves e Antônio Fagundes em RENASCER |
Outro
marco da teledramaturgia na Globo
foi a novela Renascer (1993) , do autor Benedito Ruy Barbosa, que ganhou o horário nobre depois do seu
grande sucesso com Pantanal (1990) na Rede Manchete. A primeira fase da novela confirmou como
astros os atores Leonardo Vieira e Patrícia França, que como prêmio ganharam os
protagonistas da novela Sonho Meu, trama das seis do autor Marcílio Moraes,
no ar naquele mesmo ano. Já a segunda fase foi recheada de grandes interpretações
e personagens inesquecíveis como o José Inocêncio do Antônio Fagundes; João Pedro do Marcos Palmeira; Deocleciano do Roberto Bomfim, Damião do Jackson
Antunes e tantos outros. Foi nessa novela que Adriana Esteves chegou a ser bombardeada de críticas ao viver a
protagonista Mariana. A Atriz já havia sido protagonista de Pedra sobre Pedra (1992), mas em Renascer teve mais
destaque. Eu confesso que nunca achei defeito na personagem, mas a própria
atriz confessou anos depois em entrevistas que chegou a ter até depressão.
O Mundo ficcional de Lima Barreto foi a livre inspiração do autor Aguinaldo Silva para a novela Fera Ferida (1993), mas um sucesso regionalista e com realismo fantástico do autor, com direito a ossos transformados em ouro. Destaque para interpretações brilhantes de Susana Vieira (Rubra Rosa), Cássia Kiss Magro (Ilka Tibiriça), Lima Duarte (Major Bentes) entre outros.
Cássia Kiss em FERA FERIDA |
O Mundo ficcional de Lima Barreto foi a livre inspiração do autor Aguinaldo Silva para a novela Fera Ferida (1993), mas um sucesso regionalista e com realismo fantástico do autor, com direito a ossos transformados em ouro. Destaque para interpretações brilhantes de Susana Vieira (Rubra Rosa), Cássia Kiss Magro (Ilka Tibiriça), Lima Duarte (Major Bentes) entre outros.
O ano de 1993 marcou a
despedida de Cassiano Gabus Mendes
que já muito debilitado escreveu O Mapa da Mina, que infelizmente ficou muito
abaixo dos clássicos do horário das sete que ele nos presenteou.
Antonio Fagundes e Christiane Torloni em AVIAGEM |
Pegando carona no sucesso de
Mulheres de
Areia no ano anterior, a Globo novamente produziu para o horário
das sete um remake de Ivani Ribeiro,
a novela A
Viagem, outro grande sucesso do horário protagonizado por Christiane Torloni, Antônio Fagundes e
Guilherme Fontes.
Walther Negrão usou as belas
locações do meu estado natal, o Ceará, para contar a história de amor de Açucena e
Vitor, Carolina Dieckmann e Selton Mello
e o triangulo amoroso maduro formado por Ramiro, Letícia e Serena, personagens
dos atores Herson Capri, Silvia Pfeiffer
e a saudosa Maria Regina Dourado, na
novela Tropicaliente (1994).
Gilberto Braga fechava a trilogia sobre corrupção e falta de ética
com Pátria Minha,
onde o autor perguntou: Vale a pena mesmo ser honesto no Brasil? O Rio de
Janeiro foi cidade locação da novela e apesar dos percalços iniciais, com saída
e afastamento de alguns atores a novela alcançou o sucesso com grandes cenas e momentos memoráveis.
Inesquecível a cena em que Tereza (Eva Wilma) se despede do filho Gustavo (Kadu
Moliterno) no leito de morte.
E a terceira década da Globo fecha com o maior sucesso do
autor Carlos Lombardi, a trama de Quatro por Quatro no horário das sete. Quatro mulheres se armavam até
os dentes para se vingar dos seus respectivos maridos, namorados e amantes. O texto descontraído somado ao elenco afiadíssimo
transformaram a novela em um clássico do humor anárquico no currículo do autor.
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
Pesquisa: memóriaglobo.com
Otimo Muinto Bom Mesmo
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