“O Sétimo Guardião”
está predestinada a ser uma
novela problemática
Mais uma item para a lista de problemas
que O Sétimo Guardião apresentado desde a sua concepção. Além de todos que já foram explicitamente
comentados e apontados pela imprensa, esta semana de acordo com matéria publicada no UOL, por Ricardo Feltrin (Terça , 26.03), a
escritora Barbara da Cunha Coelho
Rastelli, autora do livro “As Muralhas da Vida Eterna: Uma Metáfora sobre o Tempo”,
acusa a Tv Globo e os autores de “O Sétimo Guardião”
de terem plagiado várias partes do livro
na trama das nove.
A autora do livro entrou com uma ação
judicial pedindo que a emissora suspenda a exibição da novela e uma indenização
de 150 mil.
Na mesma matéria Ricardo Feltrin cita alguns dos itens que são quase idênticos entre a trama e o livro.
O Processo está correndo e acho muito difícil a trama sair do ar,
pois a prova de plágio ainda é algo muito abstrato. Na história da teledramaturgia essas acusações de plágio vez ou outra apareceram, inclusive o próprio Aguinaldo Silva sofreu um na época de O Outro (1987), mas
quase sempre acabaram não sendo provadas
ou fechadas em um acordo sem
maiores problemas.
Em A Próxima Atração (1970), o dramaturgo Hélio Bloch processou a Globo
alegando que, em sua peça “ A Úlcera de Ouro” havia ingredientes usados
por Walther Negrão, autor da
história, na trama, mais precisamente a campanha que a agência de publicidade
na ficção fazia ao promover um
determinado papel higiênico. O Veredito foi favorável a Bloch, que 4 anos
depois ganhou a ação. Negrão que na época estava na Globo escrevendo Supermanuela (1974),
um dos seus fracassos, foi demitido.
Na época de O Salvador da Pátria (1989), do Lauro César Muniz, a Globo foi processada por um radialista
que se viu retratado na figura do personagem Juca Pirama, vivido pelo Luiz Gustavo. O Juiz que julgou o caso deu ganho de causa a Globo e o jornalista, que provavelmente
queria isso, ganhou apenas a notoriedade.
Mais recentemente, em 2005, Walcyr Carrasco, quando escrevia Alma Gêmea,
foi acusado por duas vezes de plágio.
Primeiro o escritor Carlos de Andrade
entrou com um processo alegando que a história da trama era uma cópia do seu
livro “Chuva
de Novembro”, lançado em 1997. Depois foi Shirley Costa, que processou o autor pelas semelhanças que viu
entre a novela e seu romance “Rosácea”.
Depois de muita especulação, Walcyr acabou absolvido de ambas.
Em nenhum momento as acusações
prejudicaram o andamento das respectivas tramas, porém no caso de O Sétimo Guardião, é mais uma pá de cal para a
novela que já respira por
aparelhos.
Veja Também :
Novelas Inesquecíveis - O Outro (1987) |
Novelas Inesquecíveis - Supermanoela (1974) |
Trilha Sonora Eterna - O Salvador da Pátria (1989) |
Nossos Autores - Lauro César Muniz |
Novelas Inesquecíveis - Alma Gêmea (2005) |
Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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