Felomenal !
        Sem dúvidas esse 
adjetivo tão usado por um dos seus mais marcantes personagens na tv representam
tudo o que José Wilker  foi e
ainda é para as artes e a teledramaturgia. 
        Um dos grandes atores 
brasileiros, além de diretor, dramaturgo, apresentador, e crítico de
cinema , nos deixou precocemente em 05 de abril de 2014. 
        José Wilker nasceu em Juazeiro do Norte, aqui no Ceará,
mas mudou-se com a família ainda adolescente para o Recife. Seu primeiro
trabalho foi aos treze anos, fazendo figuração no teleteatro da TV Rádio
Clube, de Recife, e  Wilker sempre
estava a espreita esperando uma chance para a sua primeira atuação, que veio
logo, logo, vivendo  um cobrador de
jornal na peça Um Bonde Chamado Desejo,
de Tennessee Williams. 
        O início da carreira no teatro foi no  Movimento de Cultura Popular  do  Partido
Comunista, dirigindo espetáculos pelo sertão e produzindo documentários sobre
a cultura popular. Em 1967, mudou-se para o Rio de Janeiro, ingressando no
curso de sociologia da PUC- RJ.  Abandonou
o curso para seguir a carreira teatral.  
         Entre seus papéis mais marcantes no cinema estão Tiradentes, no filme Os Inconfidentes, de 1972; Vadinho, do recorde de bilheteria nos cinemas Dona
Flor e Seus Dois Maridos, de 1976; o político Tenório Cavalcanti de O Homem da Capa Preta, de 1986 e Antônio Conselheiro, de Guerra de Canudos, de 1997 entre muitos outros.
        Depois de ganhar o Prêmio Moliére de Melhor Ator pela
sua atuação na peça O Arquiteto e o Imperador da
Assíria em 1970, o autor de
telenovelas Dias Gomes, o convidou para integrar o elenco de Bandeira 2 (1971),  onde deu vida ao Zelito, um dos filhos do bicheiro
Tucão, vivido pelo Paulo Gracindo. A partir de então José Wilker
foi a cada novo trabalho mostrando a versatilidade do seu talento, com personagens
marcados pelo drama ou pela comédia, feitos com a maestria dos grandes
profissionais. 
        Entre seus personagens  inesquecíveis vale citar  O Rodrigo Medeiros da primeira versão de Anjo Mau (1976); O
Roque de Roque Santeiro (1985); o João Matos de O
Salvador da  Pátria (1989), atualmente em reprise no Viva; o Fred
de Mico Preto (1990);
o Coronel Belarmino de Renascer (1993);  o
Marcelo Rossi de A Próxima Vítima (1995); O Waldomiro de SuaveVeneno (1999); o Ariel de Desejos de Mulher (2002);
 o inesquecível Giovanni Improta de Senhora do Destino (2004)
ou o Coronel Jesuíno da segunda versão de Gabriela (2012). 
        Seu último  trabalho na
tv   foi o Dr. Herbert de Amor à Vida (2013), onde contracenou  mais  um
vez com Susana Vieira, a atriz com quem o ator mais dividiu cenas e  viveu pares românticos. 
        Para celebrar essa falta e a saudade que José Wilker
nos dar, separei essa cena final da trama de FinalFeliz (1982), da autora Ivani Ribeiro,
onde ele deu vida ao protagonista Rodrigo, e vai ao Ceará ,  estado natal do ator, para gravar as cenas do
reencontro com Débora, a personagem da Natália do Vale. 
Veja Também: 
Meus Personagens Favoritos do José Wilker  
Encontros Cênicos - Susana Vieira x José Wilker  
Fonte:
Texto : Evaldiano de
Sousa 


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