Em 1969 a Globo pôs no ar aquela que seria sua
última novela no estilo dramalhão,
adaptando o sucesso radiofônico Rosa Malena,
a
autora Janete Clair transpôs os acontecimentos da trama para a Espanha dos
tempos Napoleônicos, por sugestão de Glória Magadan que ainda era a supervisora de novelas da casa e
deu a ideia , um luxo em exageros dramaturgos.
Rosa Rebelde
estreou há exatos 47 anos, em 15 de janeiro de 1969, e trazia de volta
juntos em cena Glória Menezes e Tarcísio
Meira, que haviam sido separados nas novelas Passo dos Ventos e A Gata de Vison em
1968.
A telenovela possui duas fases. A primeira no século XIX, Rosa Malena (Glória Menezes) liderava
um grupo de espanhóis que lutavam contra a ocupação francesa. A rebelde
conseguiu se infiltrar na corte e acabou se apaixonando pelo capitão do
exército de Napoleão Bonaparte, Sandro de Aragão (Tarcísio Meira), encarregado
de conquistar a Espanha. A segunda, situada vinte anos após a conclusão da
primeira, dava continuidade a história do casal, além de mostrar a juventude de
seus filhos, que também formavam um par romântico.
A novela já estava quase
toda terminada faltando apenas o último
capítulo, quando os estúdios da Globo
em São Paulo pegaram fogo e algumas produções tiveram que ser transferidas para
os estúdios do Rio de Janeiro, inviabilizando as gravações da produção que
substituiria Rosa
Rebelde. A solução encontrada foi “espichar” a trama. Assim Janete Clair deu um salto de 20 anos na novela recomeçando uma nova
fase. Vale lembrar que a autora já havia
usada esse recurso quando assumiu a
novela Anastácia,
a Mulher sem destino, do autor Emiliano
Queiroz.
Tarcísio Meira e Glória Menezes passaram a interpretar dois
personagens cada um: O Casal Sandro e
Rosa Malena, o filho do casal Fernando,
e a sobrinha de Rosa, Simone. Que
formaram o casal romântico principal da segunda fase.
Glória Menezes teve que aprender a usar castanholas para viver Rosa Malena. Na segunda fase da
novela a atriz apareceu travestida de um menino pobre.
Rosa Rebelde
sofreu na audiência tendo como
concorrente a novela Beto Rockfeller, do Bráulio Pedroso, na Rede
Tupi, e isso foi a gota d´agua para
que a Globo tomasse a decisão para
extinguir esse estilo capa espada regado
à muito dramalhão, tão distante
da atualidade brasileira de suas novelas. A alta cúpula da emissora foi
drástica, demitiu Glória Magadan, reestruturou e renovou todas as
próximas novelas a estrear. Saiu A Cabana do Pai Tomás no horário das sete e entrou
Pigmalião
70; no horário das oito saiu Rosa Rebelde e
entrou Véu de
Noiva e às dez saiu A Ponte dos
Suspiros e entrou Verão Vermelho.
As três com sucesso absoluto.
A trama que acabou se
transformando num divisor de águas da
teledramaturgia da Globo, mostrando que a emissora precisa se renovar
para então se transformar na maior do
país, mesmo tendo sido um fracasso, é muito lembrada por este motivo.
Representou a briga do capa-espada dramalhão global com as novidades , atualidades e linguagem coloquial
apresentada com maestria em Beto Rockfeller.
Ficha
Técnica:
Novela da Autora Janete Clair
Direção Geral – Daniel Filho
Elenco:
GLÓRIA MENEZES – Rosa Malena / Simone Grandet
TARCÍSIO MEIRA – Capitão Sandro de Aragão / Fernando de Aragão
JOSÉ AUGUSTO BRANCO – Felipe Grandet
MOACYR DERIQUÉM – Napoleão Bonaparte
MYRIAN PÉRSIA – Maria Consuelo
MÁRIO LAGO – Barão de San Juan de la Cruz
MIRIAN PIRES – Inez de la Cruz
ARY FONTOURA – Conde
RIBEIRO FORTES – El Sordoa
GRACINDA FREIRE – Rafaela
SUZANA FAINI
DJENANE MACHADO – Conchita
ROBERTO ARGOLLO – Pablito
GLAUCE ROCHA
CLÁUDIO CAVALCANTI
ÊNIO SANTOS – José de Aragão
ANA ARIEL
BETTY FARIA
CARLOS EDUARDO DOLABELLA
GILBERTO MARTINHO
LURDINHA BITTENCOURT – Marta
MARIA POMPEU – Soledad Navarro
MIGUEL CARRANO – Manolo
PAULO ARAÚJO – Piérre Duprat
ROGÉRIO FRÓES
SÔNIA FERREIRA – La Zíngara
SUZANA DE MORAES – Lola
FERNANDO JOSÉ – Camilo
TARCÍSIO MEIRA – Capitão Sandro de Aragão / Fernando de Aragão
JOSÉ AUGUSTO BRANCO – Felipe Grandet
MOACYR DERIQUÉM – Napoleão Bonaparte
MYRIAN PÉRSIA – Maria Consuelo
MÁRIO LAGO – Barão de San Juan de la Cruz
MIRIAN PIRES – Inez de la Cruz
ARY FONTOURA – Conde
RIBEIRO FORTES – El Sordoa
GRACINDA FREIRE – Rafaela
SUZANA FAINI
DJENANE MACHADO – Conchita
ROBERTO ARGOLLO – Pablito
GLAUCE ROCHA
CLÁUDIO CAVALCANTI
ÊNIO SANTOS – José de Aragão
ANA ARIEL
BETTY FARIA
CARLOS EDUARDO DOLABELLA
GILBERTO MARTINHO
LURDINHA BITTENCOURT – Marta
MARIA POMPEU – Soledad Navarro
MIGUEL CARRANO – Manolo
PAULO ARAÚJO – Piérre Duprat
ROGÉRIO FRÓES
SÔNIA FERREIRA – La Zíngara
SUZANA DE MORAES – Lola
FERNANDO JOSÉ – Camilo
Exibição: 15
de Janeiro à 13 de Outubro de 1969
Capítulos: 212
Fonte :
Texto
: Evaldiano de Sousa
Pesquisa
: teledramaturgia.com , memoriaglobo.com
REMAKE JÁ.
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