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Visceralidade das protagonistas e narrativa marcam a trama de “Amor de Mãe”



        Não tinha dúvidas que Amor de Mãe fosse ser  um show de emoção, Manuela Dias  sabe  elevar  de maneira  magistral essas emoções   humanas em seus trabalhos , e  tendo a mãe como foco da novela não seria diferente. Regina Casé (Lurdes), Adriana Esteves (Thelma) e Taís Araujo  (Vitória) mostraram que não vieram para brincar não. As atrizes  já  pegaram as personagens com unhas e dentes e o  primeiro capítulo deixou isso nítido.

        Regina Casé  foi um show à parte. E  daí que a Lurdes é irmã gêmea da Val do filme Que Horas Ela Volta? (2015), personagem bom sempre é bem-vindo. A atriz que não fazia uma novela completa desde 2001, quando estrelou As Filhas da Mãe, e é lembrada até hoje pela Tina Pepper de Cambalacho (1986), ambas personagens dosadas no humor, com a Lurdes vai mostrar na tv uma nova faceta, imprimindo a emoção na medida certa   ao dar vida uma das mães da trama.
        A narrativa   promete ser outro diferencial de Amor de Mãe. Usando a mesma que foi usada em Justiça, e transformou a série em sucesso,  as histórias não seguiram uma linha cronológica e foram  apresentadas intercaladas, mostrando a atualidade, e levando o telespectador ao passado para explicar esse presente. É ousado, e no caso de uma novela pode deixar o telespectador menos atento sem entender imediatamente, mas sem dúvidas  é um caminho muito interessante.
        De  surpresa do primeiro capítulo, o que não é tão surpreendente assim, Jéssica Ellen roubou a cena no discurso de formatura da Camila, sua personagem na trama.  Vale  muito  a pena ficar de olho no trabalho desta menina que brilha em tudo que se propõe fazer.  Foi um espetáculo em Justiça (2016) e Assédio (2018), e a teremos em dose dupla, já que a atriz ainda está na série Filhos da Pátria, onde também é um dos destaques. Muito além de uma quota de representatividade,  ela uma  profissional completa , merece todo o reconhecimento, é uma atriz e ponto. 

        Outro ponto que me chamou atenção na trama foi a bela abertura ao som de “É” clássico do Gonzaguinha, que já tinha nos emocionado em Vale Tudo (1988).  No encerramento do capítulo,   ao final da abertura entre  as fotos , a imagem  de uma telespectadora com o logotipo incluindo seu nome, outro ideia genial,   que provavelmente será apresentada no final de cada capítulo.

Veja Também : 
Novelas Inesquecíveis - Cambalacho (1986) 
Fonte:
 Texto: Evaldiano de Sousa

       

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