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Enquete e10blog - Melhores do Ano

Novelas Inesquecíveis – Meu Bem Querer (1998)

20 anos da primeira novela solo de Ricardo Linhares,  que  trouxe o regionalismo com realismo fantástico para o horário das sete,   discutindo romance e religião recheada de personagens pouco ortodoxos

        Depois de anos colaborando com grande autores como Gilberto Braga e Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares saiu em voo solo em 1998 com a trama da novela Meu Bem Querer que há 20 anos trazia para o horário das sete o regionalismo com  realismo fantástico que o autor soube muito bem desenvolver,  colaborando com Aguinaldo em sucessos do gênero como Tieta (1989), Pedra Sobre Pedra (1992), Fera Ferida (1993) e A Indomada (1997).
        A novela não chegou nem perto da repercussão dos sucessos acima citados, mas sem dúvidas foi um bem querer. Afinal a trama se passava aqui no meu Ceará. A Cidade fictícia de São Tomás de Trás era uma pequena cidade do interior do Ceará, em  praias paradisíacas como Morro Branco, Canoa Quebrada e Jericoacoara serviram de locações para a trama.

        Meu Bem Querer tinha como eixo central a trama do quarteto de protagonistas – os mocinhos  vividos pelo Murilo Benício (Antônio) e  Alessandra Negrini (Receba) e os vilões  Flávia Alessandra (Lívia) e Leonardo Brício (Juliano). Lívia e Rebeca eram irmãs, filhas do pastor Bilac e ao conhecerem Antônio, afilhado  do Padre Ovídio, pároco da cidade, se apaixonam perdidamente, porém ele só corresponde a Rebeca, o que ativa a inveja e raiva contida  que Lívia sempre sentira da irmã.  Devido as armações de Lívia e Juliano , Antônio e Rebeca acabam se separando,  e os casais trocados, visto que Antônio se casa com Lívia e Rebeca com Juliano, vivem infelizes.

        A Trama tocava em pontos delicados que foram mostrado de um forma bem discreta para o horário.  Como a maioria de seus personagens tinham perfis dúbio, com atitudes errantes, o autor  acentuou  as vilanias de alguns, com  o Juliano do Leonardo Brício, que a inveja doentia de Antônio  era mascarada com o fanatismo religioso do rapaz, que era um jovem pastor evangélico.

        Meu Bem Querer discutiu a intolerância religiosa através dos personagens do saudoso Cláudio Correa e Castro, o Padre Ovídio e do Mauro Mendonça,  o pastor evangélico Bilac. O Assunto estava em voga na época, e na trama os personagens disputavam os fieís de forma voraz,  e apesar de amigos desde a infância se tornavam inimigos.
        Personagens típicos do universo regionalista e do realismo fantástico não faltaram a Meu Bem Querer e chamaram atenção, como a Tonha da Pamonha (ArleteSalles), Barnabé de Barros (Osmar Prado), Jorgete (Rosi Campos), Zé da Rapadura (Cosmo dos Santos), mas foi a grande vilã Custódia, vivida pela Marília Pêra,  o  chamariz dramaturgo da novela.

        A Mulher mais rica da região  e onde todos os acontecimentos passavam pelo seu crivo, Custódia era uma soma de grandes vilãs do realismo fantástico. Tinha um pouquinho de Perpétua de Tieta (1989), Gioconda de Pedra sobre Pedra (1992) e Maria Altiva de A Indomada (1997).  Há anos Custódia não saia de casa e era tida por muitos moradores da cidade com um fantasma, mas era bem viva e sabia se fazer presente quando necessário. Mais um grande trabalho de composição da sempre perfeita Marília Pera.  Seu desempenho com a personagem  rendeu a atriz o prémio Master 98 de melhor atriz do ano.  
        Curiosamente,   Marília Pêra  pediu para sair da trama. A atriz não estava gostando dos rumos que sua personagem tomava. Principalmente pelo fato de matar crianças na trama. Inclusive esse foi o principal motivo alegado pela atriz em entrevista,  onde  também  se desculpou com o autor.   A Solução criada por Linhares foi assassinar Custódia e criar o famigerado “Quem Matou?”. No final, Jorgete, a personagem da Rosi Campos, secretária da Custódia, foi a responsável pelo crime.
        Lilia Cabral entrou no decorrer da trama  para dar vida a Verena, a cunhada de Custódia, e que vinha a São Tomás de Trás para tirar proveito da situação depois da morte do marido. As cenas de embate entre elas  foram um dos pontos fortes de Meu Bem Querer. Um literal show cênico entre Lilia e Marília.
        Sem a empatia com o romance dos protagonistas, o público acabou se apegando a história de amor mais madura protagonizada por Ava e Martinho, os personagens da Ângela Vieira e José Mayer. Aliás,  a Ângela Vieira esteve perfeita na trama.
        A novela denunciou a exploração do trabalho infantil através dos personagens Tico (Yan Whately) e Bisteca (Carolina Pavanelli). As duas crianças nunca tinha ido ao colégio e trabalhavam nas plantações de caju das fazendas de Custódia (Marília Pêra) para ajudar a sustentar a família.  Meu Bem Querer  não só apontou o problema como apontou soluções viáveis para sua resolução.

