A Tv aberta a cada dia está limitando sua programação direta
ao público infantil, com exceção ao SBT, praticamente nenhuma tem mais como
foco esse público que na década de 80 e 90 era tão prestigiado.
Para comemorar mais esse Dia das Crianças relembre as
aberturas de novelas dedicadas a esses baixinhos.
Mundo
da Lua (1991)
O simples cotidiano de uma família
de classe média pode revelar curiosas situações do comportamento humano,
principalmente quando narradas segundo a ótica singela, fantasiosa e bem-humorada
de um garoto de 10 anos, o menino Lucas, o caçula da família Silva e
Silva. O Seriado Mundo da Lua no ar pela Globo
e a Tv Cultura em 1991, tinha tinha Antônio Fagundes e o garoto Luciano
Amaral como protagonistas.
Mundo da Lua, foi um seriado feito para o público infantil, mas que agradou crianças
de todas as idades, pela forma como ensinava brincando. Os conselhos do avô
Orlando (Gianfrancesco Guarnieri) e dos pais Rogério (Antônio Fagundes) e
Carolina (Mira Haar) ao garoto sonhador Lucas (Luciano Amaral) serviam como
lições aos pequenos telespectadores. Lucas Silva e Silva era um garoto com
todos os problemas, diversões e dúvidas decorrentes na sua faixa etária, o que
ajudou a atrair ainda mais o público alvo.
Sonho Meu (1993)
Como esquecer o carisma da Laleska ,
protagonista de Sonho Meu novela do autor Marcílio Moraes ? . Órfã, a
menina só reencontra a felicidade ao lado de Tio Zé
(Elias Gleizer) que lhe acolhe como uma verdadeira neta.
A Laleska na verdade chama-se Maria Carolina (Carolina Pavanelli), filha de
Claúdia (Patrícia França) , que perde a sua guarda quando se separa do
marido violento.
Sonho Meu foi escrita a três mãos – além
de Marcílio Moraes , tínhamos Maria Adelaide
Amaral e Margareth Boury, inspirados em duas
outras novelas - A Pequena Órfã (1969) e Ídolo de Pano (1974) , ambas
do Teixeira Filho, e direção de Reynaldo
Boury, Roberto Naar e Marcelo Travesso.
JoséAugusto e Xuxa –
que cantavam a música-tema da abertura “Querer é Poder” – participaram
do último capítulo , gravado em Curitiba, fazendo um show para as crianças do
orfanato da trama.
Caça-Talentos (1996)
A série Caça Talentos apresentava
uma história completa por semana. Primeiramente, era exibida às 11h30, logo
após o programa Angel Mix, apresentado também por Angélica.
Tempos depois, passou a ser exibida dentro do Angel Mix.
A ideia
original seria fazer uma novela de verdade como um complemento do Angel
Mix, no horário da manhã, para jovens. Porém, a novelinha fez mais sucesso
que o infantil, em uma época em que as produções do tipo viraram moda
(vide Chiquititas, no SBT).
Meu Pé de Laranja Lima (1998)
Em 1998, a Band ressuscitou a
história de José Mauro de Vasconcellos, adaptada por Ivani Ribeiro
com sucesso na TV Tupi, em 1970-1971, e na própria TV Bandeirantes,
em 1980-1981, e assim as aventuras de Zezé
em Meu
Pé de Laranja Lima (1998), reescrita por Ana Maria Moretzsonh, voltava a tv.
Diferente das versões anteriores, em que
a trama era ambientada em um bairro pobre da periferia, nesta as desventuras de
Zezé (Caio Romei) ocorreram em uma cidade do interior paulista, com casas
humildes e muita natureza. A família continuou pobre, mas não sem um
certo glamour, já que o pai do garoto, desempregado, foi morar com
a família de favor em um casarão emprestado.
Era Uma Vez . . . (1998)
Agradável novela de Walther Negrão, cuja trama era voltada
basicamente para o público infanto-juvenil e às aventuras das crianças. Mérito
para os quatro atores-mirins: Luiza Curvo, Alexandre Lemos, Alessandra
Aguiar e Pedro Agum.
Era
uma Vez… fazia
referência a clássicos da literatura e cinema, como “Pinóquio”, “A Noviça Rebelde” e “O Mágico
de Oz”.
Novamente Elias Gleizer vivia o
avô bondoso e bonachão (Pepe), à volta com crianças, um tipo que marcou a sua
carreira.
Sandy ainda
estava na dupla com o irmão Junior, e fez o dueto
com Toquinho na música
“Era Uma Vez” tema da abertura da novela.
Carrossel (2012)
Remake da versão mexicana (Carrusel) adaptada por
Lei Quintana e Valeria Phillips a partir do original argentino de Abel
Santacruz. O original argentino é dos anos 1960 e a versão mexicana foi
produzida em 1989 e fez muito sucesso no Brasil, quando apresentada pelo SBT
entre 1991 e 1992, com a atriz Gabriela Rivero como a Professora Helena.
