Em 1983, o Brasil foi pego de surpresa, em 19 de Fevereiro, o ator Jardel Filho nos deixava depois sofrer um infarto fulminante causando comoção nos 4 cantos do Brasil. Jardel estava no ar , já há quatro meses como um dos protagonistas da novela Sol de Verão, do autor e seu grande amigo Manoel Carlos. A novela , como o próprio autor contou em entrevistas depois da tragédia, havia sido escrita pensando em Jardel como protagonista, e talvez por isso mesmo, Maneco tenha ficado sem condições de continuar escrevendo a história.
Depois da grande perda, Sol de Verão foi encurtada, e só ficou mais 16 capítulos no ar, escritos por LauroCésar Muniz, com a colaboração de Gianfrancesco Guarnieri e Paulo
Figueiredo, que integravam o elenco da trama.
Na trama, Heitor
, o personagem do Jardel, volta
para Holanda, seu pais Natal, o qual ele sempre sonhara em voltar.
Jardel Filho, nasceu em São Paulo durante uma
temporada artística de seus pais – o empresário teatral Jardel Gonzaga de
Bôscoli e sua mãe, a atriz poloca Leokadia Szeja, conhecida como Lódia
Silva ou Lídia Bôscoli.
Na adolescência tentou a carreira militar, mas o chamado do palco
acabou por leva-lo ao teatro, onde estreou na Companhia Dulcina & Odilon,
trabalhando a seguir com Bibi Ferreira e Henriette Morineau.
Sua primeira experiência de uma longa carreira cinematográfica
foi em Dominó
Negro, em 1949. Com a peça Jezabel , ganhou medalha de ouro da ABCT.
Trabalhou na Companhia Cinematográfica
Vera Cruz, para a qual fez, entre outros filmes Floradas
na Serra e Uma Pulga na Balança.
Fez parte do elenco de mais de trinta filmes, entre eles Macunaína, do Joaquim Pedro de Andra; Pixote, A Lei
do Mas Fraco, do Hector Babenco: Terra
em Transe, obra-prima do Gláuber Rocha e Rio
Babilônia, do Neville D´Almeida,
seu último filme , que estreou depois da sua morte.
Na Tv, estreou em 1965,
na trama de 22-200 Cidade Alerta , considerado o primeiro seriado da Tv
brasileira.
Participou de mais de
15 produções de teledramaturgia, com destaque para o Dr. Juarez Leão de O Bem-Amado (1973): o Diogo
de Fogo sobre Terra (1974); Rafael de OEspantalho (1977); o Rudi Caravaglia de Sinal de Alerta (1978); O Tássio Von Strauss de Coração Alado (1980) e o Bruno de Brilhante (1981), entre outros.
A Teledramaturgia perdeu um grande ator, no auge dos seus 56 anos e plena atividade.
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa
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