João Emanuel Carneiro, autor de Segundo Sol sempre foi reconhecido pela riqueza de seus textos
para a teledramaturgia que proporcionam grandes momentos ao telespectador e aos
intérpretes de seus personagens. Foi isso que transformou Avenida Brasil na novela
fenômeno do ano de 2012.
Porém
em Segundo Sol,
esse texto vem batendo de frente com os entrechos simples criados para não dar trabalho ao público em pensar,
entrega mastigado e assim agente engole sem mais problemas. Com certeza o autor
toma essa providência como herança ainda do trauma de A Regra do Jogo, trama anterior do
autor, que ficou marcada pelo texto e roteiro complexos que o público não comprou e rejeitou.
Adriana Esteves, que na pele da Laureta
é a personagem com o melhor texto da trama, protagoniza grandes cenas, mas ao
mesmo tempo é jogada dentro daquele joguinho de gato e rato entre Remy
(Vladimir Brichta), Karola (Déborah Secco) e Rosa (Leticia Collin) que gira em círculos
há semanas.
Beto
(Emilio Dantas) e Luzia (Giovanna Antonelli), que perderam o protagonismo da
trama para Rosa (Leticia Collin), são até personagens ricos dramaturgicamente,
mas estão jogados em um entrecho que não anda, fazendo a cada capítulo os personagens,
embora muito bem defendido por seus
intérpretes , perderem força.
Até a
Rosa, da Letícia Collin, dona da
novela em 90% das suas cenas, foi alçadas pelos fracos entrechos que autor cria
para não perder público. O que são aquelas cenas da personagem
fazendo cobrança dos serviços das garotas e garotos de programa da casa de
Laureta? Totalmente sem nexo para uma personagem que já tomou a importância
dela.
No capítulo
deste sábado (11.08), Luiza, que há anos assumiu a identidade de Ariella para
fugir da sentença de assassinato do seu
marido, simplesmente foi ao presidio
para encontrar uma amiga detenta no intuito de descobrir a identidade da
família em que Manu (Luisa Arraes) está morando e vendendo drogas. Foi o auge
da fraqueza de entrecho da trama.
Esses
e outros entrechos, como a gravidez da Maura (Nanda Costa), o Remy brigando com
todos os personagens para dar vasão há vários suspeitos do “Quem Matou?” já divulgado pela imprensa; o calvário da Nice (Kelzy Ecard) sempre
humilhada pelo marido Agenor (Roberto Bomfim) , apesar dos grandes atores os defendem com
maestria, esbarram no entrecho simples e quase infantil para que o público não perca tempo em pensar.
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Fonte:
Texto : Evaldiano de Sousa
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