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“Liberdade, Liberdade”, mesmo com final corrido, conquistou o público


        Liberdade, Liberdade, a trama das  onze do autor Mário Teixeira chegou ao seu final nesta quinta-feira e mesmo mostrando uma última semana  corrida, com atropelos dos acontecimentos conseguiu cativar o público nessa sua reta final. Talvez o único erro da trama tenha sido  esse, o autor segurou a trama principal por muito tempo, nos mostrando as tramas paralelas que se formavam ao seu redor e isso cansou inicialmente. Isso certamente seja reflexo da  troca de autores. Vale lembrar que Liberdade, Liberdade foi roteirizada e seria escrita inicialmente por Márcia Prates, que foi substituída praticamente no mesmo dia em que a novela  começou a ser gravada pelo autor Mário Teixeira.
        Tendo que contar a história principal da novela praticamente em sua última semana, o autor teve que se desfazer de personagens e resolver as tramas paralelas antes dessa última semana e assim perdemos mais cenas do Dalton Vigh como o  Roposo Viegas, um dos protagonistas morto no meio da novela, e a Nathalia Dill que esteve espetacular na pele da louca Branca Farto.


        Mas seria um pecado tirar do Mário Teixeira os elogios para o texto de Liberdade, Liberdade que se  em algumas vezes  faltou sutileza, soou tão contemporâneo que se fechássemos os olhos poderíamos jurar que a trama não era de  uma época tão distantes assim,  com mensagens de fé,  luta e busca por seu direitos e respeito pelas desigualdades. Poderia ser mais atual?


        A novela também ficou marcada pelo ineditismo da apresentação da primeira transa entre dois homens na teledramaturgia nacional. A cena causou polêmica antes mesmo da estreia da novela e muita gente não acreditou que a Globo fosse capaz de leva-la ao ar. Mas o público foi surpreendido  e a  teledramaturgia brindada por uma das cenas mais emblemáticas da trama mostrando todo o tesão,  e porque não o amor,  que nasceu entre os personagens de Caio Blat e Ricardo Pereira.
        Mas Liberdade. Liberdade teve como  principal trunfo seu elenco estrelar com atores, inclusive os já consagrados em outros personagens marcantes, mas  que  na trama pareciam está em estado de graças de tão bem em cena.


        É o caso do Mateus Solano, que sabe como poucos marcar um personagem. Depois de Félix de Amor à Vida (2013) e o Zé Bonitinho da nova versão da Escolinha do Professor Raimundo (2015), fez do Rubião outro grande personagem para o seu currículo.


        E não tem como não  elogiar atuações da Andreia Horta, nossa eterna Joaquina; Maitê Proença, que na pele da Dionísia, viveu várias nuances  até chegar o final em dupla perfeita com o bandoleiro Mão de Luva, numa interpretação impecável do Marco Ricca. O personagem inclusive ganhou um spin-off com o término da trama que será exibida pela Globo Play.


        Menções mais que honrosas para : Lília Cabral (A Virginia), Bruno Ferrari (Xavier), Dalton Vigh (Raposo Viegas), Zezé Polessa (Ascensão) , Nathália Dill (Branca), Caio Blat (André), Ricardo Pereira (Tolentino), Sheron Menezes (Bertoleza), Juliana Carneiro da Cunha (Alexandra) e Joana Solnado (Anita).


        Eu gostei de Liberdade, Liberdade desde o início e confesso que essas tramas paralelas criadas para segurar a história da filha de Tiradentes para a reta final tiveram  seu charme e acrescentaram muito à trama, como o romance do André e Tolentino, as loucuras de Branca Farto, a dupla Duque de Ega (Gabriel Braga Nunes) e Alexandra que pretendiam dar um golpe na coroa e  a participação luxuosa da Princesa Carlota Joaquina, tudo providencial e que se tornaram essencial para o desenrolar dos acontecimentos.  A história principal da Joaquina pode até ter sido prejudicada pela demora em se tornar realmente principal, mas em nenhum momento essas tramas paralelas  foram apenas meras “barrigas” para o desfecho final. Elas foram escritas de forma tão natural e acopladas ao texto, que acabaram ganhando vida própria  e merecido destaque.
Fonte:
Texto : Evaldiano de Sousa


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