Símbolo Sexual, ícone brasileiro, grande
atriz e uma das brasileiras mais bem sucedidas no cinema americano. Claro que
eu estou falando do furacão em forma de arte chamado Sônia Braga.
Sônia
Braga estreou nas artes aos 14 anos, quando convidada por Vicente Sesso para fazer teleteatros e
programas infanto-juvenis dentro do Programa
Jardim Encantado. No teatro aos 17 anos teve destaque nas peças “O Marido
Confundido – George Dandin” e
“Hair”
onde escandalizou o Brasil aparecendo completamente nua em cena.
No cinema participou do filme O Bandido da Luz Vermelho no
início da década de 70, além de outras
participações menores em outras produções.
Na tv, Sonia Braga estrearia na novela A Menina do Veleiro Azul (1969), da
autora Ivani Ribeiro, na Tv Excelsior. Porém a emissora fechou
antes da novela estrear e Sônia Braga só estreou então em Irmãos Coragem (1970) na Globo.
A Beleza e sensualidade da atriz ganhou
novas conotações depois de estrelar a novela Gabriela (1975) e o filme Dona Flor e Seus Dois Maridos (1977), ambos baseados na obra de Jorge Amado. Ela se transformou em
símbolo sexual estampando as capas das revistas mais importantes do país com
direito até duas Playboy´s.
Porém o reconhecimento internacional
veio depois que Sônia estrelou o filme O Beijo da Mulher Aranha. Ao lado de William Hurt, o outro protagonista do
filme, Sonia Braga viu as portas do
cenário internacional se abrirem, e é a
única brasileira até hoje a apresentar uma das categorias do Oscar, na edição de 1987, ao lado do
ator Michael Douglas.
A Carreira internacional cresceu ao
longo dos anos e isso até me deixou triste, afinal nos perdemos a Sônia Braga para os gringos.
Evidentemente que é um orgulho para o
Brasil ter uma atriz do seu quilate com
tamanho reconhecimento internacional.
Caetano
Veloso, que já namorou a musa, compôs duas músicas especialmente para ela : “Tigresa”
e “Trem das Cores”.
Atualmente Sônia esta de volta ao Brasil
e mora em um apartamento na Cinelândia.
Sônia
Braga que foi presença constante nas novelas na década de 70 deixou um
buraco na teledramaturgia quando resolveu abandonar o Brasil para se dedicar a
carreira internacional.
O Post de hoje é pura emoção ao
relembrar os grandes momentos desse mito e patrimônio nacional e internacional
nas novelas do Brasil.
Brisa de Fogo sobre Terra (1974)
com MARCOS PAULO |
Brisa foi a primeira personagem da Sônia Braga, antes de Gabriela (1975), com um certo
destaque. Aliás, com certeza foi essa personagem que ela fez com segurança que
lhe credenciou para viver a musa de Jorge
Amado. Na trama de Fogo sobre Terra, da autora Janete Clair, Brisa
era a irmã responsável da desajustada Chica, a protagonista vivida pela saudosa
Dina Sfat. As duas brincavam de se comunicar entre si através da “língua do P”. A Brincadeira virou
mania em todo o Brasil durante toda a
exibição da novela.
Gabriela de Gabriela (1975)
Acho que sempre que alguém adaptada um
romance do Jorge Amado para a tv uma das missões mais difíceis sem dúvidas é
a escolha da mulher que quase sempre é a
principal estrelas das obras do autor. Em Gabriela, novela adaptada por Walther George Durst do romance Gabriela, Cravo e Canela, essa
missão ficou a cargo do diretor Daniel
Filho, que já contou em entrevista que
sua primeira opção era a cantora Gal Costa. Depois da recusa da cantora
vários testes foram feitos, Sônia Braga
que já tinha feito algumas novelas na casa foi a grande escolhida para
imortalizar Gabriela. Sônia
Braga foi destaque absoluto na trama e virou sinônimo de beleza e
sensualidade, sendo catapultada a grande estrela nacional. Impossível imaginar
outra atriz vivendo a Gabriela. Em 1983, a atriz voltou a
viver a personagem, desta vez no cinema no filme do Bruno Barreto, tendo Marcelo
Mastroianni na pele do turco Nacib.
Marcina de Saramandaia (1976)
Em 1976, Sônia Braga voltou às novelas dando vida a esfuziante Marcina de Saramandaia,
do autor Dias Gomes. Na trama sua
personagem literalmente quase pegava fogo cada vez que se excitava e era rejeitada
pelo noivo João Gibão, personagem do Juca
de Oliveira.
Cintia Levi de
Espelho Mágico (1977)
com Tarcisio Meira |
Cintia Levi é o nome artístico de Maria
Jacinta, a personagem aspirante a atriz que a Sônia Braga viveu na trama de Espelho Mágico, do autor Lauro César Muniz. Luta
para ter sucesso na carreira de atriz, utilizando todos os recursos para se
projetar. No início trabalha no teatro de revista. Mas, depois de muita
insistência, consegue fazer teste para o elenco da novela Coquetel de Amor, novela
que se passava dentro de Espelho Mágico, na qual interpreta Camila. Ao
longo da trama envolve-se com Diogo (Tarcísio Meira) e é apontada como o pivô da separação dele
e Leila (Glória Menezes).
Julia Matos de
Dancin Day´s (1978)
Outra Personagem que foi sucesso
arrebatador vivido pela Sônia foi a ex-presidiária Julia Mattos na trama de Dancin´Days, do autor Gilberto
Braga. A personagem seria vivida
pela Betty Faria, mas a atriz
recusou o convite, assim Sônia Braga
deu um show de interpretação numa entrega visceral à personagem que marcou o
final da década de 80. Júlia Matos ditou
moda e levou seu visual para os quatro cantos do país. Para sua volta
triunfal, a figurinista Marília Carneiro criou uma calça joggin
vermelha de cetim com listras laterais. Completando o visual, um top preto, uma
sandália de salto alto fino e por baixo
as meias de luréx coloridas que viraram marca da trama. Inesquecível a cena
final do acerto de contas entre Júlia e Yolanda, a vilã e sua irmã vivida pela Joana Fomm. As duas brigaram se esbofetearam
e começaram a rir com se naquele momento percebessem que tudo que tinham vivido
até então, em nada superava os fatos de serem irmãs e acima de tudo grandes
amigas.
Gelly de Chega Mais (1980)
com TONY RAMOS |
A Gelly de Chega Mais, novela do autor Carlos Eduardo Novaes, foi a última personagem da Sônia Braga antes de mudar-se para os
Estados Unidos e começar sua carreira internacional. Sua dobradinha com Tony Ramos rendeu bom momentos a trama que chegou a ser
considerada uma antinovela devido a falta de mocinhos e vilões bem definidos.
Todos eram bons ou maus dependendo da situação, e isso era novidade na época. Sônia Braga só voltou às telenovelas no
Brasil 19 anos depois, numa participação em Força de Um Desejo do autor Gilberto Braga.
Fonte:
Texto
: Evaldiano de Sousa
Pesquisa
: teledramaturgia.com , memóriaglobo.com
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