O Modesto Pires de “Tieta”
no “Vale a Pena Ver de Novo” e  o  Zé das Medalhas em "Roque Santeiro" no Viva
        Tieta está de volta  no Vale a Pena Ver de Novo e esse
retorno nos trás também o retorno de grandes astros que já nos deixaram.  
        No post de hoje vamos falar 
do grande Armando Bógus, que escreveu com letras de ouro sua história
em nossa teledramaturgia e que em Tieta imortalizou o personagem Modesto Pires. 
        Armando Bógus estreou como ator em 1955, com a
peça Moral em Concordada , que se transformou no seu primeiro filme em
1959. Na televisão começou na TV Excelsior e, no teatro,
destaca-se sua parceria com o diretor Ademar Guerra, participando
em peças como Morat / Sade (1967) e na primeira montagem de Hair no Brasil,
em 1969. Fundou, com Antunes Filho e Felipe Carone  o Pequeno
Teatro de Comédia, o PTC, enquanto encenava peças brasileiras.  Na
televisão, Armando Bógus viveu personagens marcantes da teledramaturgia
brasileira e foi um dos atores da primeira versão de Vila Sésamo,
primeiro na Tv Cultura e depois na Rede Globo, em
1972, ao lado de Sônia Braga, Laerte Morrone e Aracy Balabanian.

 
        Nas novelas, os seus personagens mais marcantes foram: o
comerciante Nacib em Gabriela  (1975); o
austero Estêvão em O Casarão  (1976); o
médico Daniel na primeira versão de   Ciranda de Pedra (1981); Licurgo Cambará na minissérie O Tempo e o Vento  (1985);
o avarento Zé das Medalhas em Roque Santeiro (1985); o esperto Modesto Pires em Tieta (1989) e
o vilão Cândido Alegria, personagem que construiu se inspirando no Fradinho,
do Henril, e no padrão clássico do político mineiro,  em  Pedra sobre Pedra (1992), a sua última  telenovela. 
        Armando Bógus nos deixou em 2 de Maio de 1993, devido
a uma leucemia, tendo ficado internado por dois meses no Hospital Sírio
Libanês, em São Paulo, submetendo-se a uma quimioterapia.  A Doença já havia se manifestado durante as gravações
de Pedra sobre 
Pedra, e o autor e a Globo na época sugeriram reduzir
sua participação na história – Bógus reclamou, alegando que suportaria as
gravações em ritmo normal e levou o papel até o fim brilhantemente. 
        Armando Bógus fechou sua carreira em novelas com uma
de suas melhores interpretações. No último capítulo, o personagem protagonizou
uma das melhores sequências da novela, quando, derrotado e praguejando,
transforma-se em uma estátua de pedra.
        O   Modesto Pires de Tieta , que começou
a ser reprisada  agora no Vale a Pena
Ver  de Novo, foi outro grande marco
na carreira do  ator – que brilhou em
grandes cenas em parceria com Bete Mendes (que vivia sua esposa na trama)  e  LuizaTomé , a teúda e manteúda Carol. 
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Fonte:
Texto: Evaldiano de
Sousa 
 
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