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Aberturas das novelas do Sílvio de Abreu


        No post de hoje vou relembrar as aberturas das novelas do autor Silvio de Abreu , que atualmente assumiu o fórum de novelas da Tv Globo ,   é o responsável pelo Departamento de Teledramaturgia da emissora, e já nos proporcionou viajar com as melhores tramas de novelas desde a década de 70.
        As aberturas das suas novelas sempre  estiveram à frente do tempo, lançando moda  e  marcadas pela beleza e pelo colorido.
        Preparem-se, pois essa viagem promete ...
Pecado Rasgado (1978)

Pecado Rasgado marcou a estreia do Silvio de Abreu como autor na Globo. Ele vinha do sucesso da adaptação de Éramos Seis com Rubens Ewald Filho na Tupi que alcançou um relevante sucesso. Vale destacar da trama sua bela e criativa abertura. No vídeo, em uma animação, Adão, Eva e a  “serpente do paraíso”  correm atrás de uma maça, a marca registrada da trama no seu logotipo.  “Não existe Pecado ao sul do Equador”  foi o tema de abertura na voz do Ney Matogrosso. Em 1997, o SBT usou esta mesma música,  com um novo arranjo,  para a abertura da novela Dona Anja (Aquela que tinha Lucélia Santos como estrela). Desta vez uma frase da música alterada a pedido da censura em 1978 pode finalmente ser gravada: “Vamos fazer um pecado safado debaixo do meu cobertor”.


Guerra dos Sexos (1983)

        Em 1983, um fenômeno entrou no ar no horário das sete global, a novela Guerra dos Sexos, que arrebatou o Brasil.    A Novela recebeu vários prêmios, em destaque do APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) : Melhor Novela, Melhor Texto do ano (Sílvio de Abreu); melhor direção (Jorge Fernando e Guel Arraes); Melhores Atores (Paulo Autran e Mário Gomes); Melhores Atrizes (Fernanda Montenegro e Yara Amaral) e revelação masculina na TV (José Mayer). A Abertura da trama foi outro ponto forte da novela. Ao som de “Guerra dos Sexos”  da Banda The Fevers,  homens e mulheres se enfrentavam em várias modalidades  de esportes. Vale  muito a pena rever essa abertura, principalmente neste ano  olímpico.


Cambalacho (1986)


        “... e a gente vai levando meu amor, cambalacho”
        Esse era o refrão do tema de abertura da novela Cambalacho, um dos grandes sucessos do autor Silvio de Abreu. No vídeo de abertura  ao som da música homônima à trama na voz do cantor Walter Queiroz, era mostrada várias cenas onde o foco eram objetos circulares fazendo alusão ao logotipo da novela.

Sassaricando (1987)

        . Vários casais fazendo de tudo embaixo de lençóis!! Alguém se lembra dessa cena ? Esta cena  nos acompanhou por 8 meses durante a apresentação da inesquecível novela Sassaricando. A Trama é um dos maiores sucessos do horário das sete e sua abertura ganhou como tema a música homônima, inclusive com a licença poética. É que na verdade Sassaricando se escreve com “Ç” ao invés dos dois “SS”. Rita Lee e Roberto de Carvalho ficaram encarregados da regravação do hit.

Rainha da Sucata (1990)



Em 1990, a lambada invadiu o Brasil e se tornou o hit tocado nos quatro cantos do país. Sem sombra de dúvidas a grande responsável por essa divulgação foi a música “Me Chama que Eu Vou” cantada pelo Sidney Magal que foi  tema de abertura da novela Rainha da Sucata. A Novela foi sucesso absoluto com show de interpretação de Regina Duarte e Gloria Menezes, e destaque para Aracy Balabanian com a inesquecível Dona Armênia. A abertura da trama pegou carona no hit e mostrou uma boneca feita de sucata dançando lambada com dançarinos como uma estrela. Considerada muito criativa  foi desenvolvida por Hans Donner em parceria com Nilton Nunes. O Vídeo foi a junção perfeita de uma  boa música, um ótimo ritmo  e a uma criatividade inconfundível como a do Hans.

Deus nos Acuda (1992)




        Uma sátira e ao mesmo tempo uma denúncia da corrupção no Brasil. Era essa mensagem que trazia  a abertura da novela Deus nos Acuda.        No vídeo da abertura uma festa da alta sociedade era invadida por uma lama. Sem que os convidados percebessem era afogados  por ela e que vista do alto via-se o mapa do Brasil  escorrendo pelo ralo e o título da trama saindo  dele, como se todos gritassem : “Nos Acuda” !


A Próxima Vítima (1995)




           A Próxima Vítima  não se limitou apenas em lançar o suspense sobre a identidade do  assassino, mas o público tinha que descobrir também quem seria a próxima vítima. Ao som de Rita Lee com a  música “Vítima”  a mira de um revolver procurava suas vítimas pelas ruas de São Paulo e ao encontra-las a pessoa marcada tinha o rosto transformado  no rosto do elenco da trama
       
Torre de Babel (1998)



Primeira versão da abertura 


Segunda versão da abertura 


        Torre de Babel foi uma das  tramas mais complicada  do horário nobre, acho que a primeira que sofreu grande rejeição do público, e essa rejeição acabou fazendo o autor mudar drasticamente  os rumos da novela. A História forte, centrada em  uso de drogas e violência  que assustou esse público acabou sendo atenuada e alguns personagens morreram na explosão do shopping que estava programada na sinopse original.  A Abertura da novela mostrava imagens da torre de babel bíblica se transformando no Shopping Tropical Towers. Inicialmente a abertura tinha um tema instrumental sombrio, mas com as modificações na trama, a abertura também ganhou um novo tema, a música “Pra Você” na voz  da Gal Costa .


As Filhas da Mãe (2001)




        O Reencontro de uma família separada no passado e a disputa pela herança dessa família era o mote principal da novela As Filhas da Mãe, que mesclava entre a  farsa e a  chanchada para contar essa história.  A Abertura da trama ao som de “Alô, Alô Brasil” na voz do Eduardo Dusek, tinha bonecos de marionetes manipulados pela companhia teatral O Navegante, em um palco construído  com cinco pontos turísticos do Brasil especialmente para as gravações.   

Passione (2010)



        Passione foi o último grande sucesso do Sílvio de Abreu no horário nobre.  A trama que tinha São Paulo e o interior da Itália como cenário e locações mostrava o reencontro de mãe e filho, dado como morto há anos. No elenco destaques para Tony Ramos (Totó), Fernanda Montenegro (Bete Gouveia), Mariana Ximenes (Clara) e Irene Ravache (Clô). A Abertura da novela foi assinada pelo artista plástico Vik Muniz. Foram usadas quatro toneladas de sucata para compor três instalações baseadas em fotos feitas especialmente para o trabalho. Ao som de “Aquilo que Dá no Coração”, do Lenine, a câmera sobrevoa diversos objetos até mostrar as imagens formadas a partir de todo o lixo acumulado.
Fonte :
Texto : Evaldiano de Sousa
Pesquisa : memóriaglobo.com
Vídeos : You Tube 

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