“Mania de Você” – Personagens interessante e narrativa enrolada- são os pontos fortes e fracos da nova novela
Só agora consegui
parar para escrever sobre a
estreia de Mania de Você, nova trama das
nove, do autor João Emanuel Carneiro,
que com uma semana no ar já vem sofrendo
com a baixa audiência, fuga dos telespectadores
e já é taxada de “a nova Travessia” do horário, uma alusão a trama da Glória Perez, exibida em
2022.
Diante disso a Globo tomou uma decisão duvidosa, com
receio de perder de vez a mão, adiantar
alguns acontecimentos e começou reeditar
os capítulos, ou seja sequencias que iriam ao ar apenas semana que vem foram
antecipadas, como a entrada dos personagens
do núcleo da Mariana Ximenes. Isso em uma trama que já é complexa por
natureza, torna a história confusa e
incompreendida para o público, que acaba perdendo o interesse. Ou seja, a emenda saiu
pior que o soneto.
O elenco, como sempre
em nossas novelas , é sempre um show a parte,
aliás muitas vezes salvam tramas e sequencias,
e em Mania de
Você
isso ficou nítido no primeiro
capítulo e no decorrer
dos outros.
O Quarteto central bem elaborado – Nicolas Prattes
(Rudá), Gabz (Viola), Chay Suede (Mavi) e Ágatha Moreira(Luma),
apesar da pressa no desenrolar
dos acontecimentos e bem interessante.
Mavi, que enfrenta a rejeição da própria mãe, Mércia (Adriana Esteves) ,
salvou Viola de uma tentativa de estupro. Momentos depois, pediu a jovem em
namoro. Embora apaixonado, o hacker permite que a namorada seja alvo do assédio
de Molina (Rodrigo Lombardi), com quem ele trabalha.
Por
interesse, Mavi também atende o pedido do patrão e se insinua para Luma. A
mocinha clássica, cuja origem está envolta em mistérios e crimes, luta contra a
resistência do suposto pai, Molina, ao namoro dela com Rudá. Este, um pescador
humilde, engajado em causas ambientais, não hesita em instigar Viola a trair o
namorado e a amiga. Perfis muito
interessantes embora complexo ainda para uma semana de trama.
Adriana
Esteves, na pele da Mércia, ainda é uma incógnita, não ficou claro se ele
é tão vilã ou tão vítima do Molina, o
fato é que temos mais uma vez a atriz em estado de graças, salvando várias
frequências só com um olhar cirúrgico.
Rodrigo Lombardi, que ficou com o
Molina, depois da desistência do Murilo Benício, o que nos proporcionaria uma inversão de papeis entre
o Tufão e Carminha em Avenida Brasil, repete
pele terceira vez praticamente o mesmo perfil e isso enfraqueceu muito sua interpretação
do texto.
Nos
três capítulos finais da semana fomos apresentados apressadamente , a dita grande vilã da trama –
Ísis, que certamente promete ser mais uma grande vilã do currículo da Mariana Ximenes, como
foi a Clara de Passione (2010), e mais recentemente a Gilda de Amor Perfeito (2023). A
Química com o Alan Souza Lima
, o Guga , foi perita, lembrou muito a Clara
e o Fred (Reinaldo Gianechinni) em Passione;
além do embate com Leidi, a personagem da Thalita Karauta, “namorada” do
Guga, tendo como base o primeiro, vai render cenas memoráveis. Aguardemos!
Voltando
a estratégia da edição dos capítulos para
acelerar a trama e quem sabe chamar o público de volta, usada em outras
tramas que também sofreram dessa mesma rejeição, além de Travessia (2022), tem o caso de Babilônia (2015) e UmLugar ao Sol (2021), não surtiu
efeito algum.
Talvez o melhor
caminho seja explicar com mais riqueza de detalhes o comportamento e perfis de alguns personagens, com cenas de flashbacks
para integrar o público a vida desses
personagens, só que isso requer um maior trabalho, o autor precisa de mais
cenas, novas sequencias, enfim algo que só vai poder ser visto no ar 2
, 3 ou 4 semanas a frente.
Veja Também:
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| Eliane Giardini |
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| Adriana Esteves |
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Fonte:
Texto: Evaldiano de Sousa
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