Um mito de sensualidade das década de 70
e 80 e uma das grandes atrizes brasileiras, que no último dia 04 de maio fez 18 anos que nos deixou.
Sandra
Bréa , além de uma grande
profissional, foi uma mulher à frente do seu tempo e cercada pelo sucesso em
tudo que pôs a mão. Infelizmente, os mais jovens lembram da atriz mais pelo fato dela ter sido
uma das primeiras figuras públicas a assumir ser portadora do vírus da
AIDS, e passou a lutar com todas as
armas que tinha contra o preconceito que envolvia os portadores da doença.
Contudo Sandra Bréa acabou morrendo de um câncer do pulmão em maio de 2000.
Sandra iniciou sua carreira aos treze
anos de idade, como modelo. Aos quatorze, seguiu para o Teatro de Revista do Rio, onde estrelou Poeira de Ipanema.
Na Tv sua estreia foi em 1970 na
novela Assim na Terra como no Céu, do Dias Gomes , mas a Sandra sempre teve
uma estrela que explodia a cada novo trabalho, e a atriz não se conteve apenas
com as telenovelas.
Foi estrela dos programas de humor,
entre os mais famosos o Faça Humor, Não Faça Guerra, onde conheceu o também saudoso Luís Carlos Mielle, que viria a ser seu
parceiro em vários outros projetos que misturavam interpretação, canto e dança,
como o programa Sandra e Miele apresentado na Globo
em 1976.
Graças a sua beleza e sensualidade
estrelou vários filmes eróticos e
pornochanchadas, onde a atriz aparecia
nua ainda na época da ditadura militar, e várias capas de revistas entre elas a
Status e Playboy.
Falar de uma atriz do nível da Sandra Bréa que se entregou como poucas
em nome da arte e da interpretação, é um
tarefa difícil, mas o e10blog tenta humildemente
fazer essa singela homenagem a esse eterno mito chamado SANDRA
BRÉA.
Telma Paraguaçu de O Bem Amado (1973)
Depois de alguns papéis em novelas e no humor, foi em 1973 que
Sandra Bréa deu vida a personagem
considerada um divisor de águas em sua carreira – A bela Telma Paraguaçu do
clássico O Bem
Amado, do Dias Gomes. Sandra foi convidada pessoalmente por Daniel Filho para viver a filha de
Odorico, personagem do Paulo Gracindo
na trama, depois de Dina Sfat, a
primeira pensada para papel, não ter
podido aceita-lo. Sorte para Sandra Bréa,
que mesmo em uma trama recheada de grandes astros em interpretações magnificas,
conseguiu brilhar com uma personagem que enriqueceu muito seu currículo.
Zilda de Os Ossos do Barão (1973)
Ainda no mesmo ano e recém saída de O Bem Amado,
Sandra Bréa ganhou a personagem
Zilda na trama de Os Ossos do Barão, do autor Jorge Andrade. Na trama, a
atriz viveu uma história paralela à
central, que chamou muito a atenção do
público. Zilda, uma quatrocentona descendente da aristocracia paulistana, se
envolve amorosamente com o mulato Omar
(curiosamente vivido pelo ator Gracindo Junior, com a pele escurecida).
Isadora de Corrida do Ouro (1974)
Em 1974, Sandra Bréa atuou e cantou na novela Corrida do Ouro, novela do autor Lauro César Muniz e Gilberto Braga. A
bela Isadora, sua personagem na trama rendeu à
atriz o Troféu Imprensa de
destaque feminino daquele ano. Sandra
Bréa, que interpretava uma cantora
na trama da novela, gravou uma das músicas da trilha - “Nem
Pensar”.
Roberta de Escalada (1975)
No ano seguinte, Sandra Bréa voltou a Tv em outra trama do Lauro César Muniz. Na pele da jovem Roberta, a atriz entrou na
segunda fase da trama de Escalada, vivendo a filha do rico empresário
Valério Facchini (Sérgio Brito) , e que se apaixona por Antônio Dias (Tarcísio Meira) ao conhece-lo.
Noêmia de O Pulo do Guto (1978)
Em O Pulo do Gato, do Bráulio Pedroso, que contava a
história da sua trama satirizando a alta sociedade, Sandra Bréa foi alçada ao posto de grande protagonista abusando do
seu talento e beleza na pele da ex-modelo Noêmia, esposa do playboy e milionário falido Buby Mariano,
vivido pelo saudoso Jorge Dória. A
Novela não chegou a prender a atenção do grande público, mais a trinca - Jorge
Dória, Sandra Bréa e Camila Amado,
como a hilária Sofia, rendeu momentos inesquecíveis à trama.
