O Sétimo Guardião está
há quase 100 capítulos no ar e ainda não mostrou a que veio. A trama se
transformou em um circo de horrores em que o autor atira para todos os lados e
acaba não acertando em nada. Tirando alguns pontos que agradam, em seu conjunto
a trama tão alardeada do Aguinaldo Silva
e que passou por vários obstáculos para 
ser produzida, caminha para se tornar totalmente esquecível. 
        Estaria a preciosa fórmula do realismo
fantástico, tão funcional nos anos 80 e 90, cansada? Neste quesito o último
grande sucesso do gênero foi A Indomada em 1997.
Depois  veio Porto dos Milagres, uma trama  que apesar de bem na audiência,  sofreu para chegar no patamar global. Aguinaldo Silva resolveu  a partir de então desistir do gênero e pular
para a linha de tramas mais urbanas, e a pouco quando começou a ser divulgada a
reprise da novela no Canal Viva o
próprio  comentou que não gostava da
novela. 
        Depois de Aguinaldo,  Ricardo Linhares, seu súdito e parceira em muitos sucessos do gênero,  arriscou voos solos no realismo fantástico nas
tramas de Agora é que São Elas (2007) e no remake de Saramandaia  (2013), ambas com pouquíssima repercussão. 
        Acho que O Sétimo Guardião tem que
abandonar essa história de fonte milagrosa, 
de gato que vira gente e focar a trama nos romances, esses sim chamam
atenção do público. Vide a torcida para uma relação entre Valentina (Lília
Cabral) e Murilo (Eduardo Moscovis), a versão humana do gato Leon.  Sem um romance, essência do folhetim,  a novela se descaracteriza e o público perde o
interesse.   A prova disso  é  que
a demora de um beijo entre Luz (Marina Ruy Barbosa) e Gabriel (Bruno
Gagliasso), e a consequente e inexplicável falta de química entre o  casal  de atores culminou na primeira grande derrota
de O Sétimo
Guardião. Isso  seguido da
fraca vilã vivida pela Lília Cabral.
A Valentina tinha um grande perfil inicial, mas o decorrer dos capítulos  mostrou a fragilidade  de uma vilã sem área para agir. 
        Uma trama focada apenas nesse realismo
fantástico é um produto perigoso, principalmente nos dias de hoje onde o
público tem opções variadas em várias emissora e plataformas  no mesmo horário  para assistir. Talvez O Sétimo Guardião em forma de série ou supersérie, no horário das onze,
com menos capítulos e mais condensada funcionasse. Na reta que vai, se a
direção não frisar nos pontos que funcionam, como a Mirtes, da Elizabeth Savalla, essa sim a grande vilã da trama, e nos romances  que até então estão em banho-maria, a novela
não só vai perder  mais fôlego e
público.  Uma Pena!  
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Fonte:
Texto : Evaldiano de
Sousa 








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