Rafaela Alvaray e Rosemary , as personagens da MaríliaPêra e Glória Menezes são as atuais estrelas da Globoplay - A novela Brega e
Chique (1987), do Cassiano GabusMendes, entrou essa semana na
plataforma streaming com tudo.
A trama que fez muito sucesso em sua exibição original e na recém-termina reprise no Canal Viva
é dos títulos sempre aclamado pelos
saudosistas da teledramaturgia nacional.
Brega e Chique originalmente foi exibida entre 20 de abril e 7 de
novembro de 1987, ano marcado por muitas
alegrias.
Foi durante a exibição da trama, mais precisamente em 31 de
maio que, Ayrton Senna vence o Grande Prêmio de
Mônaco da Fórmula 1. Era a primeira vitória
de um piloto brasileiro no principado de Mônaco.
Foi em 24 de junho de 1987 que nasceu o futebolista Argentino
Lionel Messi e , em 17 de agosto
do mesmo ano perdemos Carlos Drummond de Andrade.
Na Tv , dia 7 de maio,
17 dias após Brega e Chique estrear , o humorístico A Praça é Nossa estreava no SBT
e em 22 de Junho o infantil Oradukapeta, apresentado pelo Sérgio
Malandro estreou também no canal do Silvio Santos.
Relembre então as tramas que acompanhamos durante os meses em que Brega e Chique esteve
no ar.
No horário das seis, quando Brega
e Chique estreou estava no ar a trama
de Direito de
Amar, do autor Walther Negrão, baseada na radionovela A Noiva das Trevas ,
da autora Janete Clair. A novela protagonizada por Glória Pires e
o saudoso Lauro Corona, marcava a retomada de produções para o
horário das seis global depois de uma interrupção de 3 meses e uma ameaça de
desativação da faixa provocada por problemas com o Sindicato dos Artistas e
Técnicos em Espetáculos e Diversões do Rio de Janeiro, que reivindicavam um
limite máximo de 6 horas diárias de trabalhos para seus afiliados. A novela
ficou imortalizada também pelo
seu vilão, o Senhor de Montserrat
vivido magistralmente pelo Carlos Vereza. A trama seguinte do horário foi Bambolê, do Daniel Más, que estreou no feriado de 7 de setembro
daquele ano. A trama charmosa foi lançada com uma produção primorosa e trilha
sonora nostálgica, no rastro do sucesso da minissérie Anos Dourados,
do Gilberto Braga, produzida e apresentada no ano anterior e que
também tinha essa mesma ambientação dos saudosos anos 50. Protagonizada por SusanaVieira e Cláudio Marzo, a trama marcou a carreira do trio feminino
que viveram as filhas de Álvaro
Galhardo - Ana , Cristina e Yolanda – interpretadas
pelas atrizes Myriam Rios, Carla Marins e Thais de Campos.
No horário das oito, Brega e Chique passou
por 2 novelas complexas. Quando a trama estreou O
Outro, do Aguinaldo Silva já estava no ar – a trama que tinha
Malu Mader de Glória da Abolição e Francisco Cuoco duplicado de
volta às novelas, não chegou a atingir índices esperados para
uma trama das oito, sendo substituída
por Mandala, do Dias Gomes, a
trama inspirada na tragédia grega Édipo Rei, protagonizada pela Deusa Vera Fischer
vivendo Jocasta e Felipe Camargo como édipo.
O Clássico e irretocável romance de Édipo com sua mãe acabou
em tragédia brasileira. Mandala teve vários problemas com a Censura da Nova República
, que chegou a vetar a sinopse e depois várias cenas e entrechos da trama que
falou sobre incesto, aborto, uso de drogas e bissexualidade.
No Vale a Pena Ver de Novo foram exibidos 3 títulos
durante Brega e Chique. Livre para Voar (1984), do Walther Negrão, estava em sua reta
final quando estreou a trama do Cassiano,
faltava apenas 4 capítulos para o seu desfecho. A trama foi substituída
pela reprise de Vereda Tropical (1984) , a primeira novela solo do Carlos Lombardi,
protagonizada por Lucélia Santos, Mário Gomes, Marieta Severo, Maria Zilda
e o saudoso Walmor Chagas.
Durante os últimos capítulos de Brega e
Chique
estreou na faixa vespertina a reprise de Amor com Amor se Paga (1984) da Ivani Ribeiro,
a charmosa trama que imortalizou o
personagem Nonô Correia, vivido pelo Ary Fontoura.
A Extinta Rede Manchete estava em plena produção de teledramaturgia
naquele ano de 1987, depois do grande êxito de DonaBeija , do Wilson Aguiar Filho,
no ano anterior. A Emissora apresentou 3 tramas durante a apresentação da
história de Rafaela Alvaray (Marília
Pêra) e cia. Corpo Santo, dos autores José
Louzeiro e Cláudio MacDowell, já estava no ar como uma interessante atração, hoje cultuada
como uma de suas produções mais representativas. A Proposta da emissora era
fazer uma “novela reportagem” enfocando o dia a dia dos personagens com muito
realismo, mas sem esquecer a mágica da ficção. A trama foi calçada por
acontecimentos do Rio de Janeiro e marcada por muita violência.
Helena, do Mário Prata, baseada no romance
homônimo de Machado de Assis, protagonizada por Luciana Braga,
estreou em 4 de maio de 1987 (dia do meu aniversário, inclusive). Era uma nova adaptação do romance para a tv.
Em 1975, a Globo já havia lançado
no horário das 6 a versão do Gilberto Braga.
Antes do término de Brega e Chique,
a Rede Manchete levou ao ar a trama de Carmem.
A Convite de José Wilker, então diretor de dramaturgia da TV
Manchete, Glória Perez assinou seu único trabalho fora da Globo.
Aceitou a proposta por estar descontente com a negativa da Globo em
produzir sua novela Barriga de Aluguel,
que só seria aprovada 3 anos depois. Glória escolheu Carmem, a cultuada personagem de Merimée e Bizet. A Autora trocou as arenas de touros por
pistas de carros de corrida. O Grande
trunfo de Carmem foi
sua protagonista – Lucélia Santos, que há 10 anos era protagonista de tramas da Globo
desde o sucesso de Escrava Isaura (1976). A Atriz havia acabado de fazer a protagonista
de Sinhá Moça (1986)
e mergulhou de cabeça na personagem que
era um oposto total de tudo que vinha fazendo até então.
O SBT, a RecordTv
e a Rede Bandeirantes não apresentaram nenhum projeto de teledramaturgia
durante a exibição de Brega e Chique.
Veja Também:
Bambolê (1986) |
As Novelas da Época de O Clone |
Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
Pesquisa: www.wikipedia.com.br
Fotos :Montagens
e10blog
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