Lívia de Memórias de Amor (1979)
Em 1979, Sandra Bréa em dupla com Eduardo
Tornaghi protagonizaram a trama de Memórias de Amor, do autor Wilson Aguiar Filho, baseada no romance O Ateneu, do escritor Raul Pompéia. Era a primeira
protagonista da atriz sem a dosagem de humor
e sensualidade, Lívia requeria da atriz uma atuação mais centrada para dar a personagem o ar do romance do
autor dentro do colégio, impregnado de
corrupção e muita sexualidade. Sandra Bréa tirou de letra e começava
mostrar o grau do seu talento que ia muito além da comédia.
Vanda de Elas por Elas (1982)
Na clássica Elas por Elas, do autor Cassiano Gabus Mendes, Sandra Bréa deu vida a uma das sete
amigas que desenrolam os entrechos da
trama. Wanda era a mais jovem das sete, e uma das ainda solteiras. Filha de Evilásio (Felipe Carone) e Raquel
(Ana Ariel), era irmã do atrapalhado detetive Mário Fofoca (Luiz Gustavo), o
mesmo contratado para descobrir quem era a Amante de Átila (Mauro Mendonça),
marido de Márcia (Eva Wilma), que nem desconfiava que a própria irmã era a
mulher que procurava.
Jaqueline de Ti Ti Ti (1985)
Na trama de Ti Ti Ti, também do Cassiano, Sandra Bréa deu um show de elegância e
sofisticação na pele da Jaqueline,
ex-modelo e atual gerente dos negócios de Jacques L´clair (Reginaldo Faria). Os
dois mantinham um caso há anos, porém Jacques nunca deu sinais de que tinha a
intenção de assumir algo mais sério com ela. Com isso, Jaqueline se encanta ao conhecer Victor Valentim
(Luís Gustavo), arqui-inimigo de Jacques. A trinca Sandra –Reginaldo e Luiz Gustavo rendeu momentos
memoráveis à trama que é considerada um dos clássicos do horário de todos
os tempos.
Glória Muller de Bambolê (1987)
Outra personagem glamorosa vivida pela Sandra Bréa na Tv foi estonteante
Glória Miller, a grande Vedete da trama de Bambolê, do autor Daniel Más. Glória sabe que está
na hora de abandonar os palcos, mas não dá o braço a torcer. É uma mulher
segura, cheia de energia e que acha tudo maravilhoso, até que pisem em seus
calos. Na trama é amiga de Barreto
(Rubens de Falco) e Álvaro (Cláudio Marzo) e companheira de Bete Nigri (Regina
Restelli), com quem tem uma relação maternal.
Francisca Matoso de Pacto de Sangue (1989)
Estrela do cabaré da Cidade, Francisca
Matoso, foi a personagem que Sandra Bréa
imortalizou na trama de Pacto de Sangue, do autor Sérgio Marques. Mesmo marginalizada pelas senhoras da sociedade,
participava ativamente do movimento político através do romance com Queiroz
Antunes, o personagem do Carlos Vereza,
e com Da Gama, o delegado vivido pelo Luiz Guilherme. No decorrer da trama,
apesar de não ser uma vilã, comete várias irresponsabilidades por amor, magoando
a pessoa amada e sendo culpada até pela cilada que Da Gama prepara para o filho
de Queiroz Antunes.
Janete de Gente Fina (1990)
Em mais uma trama do horário das seis
global, Sandra Bréa defendeu na trama de Gente Fina, a socialite Janete, uma
mulher chiquérrima, mas que, mesmo casada com Arthur (Gracindo Jr), cobiçava o
marido de sua melhor amiga Joana (Nívea Maria),
o sonhador Guilherme (Hugo Carvana).
Rosita de Felicidade (1991)
A Rosita de Felicidade, do autor Manoel Carlos, foi a última personagem
da Sandra Bréa na teledramaturgia. A personagem era amiga da Débora, personagem da Viviane Pasmanter, e preparou a festa
de casamento desta com Álvaro (Tony Ramos) na primeira fase da trama. Depois de Rosita, Sandra apareceu na
teledramaturgia pela última vez como ela
mesma na trama de Zazá (1997), do
autor Lauro César Muniz. Zazá tinha como
subtema a luta dos portadores de HIV contra a AIDS, tema abordado através da personagem
Jacqueline, vivida pela Adriana Lõndono.
Sandra Bréa fez uma participação
especialíssima no último capítulo como ela mesma, no lançamento do livro de
Jacqueline, fazendo um discurso otimista sobre as pesquisas que buscavam a cura
da doença. A atriz veio a falecer em maio de 2000.
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Zazá (1997) |
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Fonte:
Texto :
Evaldiano de Sousa
Pesquisa: www.wikipédia.com.br e www.memoriaglobo.com.br
Sandra Bréa merece todas as homenagens,antes que o mundo acabe.
ResponderExcluirSandra Bréa é,na minha nada modesta opinião,a mulher mais bonita que o mundo já viu.
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