Orgulho e Paixão nestas últimas semanas vem se destacando por tratar com leveza assuntos pertinentes , provando que
uma trama das seis, pode sim , além de entreter, informar e conscientizar.
Marcos Bernstein vem abordando com
maestria assuntos importantes dentro da trama, e com um
texto leve e divertido, sem didatismos,
totalmente dentro do roteiro , os entrechos criados pelas abordagens só
enriqueceram a história.
Com a
Julieta, a personagem da Gabriela Duarte,
foi abordada a violência doméstica contra mulher, o que humanizou a vilã inicial da novela, e
fez com que o autor criasse até uma nova vilã para substituí-la à altura. Os entrechos criados, e a revelação do estupro
sofrido por Julieta, aproximaram ainda mais a personagem do
público, que vai terminar a novela com uma das melhores já interpretadas pela atriz.
Outro
assunto importante que Orgulho e Paixão abordou
nas últimas semanas foi o movimento de greve dos operários. O Primeiro movimento grevista no Brasil ocorreu em 1917, em
São Paulo, conduzido por líderes trabalhistas que eram adeptos das
ideologias anarquistas e socialistas. A trama que se passa em meados dos anos
20 , início do século, abordou o assunto com segurança, mostrando sua
importância e ao mesmo tempo totalmente serviu a história da novela, ao usar
Ernesto (Rodrigo Simas) e Elisabeta (Nathália Dill) como injustiçados, ao serem acusados da explosão na fábrica, na tentativa de
cessar com a Greve.
O Homossexualismo
é o último assunto delicado que a trama
abordou. É difícil abordar esse tema com seriedade, sem
caricaturismos nesse horário, e principalmente em uma trama de época. Mas a
delicadeza do texto do Marcos Bernstein
permitiu isso de uma forma tão crível e leve que o público já torce por um
final feliz entre Lucinno (Juliano Laham) e o policial Otávio (Pedro Henrique
Muller).
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Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
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