A Novela adaptada por Íris
Abravanel, deu início ao rentável
filão da emissora em desenvolver tramas voltadas ao público infanto-juvenil.
Revelou os atores mirins Larissa Manoela, Jean Paulo Campos e Maisa
Silva, que surpreendeu como atriz (até então era famosa como apresentadora
e cantora mirim). Seu sucesso, de audiência e faturamento, fez render
um spin-off, a série, Patrulha
Salvadora (2014-2015),
com quatro temporadas, dois filmes (Carrossel,
O Filme e Carrossel 2, O Sumiço
de Maria Joaquina), uma versão em desenho animado,
turnê de shows pelo Brasil e também uma versão como teatro musical (Carrossel, O Musical) que ficou em cartaz em 2017.
Chiquititas (2013)
Com o sucesso de Carrossel, ganhou força no SBT a ideia
de fazer um novo remake de um clássico infantil da emissora.
Cogitou-se Carinha de Anjo e, por fim, a emissora optou
por Chiquititas, sucesso da década de 1990.
Chiquititas foi uma novela argentina, concebida
por Cris Morena, originalmente exibida (na Argentina) em 1995, pela
emissora Telefé. No Brasil ganhou uma versão de sucesso exibida entre julho de
1997 e janeiro de 2001, totalizando cinco temporadas. Cris Morena é a
mesma criadora de outras novelas musicais voltadas para o público infanto-juvenil
conhecidas no Brasil: Floribella e Rebelde.
Cumplices de Um Resgate (2015)
Cumplices de um Resgate versão da Íris Abravanel para a
mexicana Complices
al Resgate, da autora Rosy
Ocampo, produzida em 2002 e apresentada pelo SBT no
mesmo ano, estreou nesta segunda-feira (03.08) com uma boa audiência e um
bom movimento nas redes sociais.
A novela é mais uma dedicada às crianças, campo esse que o SBT se
especializou desde Carrossel (2012) e Chiquititas (2013),
e Cumplices de Um Resgate ainda
explorou o lúdico com animais que
falam e são personagens importantes dentro da trama. Porém a novela tem
um diferencial com relação as anteriores , teve mais tramas adultas que se entrelaçaram
com as infantis.
Carinha de Anjo (2016)
Adaptação da novela mexicana Carita de Ángel,
produzida pela Televisa entre 2000 e 2001 e exibida no Brasil, pelo SBT,
entre 2001 e 2002 – que, por sua vez, é uma adaptação do original
argentino Papá Corazón, de Abel Santa Cruz, que ganhou uma versão
brasileira pela TV Tupi, Papai
Coração, em 1976, com Narjara Turetta
como a menina protagonista.
As tramas da atual Carinha de Anjo e de Papai Coração são as mesmas: a menina (Narjara
Turetta/Lorena Queiroz) que conversa com a mãe falecida (Arlete
Montenegro/Lucero), cujo pai (Paulo Goulart/Carlo Porto) está de casamento
marcado com outra mulher (Joana Fomm/Dani Gondin), mas se apaixona por uma
noviça professora da garotinha (Selma Egrei/Bia Arantes).
As Aventuras de Poliana (2018)
O SBT resolveu não
arriscar, e em As Aventuras de Poliana, Íris
Abravanel se baseia
no clássico infantil Pollyana, da Eleonor
H. Porter, para apresentar mais uma trama infantil.
A
história em sua essência não tem nada de diferente das
tramas anteriores do canal (Carrossel/2012, Chiquititas/2013, Cumplices
de um Resgate/2015 e Carinha de Anjo/2016), Poliana,
vivida pela Sophia Valverde, tem 11 anos e é uma menina
doce e extrovertida. Ela viajava com seus pais, Lorenzo (Lázaro Menezes) e
Alice (Kiara Sasso), na trupe de teatro mambembe Vagalume. Todavia, a protagonista
vê seu mundo mudar quando a mãe morre e seu pai adoece. A garotinha livre acaba
indo morar com Luísa (Milena Toscano) em São Paulo, uma tia rica e severa, que
não queria cuidar dela, embora se sinta obrigada pela memória da irmã. Apesar
das atitudes rígidas da mulher, Poliana encontra na empregada Nancy (Rafaela
Ferreira) um elo forte de amizade.
Larissa Manoela, estrela
criada nas novelas infantis do SBT, destaque de Carrossel (2012), voltou às novelas vivendo a fútil Mirela, que sonha
em ser famosa e precisa lidar com a ira de Brenda (Flávia Pavanelli), garota
mais popular da escola, um dos cenários da trama.
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Fonte:
Texto : Evaldiano de Sousa
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