        Algumas das ruas de São Tomás de Trás foram batizadas com nomes de  personagens  de destaques em tramas que Ricardo Linhares colaborou como Aguinaldo Silva : Travessa Professor Praxedes de Menezes de Fera Ferida (1993), Ladeira Altiva de Mendonça e Albuquerque de A Indomada (1997), Beco da Cinira de Tieta (1989), Rua Gioconda Pontes e Largo Dona Francisquinha Queiroz de Pedra sobre Pedra (1992).

        A abertura de Meu Bem Querer usou arte em areia,  que é típica do Ceará, para ilustrar belas paisagens,  ao  som da música homônima à trama, composta e gravada por Djavan. A Música “Meu Bem Querer” já havia sido tema de duas novelas anteriormente. A gravação original é de 1980 e integrou a trilha de Coração Alado da Janete Clair. Em 1997, Djavan regravou para a trilha de A Indomada, reprisada atualmente pelo Canal Viva.
        Na cena final do último capítulo a Globo prestou uma homenagem ao saudoso diretor Paulo Ubiratan, falecido em 1998, quando as primeiras cenas da novela começaram a ser gravadas. Foi veiculada a mensagem:  “Esta novela foi dedicada à Paulo Ubiratan, nosso bem-querer”. Segundo Ricardo Linhares, foi o diretor quem o ajudou a conceituar a novela com a escalação de quase todo o elenco.

        Infelizmente a temática regionalista não foi bem recebida no horário das sete, e a falta de carisma dos  protagonistas, rendeu a Meu Bem Querer  o título de mal sucedida. Porém os números de audiência na época mostraram que muita gente gostava sim da novela. O Primeiro e o último  capítulo  tiveram  média de  39 pontos, e sua menor audiência foi de 20, dada às devidas proporções, afinal de contas são dados do final da década de 90, outros tempos.
Ficha Técnica:

Novela do autor Ricardo Linhares
Direção Geral: Roberto Naar
Elenco:
MARÍLIA PÊRA – Custódia Alves Serrão
JOSÉ MAYER – Martinho Amoedo
ÂNGELA VIEIRA – Ava Maria Gardner
MURILO BENÍCIO – Antônio
ALESSANDRA NEGRINI – Rebeca
LEONARDO BRÍCIO – Juliano
FLÁVIA ALESSANDRA – Lívia
ARLETE SALLES – Tonha da Pamonha
OSMAR PRADO – Barnabé de Barros
LÍLIA CABRAL – Verena
MAURO MENDONÇA – Pastor Bilac
CLÁUDIO CORRÊA E CASTRO – Padre Ovídio
ARY FONTOURA – Delegado Néris
LAURA CARDOSO – Ieda
RICARDO PETRÁGLIA – Gregory
BIA NUNNES – Jacira
ROSI CAMPOS – Jorgete
ROBERTO BOMTEMPO – Cajão
TAÍS ARAÚJO – Edivânia
MÁRIO FRIAS – Patrício
CAROLINA ABRANCHES – Lara
SAMARA FELIPPO – Baby (Catarina)
LUKA RIBEIRO – Zulú (Edivaldo)
ELOÍSA MAFALDA – Delfina
SUZANA RIBEIRO – Selma
RENATA DUTRA – Odaísa
COSME DOS SANTOS – Zé da Rapadura
LULU PAVARIN – Das Dores
BIA MONTEZ – Nazaré
JÚLIO BRAGA – Ananias
TADEU DI PIETRO – médico
AMÉLIA BITTENCOURT – Ruth
CARLOS GREGÓRIO
MARCOS OTÁVIO – padeiro Joel
RICARDO MACCHI – playboy
as crianças e adolescentes
CAMILA FARIAS – Ester
ELDER AGOSTINNI – Antônio Júnior
LETÍCIA MEDELLA – Joca (Joana)
SERGINHO HONDJAKOFF – Dan (Daniel)
CAROLINA PAVANELLI – Bisteca
YAN WHATELY – Tico
SAMUEL COSTA – Pingo (Yuri)
e
ALEXANDRE SALCEDO
ANA LÚCIA TORRE – macumbeira
ANDRÉ MATTOS
ANDRÉA Mello
ANA BUGARIN
CARLOS EDUARDO DOLABELLA – fazendeiro goiano
CRISTINA MULLINS – Jade
ELIAS GLEIZER – juiz de paz
JOSÉ AUGUSTO BRANCO – juiz
LÚCIO MAURO – juiz
MARA CARVALHO – Paula
MILTON GONÇALVES – Éder (marido de Tonha, que a abandonou)
NUNO LEAL MAIA – Inácio Alves Serrão (irmão de Custódia, marido de Verena, amante de Ava, amigo de Martinho)
ROBERTO FROTA – juiz
RUY REZENDE – Elias
TÁSSIA CAMARGO – Marta

Exibição: 24 de Agosto à 20 de Março de 1999
Capítulos: 179
Veja Também: 
Trilha Sonora Eterna - Meu Bem Querer (1998) 

Meus Personagens Favoritos do MURILO BENICIO
Meus Personagens Favoritos da ALESSANDRA NEGRINI

Meus Personagens Favoritos da FLÁVIA ALESSANDRA 
Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa

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