O Grito, trama do autor Jorge
Andrade, apresentada na Globo no horário das 22 horas em 1975, foi no mínimo uma trama complexa. O Autor tinha a
intenção de mostrar o paraíso de viver em São Paulo, mostrando a realidade
através de horas de correria, poluição, gente se esbarrando e nem sentido,
solidão, superpopulação, marginalidade ... enfim as neuroses típicas de uma metrópole.
O cenário da história era o Edifício Paraíso,
erguido por família tradicional, projetado com requinte, mas que se desvaloriza
com a construção do Elevado Costa e Silva – o Minhocão – no centro de São Paulo, passando à altura dos dois
primeiros andares. Os personagens são os moradores do prédio, o dia-a-dia com
seus conflitos iguais e a carga de problemas de cada um.
Entre os moradores, gente de toda espécie
distribuída pelos apartamentos. Família aristocrática – o casal Edgard
(Leonardo Villar) e Mafalda (Maria Fernanda) – que habita a cobertura; os zeladores, que moram no térreo;
a classe média representada por vários tipos. Em especial o casal de
intelectuais Gilberto (Walmor Chagas) e Lúcia (Isabel Ribeiro), e uma
ex-freira, Marta (Glória Menezes), que cria seu filho doente, Paulinho (Marcos
Andreas Harder), que dá gritos durante a noite atrapalhando o sono e a
tranquilidade dos condôminos.
Esse é o fato gerador da novela. O menino deve ou
não sair do prédio? Quem atirará a primeira pedra? Preocupados apenas com suas
próprias vidas, os moradores querem expulsar Marta e seu incômodo filho do
prédio. Apenas poucos vizinhos demonstrarão alguma solidariedade para com o
drama da ex-freira.
A abertura de O Grito já mostrava ao telespectador o que a trama
pretendia retratar. A través do letreiro do logotipo e entre os caracteres com
o nome do elenco eram mostrada imagens da metrópole , o transito , grandes
prédios as pessoas se esbarrando e a poluição, mesclados com o rosto dos atores
principais.
A trilha sonora teve diversas faixas compostas e
executadas pelo maestro e saxofonista Victor
Assis Brasil, incluindo o tema de abertura da trama – Uma música instrumental homônima ao título da novela.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
Vídeo: You Tube
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